Millennials deixariam a Netflix, o café, álcool e até sexo para viajar
Categorizar as pessoas por idades ou grupos nunca é o ideal, mas é um fato que as pessoas nascidas em determinadas décadas partilham, na sua generalidade, alguns gostos, afinidades, experiências, acesso a determinadas coisas, preferências. E no caso dos Millennials, ou da Geração Y (pessoas nascidas entre 1980 e 2000), há uma preferência clara que se começa a destacar, acima de (quase) todas as outras: as viagens.
Esta é a era das companhias low cost, dos alojamentos locais, do acesso a países e regiões que antes só moravam nas bucket lists das pessoas de classe alta. Da Europa à Tailândia, hoje em dia tudo é medianamente acessível, e viajar é cada vez mais, não um luxo, mas um gosto adquirido, um hábito.
Vários estudos sociológicos mostram que a Geração Y valoriza as experiências, os locais com personalidade, o aproveitar a vida. E um novo estudo agora divulgado pela Contiki, uma agência de viagens internacional que é vocacionada para esta faixa etária e geração, mostra que viajar ocupa um lugar no coração dos millennials ainda maior do que poderíamos esperar.
Segundo a “Forbes”, a mais recente pesquisa desta Contiki, que avaliou mais de 1500 pessoas entre os 18 e os 35 anos, concluiu que 83% dos entrevistados viajam entre uma a cinco vezes por ano, 48% de uma a duas vezes por ano e 35% de três a cinco vezes por ano.
As respostas são ainda mais surpreendentes quando se trata do que eles estariam dispostos a abandonar para viajar: a maioria dos millennials disse que desistiria da Netflix (80%), café (77%), álcool (73%), carbohidratos (60%) e até sexo (57%), para poder viajar.
Segundo a “Forbes”, apesar de 49% admitir utilizar o seu smartphone oito a dez horas por dia, até deste abdicariam em troca de viagens, pelo menos 41% dos entrevistados assim o referiu.
A revista adianta que, nos últimos anos, têm sido identificadas outras tendências desta geração no que respeita às viagens, nomeadamente a sua preferência por turismo sustentável, preocupação em reciclar e não perturbar a vida selvagem, e preocupação peça salvaguarda dos ecossistemas como corais.
E, a pensar nisso, há cada vez mais agências, marcas e cadeias hoteleiras a adaptarem os seus produtos e serviços a estas prioridades, além de, obviamente, ao claro enfoque à tecnologia e aplicações, para facilitar reservas e afins.