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IAC: na vida dos brasileiros há 133 anos


Por Francisco Lima Neto

O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) completou 133 anos no último dia 27 de junho, mas a comemoração deve ser de todo o País, já que os produtos utilizados na alimentação diária de milhares de brasileiros são provenientes de plantas melhoradas pelo IAC. A inovação do instituto também alcança produtos farmacêuticos, pneus, calçados, entre outros.

O IAC foi fundado em 1887, por decreto-lei de Dom Pedro II, com o nome de Imperial Estação Agronômica de Campinas. Desde o ano anterior, uma lei de Despesa Geral do Império previa a reserva de recursos financeiros para a implantação de escolas práticas de agricultura e fundação de uma estação agronômica. Em 1887, o ministro da Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas articulou com o Governo Imperial para que essas instituições fossem instaladas em São Paulo, já com o objetivo de que se debruçassem sobre os problemas da agricultura nacional.

No final do século 19, a região de Campinas já era importante na produção agrícola devido ao seu solo fértil. Em 1886, a região já respondia por 15% de todo o café produzido no estado. À época, a cafeicultura era responsável por 60% das exportações brasileiras. Com o fim da escravidão, em 1888, havia a falta de mão de obra, por isso, foi criada a Sociedade Promotora da Imigração, como medida de estímulo à imigração. Era um período de grandes transformações no modo de produção, tinha também a implantação das ferrovias, implemento de máquinas no beneficiamento do café e a criação de bancos. Campinas foi escolhida porque tinha uma economia em pleno crescimento e despontava com grandes chances de expansão.

O Governo Imperial comprou o terreno no bairro Guanabara e a construção da sede começou em 1887. No final do ano seguinte já estavam prontos o edifício da instituição, os laboratórios de química e fitopatologia, a adega para experiências com fermento, uma instalação completa para experiências de vegetação em vaso, um pequeno vinhedo, o ateliê fotográfico, o posto meteorológico, o depósito de sementes, a estrutura de cilindros de ferro para experiências de adubação com cafeeiro, os campos de experiência de Santa Elisa e do Taquaraí e o Jardim Guanabara. A biblioteca, ainda em formação, já contava com os melhores livros europeus.

Os trabalhos tiveram início em 1º de novembro de 1888, com o funcionamento do laboratório de análises. O químico austríaco Franz Josef Wilhelm Dafert foi contratado para dirigir o instituto. Ele defendia que esses institutos deveriam estudar a agricultura sob o ponto de vista químico.

Em 1892 — ano seguinte à morte de Dom Pedro II — a administração do instituto passou para o governo do Estado de São Paulo e o nome foi alterado para Instituto Agronômico de Campinas. Seu corpo de servidores conta com 161 pesquisadores científicos e 319 funcionários de apoio. Sua área física de 1.279 hectares de terras abriga a Sede, Centro Experimental de Campinas e 12 Centros de Pesquisa distribuídos entre Campinas, Cordeirópolis, Jundiaí, Ribeirão Preto e Votuporanga, ocupados com casas de vegetação, laboratórios e demais infraestruturas adequadas aos seus trabalhos.

Patrimônio nacional presente no cotidiano

O trabalho, sério, inovador e persistente do IAC permitiu que plantas provenientes das mais diversas regiões e climas do mundo fossem cultivadas com sucesso econômico no Estado de São Paulo. O instituto pesquisa sistemas de produção de mais de 100 tipos de plantas. As questões sobre o que, quando e onde plantar, como melhorar o solo e protegê-lo, ou como produzir economicamente sem causar danos ao ambiente, encontram respostas nas tecnologias geradas pelo IAC. Esse trabalho, iniciado em 1887, tem garantido a oferta de alimentos à população e de matéria-prima às indústrias, aumentando a competitividade dos produtos agrícolas.

O IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, celebra seus 133 anos com a certeza de estar presente no cotidiano de todo brasileiro. Uma simples olhada ao redor revela um resultado de pesquisa do IAC. O cafezinho, o suco, o açúcar, o pão, o bolo e as frutas que possam estar no despertar do dia vieram do campo. No almoço, arroz, feijão, óleo, hortaliças e ervas que temperam as receitas também têm origem nas lavouras. O mesmo se repete no jantar e nos lanchinhos. Vêm do campo também o leite, a manteiga, o queijo e a carne, lembrando que os animais que originam a matéria-prima desses produtos são alimentados à base de milho, soja e forrageiras. No chocolate tem o cacau. Nas roupas, o algodão. No carro, o etanol e nos pneus, a borracha das seringueiras. Os produtos agrícolas estão nas matérias-primas de muitos produtos indispensáveis no cotidiano.

Em todos esses momentos estão presentes tecnologias geradas pelo IAC. Sediado em Campinas, o Instituto gera tecnologias que dão suporte às agriculturas paulista e brasileira.

"Comemoramos os 133 anos desse Instituto, que em mais de um século traz benefícios à agricultura brasileira, que serviu e serve de modelo para o funcionamento da pesquisa agrícola em todo o Brasil", diz Marcos Antônio Machado, diretor-geral do IAC.

Dentre os resultados estão 1.103 cultivares de 100 espécies, além de pacotes tecnológicos que envolvem desde o plantio à pós-colheita, incluindo estudos de solo, clima, praga, doenças e segurança e eficiência no controle químico.

A cada novo resultado do IAC, o setor agrícola passa a contar com tecnologias que atendem de forma mais completa às necessidades da agroindústria e às exigências dos consumidores. "O IAC desempenha um papel extremamente relevante para a agricultura brasileira e é um patrimônio paulista e nacional", completa Machado.

O instituto é referência em melhoramento genético convencional de plantas agrícolas, ao mesmo tempo em que participa de programas de pesquisa de genoma, transgenia e cisgenia, em parceria com redes nacionais e internacionais.



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