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"Estamos saindo do período das águas e não choveu!", diz governo de SP


"Estamos saindo do período das águas e não choveu!". Esta é a afirmação preocupada do engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Andrey Vetorelli, que atua na região noroeste do Estado , na Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) Regional São José do Rio Preto, onde a cana-de-açúcar predomina na paisagem.

"As matas nativas, seringueiras e a cana-de-açúcar se tornam um barril de pólvora por si só. Qualquer queimada pode virar um incêndio de grandes proporções, mas as áreas de pastagens também sofrem e a preocupação dos técnicos se estende a toda essa região de Araçatuba, Barretos, Presidente Prudente e outras que já têm pasto seco agora, bem como represas vazias, quedeveria estar cheias, porque estamos saindo do período das águas.

Este ano, com certeza, vai ser mais complicado que o passado. Há risco de faltar água em muitas regiões, sendo a de Rio Preto uma delas, onde não aconteceram chuvas significativas. Os produtores já reclamam de represas mais baixas, poços vazios e alerta para a possibilidade de faltar água até para beber. Então, é preciso ainda mais a atenção do produtor na prevenção às queimadas", enfatiza o técnico.

Até o final da estiagem em São Paulo ‒ iniciada em abril, após "as águas de março fechando o verão", como diz a canção popular, e que só vai terminar lá por setembro, com o prenúncio da Primavera ‒, muitas queimadas poderão ser registradas. Elas acontecem com maior frequência em propriedades rurais que ficam às margens das estradas, onde qualquer toco de cigarro jogado inescrupulosamente pode vir a causar um incêndio de maiores proporções devido ao mato estar muito seco nesta época, sendo material de fácil combustão. Alguns incêndios são criminosos, outros podem ser causados por raios, e, ainda outros, por descuido na limpeza de terrenos; até um caco de vidro, uma lata, um pedaço de metal podem ser responsáveis por dar início ao fogo que, sem controle, pode consumir grandes áreas de plantações ou matas.

"Os proprietários de áreas rurais precisam ficar atentos para evitar incêndios de grandes proporções em suas lavouras, e sempre é bom reforçar as medidas de prevenção, já que fatores como o aumento da incidência de ventos, a baixa umidade relativa do ar e a falta de chuvas contribuem para que eles ocorram", lembra o engenheiro agrônomo Andrey Vetorelli. Fazem coro com ele demais técnicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento que atuam na linha de frente, mais próximo aos produtores rurais, como os de escritórios regionais e Casas da Agricultura, que continuam prestando atendimento remoto.

O diretor da CDRS Presidente Prudente, Marco Aurélio Fernandes, reforça que a região também tem grandes áreas de pastagens e cana, ou seja, as mesmas condições favoráveis às queimadas. "Nesse momento temos que estar alertas e antecipar as precauções, pois a tendência este ano é termos um inverno seco, com umidade baixa (não chove há 40 dias) e as queimadas, que normalmente acontecem em julho e agosto, podem ocorrer antes este ano", diz Marco Aurélio. "Embora não se deva promover a queima de lixo em propriedades rurais, os produtores acabam fazendo isso, só que nesta época do ano, de baixa umidade, uma pequena fagulha pode ser responsável por um grande incêndio. O ideal é ter ações coordenadas para atuar em casos de prevenção ou ocorrência de incêndios, unindo os órgãos de governo, municipal e estadual, e a sociedade civil.

O diretor da CDRS Regional Barretos, engenheiro agrônomo Rolando Salomão, diz também estar preocupado com a falta de água já nesta época do ano, dessa vez mais cedo que o usual, e recomenda as ações de prevenção aos incêndios. "É preciso que os produtores tenham o contato sempre à mão das Brigadas de Incêndio locais, para que possam ser acionadas ao menor sinal de fumaça. Vamos preparar, em parceria com a Defesa Civil, as Brigadas e o Corpo de Bombeiros, treinamentos e alerta em situação de queimadas, pois a situação inspira cuidados extras", defende o diretor da CDRS Regional Barretos.

Em Presidente Venceslau, não chove há quase 50 dias e a situação é preocupante. "Ainda estamos este ano sofrendo os efeitos do La Niña, pois era para ter chovido mais e a chuva não ocorreu. Os prejuízos são visíveis: cerca de 40% na safra do milho safrinha, que está em plena safra; as pastagens só devem aguentar mais uns dias sem chuva; e, enquanto isso, o preço do feno para alimentação animal durante a estiagem está subindo, deixando a rentabilidade nas cadeias produtivas da pecuária de corte e leiteira reduzidas pelo custo mais alto de produção", relata Felipe Melhado, diretor da CDRS Presidente Venceslau, que confirma: "Os produtores já estão fazendo os aceiros e se preparando, porque o risco de queimadas é iminente, embora ainda seja esperado um pouco de chuva antes do longo período de estiagem". 

Fonte: Sec. de Agricultura de SP

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