OIC: Produção mundial em 169,64 milhões de sacas e consumo em 167,67 milhões
Segunda parte do relatório da OIC publicado neste terça-feira
As estimativas da produção total para o ano cafeeiro de 2020/21 permanecem inalteradas em 169,64 milhões de sacas, representando um aumento de 0,4% em comparação com 169,00 milhões de sacas no ano cafeeiro anterior. Estima-se que a produção de Arábica tenha aumentado 2,3% para 99,27 milhões de sacas, de 97,08 milhões de sacas em 2019/20, enquanto a produção de Robusta foi estimada em 70,38 milhões de sacas, queda de 2,2% com relação ao ano anterior de 71,92 milhões de sacas no ano anterior ano. No nível regional, a produção da África foi revisada para baixo marginalmente, para 18,74 milhões de sacas, em comparação com o nível registrado no ano cafeeiro anterior. A estimativa para a Ásia e Oceania permanece próxima à avaliação do mês anterior: queda de 1,1%, de 49,46 milhões de sacas em 2019/20 para 48,91 milhões em 2020/21. A produção na América Central e no México deverá diminuir 2,1%, para 19,19 milhões de sacas, contra 19,60 milhões no ano cafeeiro de 2019/20. Espera-se um aumento de 2,0% na produção da América do Sul em 82,80 milhões de sacas, em comparação com 81,21 milhões em 2019/20. Olhando para o atual ano-safra de 2021/22, as geadas no Brasil e a “entressafra” do Arábica continuam sendo os dois principais fatores que afetam negativamente as perspectivas para a produção mundial de café em grão verde.
O consumo mundial de café é avaliado em um ligeiro aumento de volume, agora estimado ter aumentado para 167,67 milhões de sacas em 2020/21, em comparação com 164,53 milhões de sacas no ano cafeeiro de 2019/20. A diferença produção-consumo para 2020/21 está, portanto, reduzindo para 1,97 milhão de sacas. A perspectiva, no entanto, mudou com a perspectiva de um alívio ainda maior das restrições à pandemia relacionadas ao covid-19, agora desaparecendo rapidamente, especialmente na Europa, com o surgimento da nova variante, Omicron. A Áustria e a Eslováquia anunciaram recentemente o retorno ao bloqueio total até pelo menos meados de dezembro, mesmo enquanto as restrições estão sendo relaxadas em lugares como a Nova Zelândia. A projeção de crescimento econômico global foi rebaixada, agora com expectativa de crescimento de 5,9% em 2021 e de 4,9% em 2022, pelo FMI em seu último relatório. Ele relatou que a revisão para baixo para 2021 reflete um rebaixamento para economias avançadas - em parte devido a interrupções no fornecimento - e para países em desenvolvimento de baixa renda, em grande parte devido ao agravamento da dinâmica da pandemia.