Por guerra, Mundial de Café muda sede e renda de ingressos apoiará Ucrânia
Inicialmente marcado para acontecer em Varsóvia, capital da Polônia, o Mundial de Café foi transferido para Milão, na Itália. Segundo a organizadora Specialty Coffee Association, a decisão foi motivada pela invasão russa à Ucrânia.
"A guerra forçou milhares de ucranianos a buscar refúgio na Polônia, inclusive no centro de convenções PTAK, onde o World of Coffee estava programado para acontecer", escreve o diretor Yannis Apostolopoulos. A mudança evita sobrecarregar a comunidade de Varsóvia.
Outra novidade é que 100% da receita acumulada com a venda de ingressos será doada a cafeterias e baristas ucranianos.
A expectativa é que a competição, que inclui disputas de latte art, torra, coquetelaria, café turco e degustação, seja realizada no Milano Convention Center de 23 a 25 de junho. Já a dinâmica para escolher o melhor barista (profissional de café) do mundo acontecerá em Melbourne (Austrália), de 27 a 30 de setembro.
Brasileiro entre os melhores do mundo
No ano passado, o paulistano Boram Um, que comanda a rede Um Coffee Co. ao lado da família, chegou à semifinal do campeonato e foi considerado um dos 15 melhores do mundo. Na ocasião, os adversários prepararam três diferentes bebidas, quatro vezes cada, em 15 minutos. "Um serviço completo, de expresso, bebida com leite e drinque de assinatura sem álcool".
O resultado foi comemorado pelo setor brasileiro, que assistiu ao melhor resultado do país na disputa internacional em 2006 com a sexta colocação da tricampeã brasileira Silvia Magalhães. O prêmio máximo de 2021 ficou com Diego Campos, da Colômbia.
Em decorrência da covid-19, competidores de alguns países não conseguiram comparecer ao evento. "Mesmo assim, o prêmio foi bem acirrado". No total, 40 baristas participaram da prova.