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Munhoz de Mello (PR), a cidade mais afetada do Brasil por uma seca histórica


A paisagem tomada pelo verde de outrora transformou-se em plantações esparsas e pastagens arrasadas. A safra de milho soçobrou. Sem chuva por mais de dois meses, o cenário no município paranaense Munhoz de Melllo, de apenas 4 mil habitantes, preocupa produtores rurais. A cidade é a mais afetada do Brasil por uma seca histórica que assola sobretudo o centro-sul do país.

Munhoz de Mello é o único em situação de seca excepcional, pior classificação possível segundo boletim divulgado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Outros 347 municípios brasileiros enfrentam uma seca extrema, com destaque para áreas do Mato Grosso do Sul, noroeste de São Paulo, sul de Goiás e Paraná, conforme o mesmo levantamento.

O estudo se baseia no chamado Índice Integrado de Seca (IIS) com escalas dos últimos três e seis meses. O indicador leva em conta dados relativos a chuva, umidade do solo e índice de vegetação, que analisa seu estado em comparação à falta ou ao excesso de água. Essa metodologia é defendida por permitir uma avaliação ampla e fornecer um diagnóstico mais completo das condições ambientais.

Em locais onde a situação é considerada normal, nenhum dos três indicadores apontam para a condição de seca. Nas áreas cujo cenário é excepcional, todos os índices sinalizam a existência de seca, o que representa um quadro bastante crítico.

O produtor rural Thiago Luiz Maciel, de 34 anos, já perdeu cerca de 70% de sua produção devido à seca considerada a mais severa dos últimos anos em Munhoz de Mello, cujas principais atividades econômicas são a pecuária e a agricultura, voltada sobretudo à soja e ao milho.

"A maioria das lavouras aqui não vai nem dar colheita. Não é nem que vai colher pouco; não vai colher nada. As pastagens acabaram", disse Maciel. "É uma época mais seca que o verão, mas não nessa proporção. Às vezes, pode ficar 20 ou 30 dias sem chover. Mais de 60 dias eu ainda não tinha visto. Acho que é a pior seca da região".

De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Rafner Mendes, a cidade somou 67 dias sem chuva. Na última quarta-feira (12), a precipitação na região foi de apenas 5 mm, o equivalente a cinco litros por metro quadrado. O volume é considerado baixo e insuficiente para mitigar os prejuízos.

Em geral, a produção de milho em Munhoz de Mello está quase 90% comprometida, segundo estimativa do secretário. A safra, já carcomida, foi ainda mais impactada pelo surgimento de cigarrinhas. Com isso, produtores rurais têm recorrido ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), custeado pela União, e a seguros privados, embora haja receio de que eles também não consigam pagar.

"Temos feito acompanhamento com os produtores, mas a gente depende de São Pedro. A maioria das áreas aqui não é irrigada, tanto a pastagem quanto na área agrícola. Esse ano foi bem difícil para a nossa região, englobando Guaraçu, Santa Zélia e outros municípios", disse Mendes. "Na questão econômica, foi a pior (seca). Para a nossa região, nunca houve uma seca tão intensa".

Cenário 'muito crítico'

A seca que atinge quase todo o território nacional é tida como uma das maiores da história. Reservatórios de hidrelétricas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste terminam o período de chuvas no menor nível desde 2015. Especialistas avaliam que o cenário é "muito crítico".

A pesquisadora Ana Paula Cunha, do Cemaden, destaca que todas as regiões brasileiras bateram recordes desde 2012. Na ocasião, teve início a maior seca histórica do Nordeste nos últimos 60 anos, período abarcado pela base de dados do órgão vinculado ao MCTI. Entre 2015 e 2016, a região Norte enfrentou sua seca de maior intensidade.

No Centro-Oeste, a situação se equipara a uma severa seca ocorrida na década de 1960, enquanto no Sul e no Sudeste o quadro é preocupante desde 2019. Tal condição é desencadeada principalmente pelos verões consecutivos nos quais não choveu conforme o normal. A previsão é de que possa haver um conflito intenso para uso de água num futuro próximo na região que concentra hidrelétricas e é celeiro da produção nacional

Fonte: Época

Comentarios

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Data: 15/05/2021 09:10 Nome do Usuário: Francisco
Comentário: Aqui no sul de minas última chuva minha propiedade foi 30/03(45 dias). Café de um ano e meio estamos aguando com tanque no trator. Em outras propiedd ñ chove a mais tempo aguando até com 2anos e meio
Contrato Cotação Variação
Julho 360,75 - 9,55
Setembro 358,65 - 8,80
Dezembro 354,20 - 8,20
Contrato Cotação Variação
Julho 4.787 - 116
Setembro 4.784 - 105
Novembro 4.758 - 98
Contrato Cotação Variação
Julho 452,70 -12,65
Setembro 447,90 - 8,40
Dezembro 431,15 - 9,40
Contrato Cotação Variação
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Dólar 5,6610 + 0,32
Euro 6,3850 + 0,00
Ptax 5,6362 - 0,37
  • Varginha
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 2380,00
    Moka R$ 2670,00
    Safra 23/24 20% R$ 2690,00
    Peneira14/15/16 R$ 2810,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 2320,00
    Miúdo 14/15/16 R$ 2800,00
    Safra 23/24 15% R$ 2700,00
    Certificado 15% R$ 2740,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 2670,00
    Safra 23/24 15% R$ 2650,00
    Moka R$ 2620,00
    Duro/Riado 15% R$ 2420,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2650,00
    Safra 23/24 25% R$ 2630,00
    Peneira 17/18 R$ 2870,00
    Rio com 20% R$ 2300,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 23/24 20% R$ 2640,00
    Safra 23/24 30% R$ 2620,00
    Duro/Riado 20% R$ 2350,00
    Escolha kg/apro R$ 32,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2650,00
    Safra 23/24 25% R$ 2630,00
    600 defeitos R$ 2550,00
    Duro/riado 25% R$ 2400,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Conilon/Vietnã R$ 1650,00
    Cepea Arábica R$ 2478,07
    Cepea Conilon R$ 15225,76
    Agnocafé 23/24 R$ 2650,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1590,00
    Conilon T. 7 R$ 1570,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1550,00