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Depois de uma "briga" de vários horas, o piso de 210 cents foi mantido em NY


Por José Roberto Marques da Costa

Em dia bem agitado e mercado fortemente sobrevendido, aconteceu uma forte "briga de gente grande" por várias horas durando até os últimos minutos concentrada no nível 210,00 cents, como aconteceu no pregão de 15 de março com contratos de café arábica influenciado negativamente por dois fatores,  valorização do dólar e gráficos técnicos. O resultado final desta "briga" foi a manutenção do piso de 210,00 cents, o menor nível do ano de 2022.

O volume de negócios em NY atingiu 44.824 lotes, sendo 58% dos lotes foram do mês de julho, que fechou com queda de 3,1% cerca de 6,80 cents a 210,45 cents, variando de 210,00 cents a 216,50 cents, rompendo o primeiro suporte em 214,60 cents e segundo em 211,95 cents. Na segunda-feira, o primeiro suporte está em 208,13 cents e a primeira resistência em  214,63 cents.

O mercado na segunda pode ter duas performance distinta, a primeira, devido ao fechamento gráfico e contribuição de dólar valorizado que depois do fechamento hoje, no mercado futuro do dólar para junho subiu 1,12%, a R$ 5,1245,  que poderá levar ao primeiro suporte e fazendo nova mínima deste 11 de novembro de 2021. A segunda, com o mercado está fortemente sobrevendido,  como aconteceu em 15 de março, o piso de 210,00 cents pode continuar a ser mantido e provocar uma mudança de tendência com forte recompra que levou a recuperar o nível de 215,00 cents, 220,00 cents e 225,00 cents. 

Para alguns analistas,  o fator negativo é  o aumento da inflação global que lança dúvidas sobre o futuro da demanda por café. Em momentos de aperto financeiro, alimentos não essenciais costumam ser cortados das listas de compra. No mercado chinês, outro inibidor de consumo são as restrições para conter o avanço da covid-19, que limitam o funcionamento de bares e restaurantes. 

Apesar dos fundamentos positivos no médio e longo prazo, no curto prazo estão sendo colocados de lado em função de um busca para um piso mínimo, para depois entrarem comprando em função das entradas das massas polares que deve acontecer nos próximos 10 a 15 dias influenciadas pelas informações climatologistas sobre possível  entradas de massas polares intensas nas regiões de café, levando os investidores  a cobrir suas posições para não ser pego de "surpresa" com aconteceu no ano passado.

Para o  consultoria StoneX Fernando Maximiliano, a aproximação do inverno no Brasil, que por si só já traz bastante insegurança e volatilidade ao mercado, neste ano deve influenciar ainda mais na formação dos preços após os danos provocados pelas geadas no ano passado. "O temor de que o inverno de 2022 possa acarretar novos danos na produção brasileira de café arábica deve gerar bastante volatilidade ao mercado", afirma.

Ele destacou que no modelos meteorológicos continuam indicando a permanência do fenômeno climático pelo terceiro ano seguido influenciando nas condições climáticas e por isso continua sendo fonte de preocupação para o setor cafeeiro. Enquanto no Brasil, o La Niña corta as precipitações, na Colômbia sofre com o excesso de água no parque cafeeiro.

Segundo vários climatologistas, devido ao fenonomeno La Niña as chuvas serão abaixo das médias nos próximos meses, voltando a regularizar em meados de outubro. Como o La Niña será fraca intensidade, diminue as resistências das entradas das massas polares podendo atingir as regiões de café e segundo eles, duas a três massas polares deve ser forte intendidade como aconteceu no ano passado. A Agnocafé colocou no ar nas últimas semanas três entrevistas onde os climatologistas alertam para estas massas polares.   

No relatório dos traders referente ao dia 03 de maio, mostra queda de 2,59% nas posições líquidas compradas de fundos para 21.858 lotes sendo 31.510 posições compradas e 9.652 posições vendidas, queda de 1.331 nas posições compradas e queda de 749 nas posições vendidas que comprava a continuidade da migração dos investidores para outras commodities mais lucrativa no curto prazo. Normalmente,  os fundos de investimento deve aumentar em muito suas posições compradas antes das entradas das massas polares.

O mercado está começando a se preocupar com produção da Colômbia devido as chuvas constantes no últimos meses e  aumento dos preços dos fertilizantes. A federação colombiano menciona queda de 10% na produção, nos últimos sete meses, o país mostra quedas consecutivas de produção e os útimos dados de produção foram de 12 milhões nos últimos 12 meses ante a 13,9 milhões no perído anterior.

Pelas últimas informações da midia local publicada pela Agnocafé nesta semana, descreve queda bem maior podendo chegar até 40%, que provocaria um aumento não esperado das importações de café para suprir o consumo interno e poder horar seus compromissos de exportações. Na temperada passada as importações ficaram em 1,2 milhões de sacas e os dois países que mais exportaram para a Colômbia foram Brasil e Peru.

Segundo traders, devido ao aumento dos custos de adudos e combustíveis, o Vietnã deve diminuir sua produção em 10% na próxima safra, que representa 3 milhões de sacas. Outro motivo que pode contribuir na queda, é a dificuldade dos cafeicutores daquele países, é´que o preço interno pago pela saca de café não está cobrindo os custos, e está provacando a migração para outras culturas mais rendáveis.


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    Duro/Riado 30% R$ 1200,00
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    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Duro/riado 25% R$ 1200,00
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    Conilon T. 6 R$ 1162,00
    Conilon T. 7 R$ 1154,00