OMS abre a guerra e diz que são falsas informações sobre a epidemia
Enquanto a China parece cada vez mais isolada no rastro do coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) abriu guerra nesta terça-feira contra o que chama de “infodemic”, ou rumores e falsas informações sobre a epidemia, e sinalizou que não considera o cenário como uma pandemia, quando um vírus ataca dois ou mais continentes.
A diretora do departamento de gestão de doenças infecciosas da OMS, Sylvie Briand, deixou claro que ainda há muitas questões sem respostas sobre o vírus. E basicamente recomendou que as pessoas lavem as mãos com muita frequência.
O vírus se transmite de pessoa a pessoa. E há risco de que ele continue um certo tempo numa superfície e uma pessoa, ao tocá-la, possa ser contaminada.
Sobre a utilidade das máscaras, a representante da OMS disse que a recomendação de uso é para quem tem o sintoma do vírus, para bloquear a transmissão para outras pessoas.
Para quem não tem sintomas, a máscara é uma falsa segurança; só é útil mesmo para tranquilizar a pessoa, mas não é suficiente para protegê-la.
Sylvie contou que, durante um surto de febre amarela em Angola, o rumor de que a pessoa, ao ser vacinada, não podia beber cerveja por uma semana imediatamente provocou queda na demanda por vacinação.
Agora, com o coronavírus, um rumor é que se poderia usar remédios que já existem contra Aids ou Ebola. Mas a OMS diz não ter nenhuma evidência de que esses remédios são bons para combater o vírus atual.