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Café arábica deve passar por momentos históricos nos próximos meses


Por José Roberto Marques da Costa

Tudo indica que, nos próximos meses, os contratos de café arábica deverão passar por momentos históricos na bolsa de Nova Iorque, influenciados por vários fatores positivos que provavelmente alavancarão os preços. Para o site Agnocafé, o segundo semestre de 2022 e o primeiro de 2023 poderão ser uma das melhores épocas para o produto desde o início do seu trabalho, há 21 anos, podendo ultrapassar os preços praticados ao longo de 2011.

Pelas últimas informações desde início da colheita de café e pelas projeções climática referentes aos próximos meses de vários institutos meteorológicos, nos próximos meses deve começar a aumentar o desequilibro da lei que rege todos os mercados de commodities, ou seja, da "oferta e demanda", podendo chegar a déficits históricos.

A cada dia que passa está se tornando mais claro o verdadeiro tamanho da safra de café arábica e o sentimento entre os produtores das principais regiões de café do Brasil é de "frustação". Além da queda na safra acima do esperado, também começa aparecer um queda no rendimento depois de o grão ser beneficiado e tudo indica que a safra de arábica não deverá passar de 30 milhões de sacas.

A performance de todas as bolsas de commodities é baseada em fundamentos de curto, médio e longo  prazos, principalmente o café, que é considerado  o segundo maior mercado de matérias-primas, depois do petróleo, influenciado fortemente por grande fundos de investidores e traders. Segundo Eduardo Carvalhaes, eles têm sido usados por investidores que querem ganhos de curto prazo, o que torna as cotações voláteis em momentos de incertezas macroeconômicas.

Os fundamentos de curto, médio e longo prazo

Um fundamento importante de curto prazo, além da forte queda de produção abaixo de 30 milhões de sacas, está relacionado aos estoques de passagem desta safra no Brasil. Esses estoques são considerados, por vários setores do mercado, como os mais baixos das últimas décadas. Os estoques de certificados na Bolsa de Nova Iorque estão nos menores níveis dos últimos 22 anos e quatro meses (fevereiro de 2000), podendo chegar abaixo de 950 mil sacas na próxima semana. 

O fundamento de médio prazo vem do efeito do fenômeno La Niña, com uma provável queda da safra da Colômbia, segundo maior produtor de café arábica, devido às intensas chuvas que atingem aquele país desde o mês de outubro, chegando a uma situação na qual essa origem deverá importar mais de 1,2 milhão de sacas do Brasil (maior produtor mundial) neste ano de 2022. Isso se soma às projeções climáticas durante o inverno no Brasil, nas quais, segundo alguns climatologistas, três fortes massas de ar polar devem atingir o país, podendo provocar geadas em algumas regiões de café, com destaque para a massa polar que deve entrar no centro-sul do país na última semana de julho.

Por último, o fundamento no longo prazo que já está começando a aparecer é também provocado pelo La Niña: as chuvas abaixo das médias históricas nos próximos meses nas regiões de café brasileiras. Nos últimos três meses, os dados pluviométricos do Sul de Minas, Mogiana e Cerrado Mineiro já estão mostrando uma tendência de queda de chuvas, quadro que deverá se prolongar até outubro ou novembro. Isso provavelmente deverá afetar a produção de café da safra do próximo ano. Alguns climatologistas estão comparando a estiagem com a verificada em 2020.

Fonte: Agnocafé


Comentarios

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Data: 24/06/2022 21:44 Nome do Usuário: Ricardo
Comentário: Podem esperar queda na safra do CONILON também, tenho visto café quebrar no secador uma média de 15% em relação a última safra!
Data: 24/06/2022 21:15 Nome do Usuário: LEONARDO POMPEIA COUTINHO
Comentário: MESMO QUE A SACA DE CAFE VÁ A 2000 REAIS AQUI NO NORTE PIONEIRO DO PR NÃO VEJO NINGUEM ANIMADO A PLANTAR CAFE.O RETORNO DO CAPITAL É LENTO E INCERTO, MAO DE OBRA NÃO EXISTE E OS ENCARGOS SOCIAIS CARO
Contrato Cotação Variação
Julho 224,40 - 4,10
Setembro 222,40 - 3,90
Dezembro 220,70 - 3,75
Contrato Cotação Variação
Julho 4.153 - 151
Setembro 4.065 - 150
Novembro 3.971 - 132
Contrato Cotação Variação
Julho 280,85 - 5,40
Setembro 269,65 - 5,70
Dezembro 265,50 - 5,70
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,1160 - 0,89
Euro 5,4750 - 1,16
Ptax 5,1184 - 0,96
  • Varginha
    Descrição Valor
    Moka R$ 1360,00
    Safra 22/23 20% R$ 1320,00
    Peneira 15/16 R$ 1370,00
    Duro/riado/rio R$ 1220,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1390,00
    Safra 22/23 15% R$ 1330,00
    Duro/riado/rio R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1330,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 1350,00
    Safra 22/23 15% R$ 1330,00
    Safra 22/23 25% R$ 1310,00
    Duro/Riado 15% R$ 1260,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1330,00
    Safra 22/23 25% R$ 1310,00
    Peneira 17/18 R$ 1390,00
    Variação R$ 1340,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 22/23 20% R$ 1320,00
    Safra 22/23 30% R$ 1300,00
    Duro/Riado 30% R$ 1240,00
    Escolha kg/apro R$ 16,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1330,00
    Safra 22/23 25% R$ 1320,00
    Duro/riado 25% R$ 1250,00
    Rio com 20% R$ 1160,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Agnocafé 22/23 R$ 1330,00
    Cepea Arábica R$ 1260,03
    Cepea Conilon R$ 1160,91
    Conilon/Vietnã R$ 1630,88
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1176,00
    Conilon T. 7 R$ 1168,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1160,00