Estamos entrando numa tempestade perfeito no mercado de café
Por José Roberto Marques da Costa Em todos os mercados ao redor do mundo, principalmente das commodities, existem vários fundamentos que tornam os preços instáveis e voláteis, mas existe o principal fundamento, que é a chamada Lei da "oferta e demanda". Naturalmente, quando a produção supera a demanda, os preços tendem a cair até achar um equilíbrio e quando a demanda for maior que a oferta, os preços tendem a subir até buscar um novo equilíbrio.
Quando eu faço uma analise mundial — neste principal fundamento — no mercado futuro do café e vejo os números da safra 2021/2022, da produção me dá um "arrepio" devido ao forte desiquilíbrio que deve ocorrer nos próximos dois anos: "estamos entrando numa tempestade perfeita no mercado de café".
Segundo os dados da USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), na safra de 2019/2020, a produção mundial de café foi de 168,4 milhões de sacas e o consumo de 167,6 milhões de sacas, gerando, portanto, um superávit de 800 mil sacas. Na safra de 2020/2021, o mesmo USDA projetou 176,5 milhões de sacas produzidas e consumo de 166 milhões de sacas, com um superávit em torno de 10,5 milhões de sacas.
Segundo o USDA, a safra 2020/2021 chegou ao número de 176 milhões de sacas, devido à forte produção dos dois maiores produtores mundiais de café: Brasil com 67,9 milhões de sacas e Vietnã com 29 milhões de sacas, representando, assim, 55% da produção mundial de café.
Quando começo analisar os números da safra 2021/2022, repito, começa a me dar "arrepios", já que a produção do Brasil, segundo as últimas estimativas de vários setores, deve cair, em média, 16,5 milhões de sacas. Segundo dados mais recentes do Vietnã, a produção desse país asiático deve cair 5 milhões de sacas. A Colômbia, por sua vez, deve manter a mesma produção, mas há também a tendência de haver a diminuição da produção dos países da América Central e africanos, o que pode representar 5 milhões de sacas.
Calculando a produção mundial da safra 2021/2022 do Brasil, Vietnã e de outros países, se verifica que a produção global pode recuar para um patamar de 150 a 155 milhões de sacas. Mantendo o consumo no atual nível de 165 milhões de sacas, sendo que o provável déficit da safra deve ficar, no mínimo, em 10 milhões de sacas e, no máximo, em 15 milhões de sacas. Por esse motivo que falo em "tempestade perfeita".
A grande pergunta do mercado é: em que nível será esse equilíbrio? Outra pergunta do mercado é de quanto negativamente será o carry-over da safra 2021/2022. Se prepare para futuras surpresas, pois, daqui para frente, o mercado deve ficar fortemente volátil.
Data: 01/02/2021 23:21 Nome do Usuário: Francisco Comentário: P apertar mais a oferta, produtores capitalizados costumam guardar cafés d 2 safras ou 3 ainda mais esse ano q aplicações financeiras, baixo risco, estão rendendo quase nada.
Data: 01/02/2021 22:47 Nome do Usuário: Francisco Comentário: Em 2018 colhemos boa safra, vendemos. Em 19 colhemos pouco e passamos sufoco p chegar a colheita 20. Aprendemos q a safra 20 tem q ajudar nas despesas até 22. Por isso só vende p pagar despesas d mês
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