Com alta de 890 pontos, caem as posições compradas e vendidas dos fundos
Por José Roberto Marques da Costa
Com volume de 21.093 lotes bem abaixo da média, os contratos do arábica para maio encerraram estáveis em 221,85 cents por libra-peso em NY em pregão pouco volátil ante aos anteriores. Nos útimos pregões os investidores estão testando os limites de baixa e alta do mercado e termina a semana com piso em 220,00 cents. Em relação a semana passada, o piso evoluiu 1.000 pontos, no dia 15 de março, piso testado foi 210,00 cents.
Maio variou de 219,4 cents a 223,20 cents, não tendo força para romper o primeiro suporte do dia em 219,23 cents e a primeira resistência em 225,78 cents. Na semana, teve alta de 180 pontos, variando de 219,40 cents a 228,65 cents. Os estoques certificado aumentaram 3.565 sacas para 1.143.629 sacas, acumulando no mês de março a alta 154.245 sacas (+ 13,5% ), sendo primeiro mês de alta depois de 7 meses consecutivos de baixa.
Como a varição de hoje foi consideranda leve, os suportes e as resistências estão próximo ao fechamento em 221,85 cents. Caso não tenha nenhuma interferência externa, o mercado deve continuar testando o piso de 220,00 cents na segunda-feira, o primeiro suporte do dia está em 219,77 cents a a primeira resistência em 223,57 cents.
Em analise mais detalhado das tendências das commodities, tem que verificar as posições compradas e vendidas dos grandes fundos de investimentos, sendo natural que uma tendência de alta se confirma quando aumenta as posições compradas e queda das vendidas, quando a tendência de baixa acontece o contrário. Nesta último relatório, que foi uma surpresa para mim, teve queda nos contratos em abertos e nas posições compradas e vendidas, que vem a comprovar uma migração das commodities volátil no médio prazo para mais volátil no curto prazo.
A lógica para uma semana que teve alta de 890 pontos seria aumento das posições compradas e queda das vendidas, o relatório mostra que contratos de café arábica, além da queda da posição compradas em 4.058 lotes(- 12,5% ), também teve queda maior em porcentgem ( - 19,2% ) nas posições vendidas em 2.337 lotes e diminuição de 7.218 contratos abertos.
Os dados da CFTC (Commodity Futures Trading Commission) referente ao dia 22 de março, na semana que teve alta de 890 pontos ( 211,15 cents dia 15 de março e 220,05 cents dia 22 de março ) houve uma diminuição 9,1% nas posições líquidas compradas de fundos para 18.662, queda de 1.870 lotes. Segundo os números, grandes fundos possuíam 18.662 posições líquidas compradas (28.474 posições compradas e 9.812 posições vendidas). No relatório anterior, referente a 15 de março, eles tinham 20.532 posições líquidas compradas ( 32.532 posições compradas e 12.149 posições vendidas).
Devido ao aumento dos custos da adubação que deve provocar naturalmente uma redução do uso de fertilizantes, e consequentemente provocar uma queda de produtividade mundial nas próximas duas safras de café ( queda de 10% da produtividade mundial representa menos 16 milhões de sacas). A influencia negativa da variação climatica no Brasil e Colômbia nos próximos meses, somado com primeiras informações das entradas das massas polares nas regiões sudeste do Brasil, o café arábica vai se transformar em uma commodities volátil de longo prazo para curto prazo e naturalmente deve começar as coberturas de posições dos fundos de investimentos devido ao efeito clima.
Só para lembrar, as posições dos fundos de investimentos a 12 meses atrás, no começo de abril, eles estavam 12.236 posições liquidas compradas ( 42.777 compradas e 30.541 vendidas). Depois de 60 dias, no começo de junho, eles aumentaram para 42.156 posições líquidas compradas ( 60.859 compradas e 18.703 vendidas ).
Segundo vários meteorologistas, as primeiras massas polares com maiores intensidades que pode provovar dados nas região de café do Brasil dever começar a entrar na segunda quinzena de maio antes da entrado do inverno. Pelas informações climáticas dos próximos meses, tudo indica que clima em outono e inverno será equivalente ao do ano passado.
Por este fundamentos, aumento do consumo mundial em 2% a 3%, que representa uma necessidade de mais 4 a 5 milhões de sacas, queda da produtividade mundial devido a "efeito cascata" da menor adubação ( menos 16 milhões de sacas) estoques praticamente zerados do Brasil, futuras quedas das safras no principais produtores de café arábica, Brasil, Colômbia e Honduras devido ao clima e somado a variação climática nos próximos meses no Brasil.
A Agnocafé está alertando a vários meses, não se preocupam com os preços da bolsa de NY, que deve reagir naturalmente, o maior problema para os cafeicultores brasileiros são os custos elevados para produzir um saca de café e principalmete o clima nos próximos meses.
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