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Comprovado: café não tem relação com crescimento de crianças


Por certo já terá ouvido alguém dizer: “não se deve dar café às crianças porque depois não crescem”. Esta afirmação pode fazer parte da chamada “sabedoria popular”, mas será que é suportada pela ciência? O Viral foi investigar.

Na verdade, não existe qualquer evidência científica que comprove que o consumo de café – dentro dos limites recomendados – trave o crescimento de uma criança. Esta ideia é “errada”, como diz ao Viral Tiago Proença dos Santos, neuropediatra no Hospital de Santa Maria, Lisboa, e membro da direção da Sociedade Portuguesa de Neuropediatria: “Não há nenhuma forma de relacionar diretamente o consumo de café com a diminuição do crescimento.”

“Não há nenhuma forma de relacionar diretamente o consumo de café com a diminuição do crescimento.”

Podem existir diversas razões na origem deste mito: por um lado, a idade em que os jovens começam a beber café coincide com a idade em que o corpo atinge o limite máximo do seu crescimento – segundo a Faculdade de Medicina de Harvard, as raparigas atingem a sua altura máxima entre os 15 e os 17 anos, enquanto nos rapazes pode ser um pouco mais tarde; por outro lado, é muitas vezes feita uma associação entre o consumo de cafeína e o risco de desenvolver osteoporose (uma doença que é caracterizada pela redução da densidade dos ossos), sendo ainda alegado que a osteoporose pode tornar uma pessoa mais baixa. No entanto, Harvard avança que “a ligação entre o consumo de café e a osteoporose nunca foi confirmada”.

O neuropediatra alerta que o consumo exagerado de café pode ter consequências negativas tanto para as crianças e jovens como para os adultos: “O problema do café, se ingerido em grandes quantidades, é que diminui o apetite, podendo levar a pessoa a ter uma dieta pior, e reduz a absorção de alguns elementos, como o cálcio e o ferro. Mas essa redução só é significativa se houver um consumo de cafeína em grande quantidade. É como quase todas as substâncias: se abusarmos, é óbvio que nos fazem mal à saúde.”

“O problema do café, se ingerido em grandes quantidades, é que diminui o apetite, podendo levar a pessoa a ter uma dieta pior, e reduz a absorção de alguns elementos, como o cálcio e o ferro. Mas essa redução só é significativa se houver um consumo de cafeína em grande quantidade. É como quase todas as substâncias: se abusarmos, é óbvio que nos fazem mal à saúde.”

Tanto em idade pediátrica como em idade adulta, o café produz efeitos semelhantes: o aumento da frequência cardíaca, a ansiedade, a diminuição do sono. Por isso mesmo, também no caso das crianças e jovens se deve ter em consideração a hora do dia em que é ingerido. “Se a criança beber café à noite, isso vai ter impacto no sono e, indiretamente, pode afetar o crescimento. Mas isso não é o consumo do café, mais uma vez é o consumo de cafeína em grande quantidade ao fim do dia que vai interferir com o sono.”

Para Tiago Proença dos Santos, a principal preocupação não será o café, mas as outras bebidas que têm na sua composição a cafeína e a teína. Refere-se aos refrigerantes à base de chá e as bebidas energéticas que, muitas vezes, “têm doses de cafeína muito elevadas, podendo representar um risco para a utilização em idade pediátrica”. Porquê? “Porque, por um lado, as quantidades de estimulantes são muito maiores do que quando ingeridas numa chávena de café e, por outro, porque essas bebidas são hipercalóricas e frequentemente causam aumento de peso e outros efeitos negativos. Não pela cafeína, mas pelos outros componentes que existem na bebida”, responde.

A cafeína é uma substância que faz aumentar a quantidade de dopamina existente na fenda sinápticas, ou seja, torna mais fácil a comunicação entre as células do cérebro – os neurónios. Por essa razão, é utilizada frequentemente nos adultos como forma de melhorar o desempenho nas suas tarefas – seja no trabalho, no estudo ou noutras atividades. Também nas crianças, o café pode ser recomendado como prova terapêutica em casos de suspeita de perturbação de hiperatividade ou défice de atenção, uma vez que aumenta a capacidade de concentração.

“A cafeína aumenta a capacidade de concentração das crianças, tal como dos adultos, e muitas vezes é recomendada para ajudar a criança a aumentar o foco de atenção. Porém caso exista necessidade de otimizar a atenção de forma continuada, Não pode, em circunstância nenhuma, ser recomendado o consumo regular de grandes quantidades, uma vez que a cafeína é uma substância que causa dependência e tolerância”, afirma o médico, sublinhando que “o café não é uma solução em si mesmo”.

“A cafeína aumenta a capacidade de concentração das crianças, tal como dos adultos, e muitas vezes é recomendada para ajudar a criança a aumentar o foco de atenção. Porém caso exista necessidade de otimizar a atenção de forma continuada, Não pode, em circunstância nenhuma, ser recomendado o consumo regular de grandes quantidades, uma vez que a cafeína é uma substância que causa dependência e tolerância”.

Quando se objetiva a necessidade do consumo de cafeína para conseguir atenção, ou seja, caso o café apresente bons resultados no comportamento da criança, os pais ou encarregados de educação deverão procurar aconselhamento médico na área da neurologia pediátrica. Desta forma, a criança pode ser acompanhada e receberá o tratamento mais adequado, que, ao contrário do café, não provoque dependência ou tolerância.

O café é a terceira bebida mais consumida em todo o mundo, surgindo depois da água e do chá. Segundo dados divulgados na World Population Review, referentes a 2016, os países que mais consomem café por habitante são a Finlândia, a Noruega e a Islândia. Portugal surge nos primeiros 25 países da lista, com cada cidadão a consumir, em média, 4,3 quilogramas de café por ano.

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