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Brasil produz safra 16/17 cerca de 55 milhões de sacas, alta de 9,2%, diz a OIC


Leia, a seguir, o relatório emitido pela Organização Internacional do Café sobre o desempenho do mercado cafeeiro ao longo de setembro.

O indicado de preço da OIC (Organização Internacional de Café) continuou sua tendência de baixa iniciada no final de agosto, com uma média de 124,46 centavos de dólar por libra peso. Os preços de todos os grupos de café tiveram baixa, embora os robustas tenham tido maior perda, de 5,1% em relação a agtosto. A temporada cafeeira global de 2016/2017 foi estimada em 153,9 milhões de sacas, um aumento de 1,5% em relação a 2015/2016. O consumo foi estimado em 155,1 milhões de sacas. Com isso, o déficit global chegou a 1,2 milhão de sacas.

Os preços do café em setembro continuaram em queda entre o final de agosto até o encerramento de setembro, chegando a 120,71 centavos de dólar. O indicador composto da OIC foi a 128,95 centavos por libra em 18 de setembor. No dia seguinte, os preços recuram 2,83 centavos pro libra, antes de se resuperar para o nível de 128,01 centavos em 20 de setembro. Posteriormente, as cotações do café diminuíram durante a semana e meia seguinte, com o referencial diária indo a 121,40 centavos em 28 de setembro. Como resultado desses movimentos, a média caiu 2,9%, para 124,46 centavos por libra.

Os  indicadores para grupos específicos de café também apresentaram declínio em setembro, apesar de um pequeno avanço no começo do mês. Os três grupos de arábica registraram perdas, uma vez que os preços médios dos colombianos suaves, outros suaves e brasileiros naturais tiveram desvalorização de 2,4%, 2,2% e 1,7%, respectivamente. O robusta teve uma perda mais significativamente na primeira semana, mas não tiveram recuperação maior na continuidade do mês. Como resultado, a média mensal dos robustas foi de 5,1% em relação a agosto. A arbitragem média em setembro, medida na relação dos preços futuros de Nova Iorque e Londres, teve aumento de 7% para 46,26 centavos de dólar por libra peso. Entretanto, a volatilidade intraday do indicador de preço compost da OIC teve baixa de 0,3 pontos percentuais, para 6,3%.

Após dois meses de queda, as exportações globais em agosto permaneceram estáveis em 9,9 milhões de sacas, mas foram 8,4% inferiores às de agosto de 2016. No entanto, o volume das exportações durante os 11 primeiros meses do ano cafeeiro de 2016/2017 aumentou 5,8% para 113,3 milhões de sacas, ou seja, 6,2 milhões de sacas a mais que no mesmo período do ano passado quando foram embarcadas 107,1 milhões de sacas. Os embarques de arábica durante os 11 primeiros meses do ano cafeeiro de 2016/2017 aumentaram 9% em relação ao mesmo período de 2015/16, registrando 71,7 milhões de sacas, enquanto os embarques de robusta aumentaram 0,8% para 41,6 milhões de sacas.

A produção mundial de café em 2016/17 é atualmente estimada em 153,9 milhões de sacas, representando um aumento de 1,5% em relação a 2015/2016. A produção de arábica cresceu 10,2% para 97,3 milhões de sacas, enquanto que a de robustas é estimada em 56,6 milhões de sacas, uma queda de 10,6%.

No Brasil, a produção para 2016/2017 é estimada em 55 milhões de sacas, um aumento de 9,2% em relação ao ano anterior, devido a uma recuperação parcial, dos Arábicas em particular, dos efeitos da seca dos dois anos anteriores. Apesar do maior excedente exportável, as exportações do Brasil durante os 11 primeiros meses de 2016/2017 diminuíram 7,3% para 29,3 milhões de sacas. Considerando que o consumo interno se manteve estável em 20,5 milhões de sacas, os estoques do Brasil aumentarão ligeiramente em 1,03 milhão de sacas. O clima seco em agosto de 2017 poderá potencialmente reduzir rendimentos e produção em 2017/18, particularmente de cafeeiros mais novos.

No Vietnã, a produção caiu 11,3% para 25,5 milhões de sacas em virtude do clima seco do início do ano, seguido de chuvas durante a colheita. Como resultado do excedente exportável menor, os embarques do Vietnã recuaram 3,4% para 23,5 milhões de sacas nos 11 primeiros meses de 2016/2017 em relação ao mesmo período do ano cafeeiro passado. O crescimento da produção do Vietnã pode diminuir nos próximos anos devido aos baixos preços do café e à concorrência de outros produtos mais lucrativos.

A Colômbia terminou 2016/2017 com uma produção total de 14,5 milhões de sacas, o maior volume desde 1992/1993 e o quinto ano cafeeiro com crescimento consecutivo. As exportações da Colômbia registraram uma recuperação de 9,6% para 12,4 milhões de sacas nos 11 primeiros meses de 2016/2017, na sequência de um volume excepcionalmente baixo de embarques devido a uma greve de caminhoneiros no ano cafeeiro de 2015/2016. O ano-safra de 2017/2018 na Colômbia pode ser afetado pelo desenvolvimento potencial do fenômeno La Niña fraco e de nebulosidade durante o período de floração.

Após um aumento de 7,9% em 2015/2016, a produção da Indonésia caiu 6,7% para 11,5 milhões de sacas em 2016/2017 devido a condições climáticas adversas no início do ano. Os embarques do país aumentaram significativamente nos 11 primeiros meses de 2016/17, alcançando 9,8 milhões de sacas, um aumento de 78,9% em relação ao mesmo período de 2015/2016. O aumento das exportações da Indonésia ajudou a cobrir a escassez nos maiores produtores em 2016/2017.

Apesar do aumento da produção e da ligeira queda no consumo, o ano cafeeiro de 2016/2017 foi o terceiro ano consecutivo de déficit, pois o consumo excedeu a produção em 1,2 milhão de sacas. O mercado, porém, continuou bem suprido por estoques que se acumularam durante os anos superavitários de 2012/2013 e 2013/2014. Nos países importadores, no final de junho de 2017, os estoques totalizavam 25,4 milhões de sacas, seu maior volume desde setembro de 2009, oferecendo proteção contra possíveis preocupações com a oferta no curto prazo.

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Contrato Cotação Variação
Maio 188,85 - 1,80
Julho 188,05 - 1,85
Setembro 187,60 - 1,85
Contrato Cotação Variação
Maio 3.483 - 76
Junho 3.400 - 67
Setembro 3.313 - 62
Contrato Cotação Variação
Maio 232,55 - 2,40
Julho 233,30 - 2,45
Setembro 229,25 - 1,05
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Euro 5,4100 + 0,36
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  • Varginha
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1090,00
    Safra 22/23 20% R$ 1080,00
    Peneira 15/16 R$ 1120,00
    Duro/riado/rio R$ 970,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1150,00
    Safra 22/23 15% R$ 1090,00
    Safra 22/23 25% R$ 1070,00
    Moka R$ 1110,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 1110,00
    Safra 22/23 15% R$ 1090,00
    Safra 22/23 25% R$ 1080,00
    Duro/Riado 15% R$ 1020,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1090,00
    Safra 22/23 25% R$ 1070,00
    Peneira 17/18 R$ 1150,00
    Variação R$ 1100,00
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    Descrição Valor
    Safra 22/23 20% R$ 1080,00
    Safra 22/23 30% R$ 1060,00
    Duro/Riado 30% R$ 1000,00
    Escolha kg/apro R$ 12,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1090,00
    Safra 22/23 20% R$ 1080,00
    Duro/riado 25% R$ 1010,00
    Rio com 20% R$ 910,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Agnocafé 22/23 R$ 1090,00
    Cepea Arábica R$ 1029,67
    Cepea Conilon R$ 952,42
    Fator R/A R$ 1,85
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 960,00
    Conilon T. 7 R$ 954,00
    Conilon T. 7/8 R$ 946,00