Em 1570, Papa Clemente VIII, liberou o café na Europa
Ippolito Aldobrandini, mais conhecido como papa Clemente VIII, nasceu em 24 de fevereiro de 1536, em Fano, na Itália. Sucessor de Inocêncio IX, o santo padre foi eleito no dia 9 de fevereiro de 1592, e se tornou o primeiro papa do século 17 — e um dos mais importantes da história da igreja católica.
Em 1570, o pontífice liberou o café na Europa, que era proibido aos cristãos na época por ser considerada uma “bebida do diabo”. No ano de 1596, reeditou o Index Librorum Prohibitorum, o livro que contém as obras proibidas aos fiéis e, em 1598, Clemente conseguiu firmar um tratado de paz entre a Espanha e a França, que viviam em um conflito entre católicos e protestantes franceses chamados de huguenotes.
Apesar de seu grande feito de conciliação, o líder da igreja também chegou a tomar algumas decisões não tão pacíficas para defender a ideologia cristã. Em 17 de fevereiro de 1600, condenou à morte na fogueira o filósofo italiano Giordano Bruno, o acusando de destruir os valores da Teologia e desrespeitar a Santa Eucaristia.
Beatrice Cenci, assassina de Francesco Cenci, seu próprio pai, também foi condenada à morte, tendo sua cabeça cortada em 11 de setembro de 1599, na praça de Castel Sant'Angelo, na Itália.
O papa de número 231 ainda é relembrado pela Igreja Católica principalmente por sua homenagem no Palácio Apostólico do Vaticano, na chamada Sala Clementina. Se trata de um grandioso salão criado em tributo a Clemente VIII, e conta com a inscrição Clemens VIII, Pontifex Maximus (Clemente VIII, Pontífice Máximo, em latim). Nela, foi realizada o velório do papa João Paulo II, no ano de 2005.
Clemente morreu no dia 3 de março de 1605, aos 69 anos, na cidade de Roma, na Itália, após comer um pedaço de Amanita phalloides, um cogumelo altamente venenoso originário da Europa. Ele está sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, também em Roma.