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Cooperativas continuam com a política de "tampar o sol com a peneira"


Com volume de negócios atingiu 25.509 lotes nesta sexta-feira, os contratos futuros de café arábica fecharam em queda pela primeira vez na semana na bolsa de NY em mercado sobrecomprado depois do rally durante os últimos quatro pregões que valorizou 24,75 cents ( + 11,6% ) com La Niña novamente "empurrando" tecnicamente para canal de alta.   

O dezembro fechou com queda de 1,4 cents a 238,10 cents, variando de 235,75 cents a 241,90 cents rompendo a primeira resistência do dia em 236,75 cents e não tendo força para chegar ao nível de ontem em 242,95 cents que foi a máxima da semana. Os estoques certificados diminuíram 1.220 sacas para 658.857 sacas, nos últimos 30 dias caíram 44.553 sacas e acumulo de queda dos últimos 12 meses chega a 1.506.749 sacas

Os preços do café subiram acentuadamente nesta semana, chegando às máximas de 6 meses, devido à preocupação com o La Niña que está influenciando no clima provocando um estiagem excessiva que reduzirá a produção de café da próxima safra do Brasil e também queda da produção do conilon do Vietnã que deve provocar a diminuição acentuada da oferta global de café.

Os negociantes disseram que o mercado se tornou tecnicamente sobrecomprado após seu forte avanço desta semana e que o clima seco nas áreas de café do Brasil continua sendo uma preocupação, ameaçando o desenvolvimento de grãos de café depois que fortes chuvas no início deste mês levaram a floradas precoces em algumas áreas e também disseram que a recente alta foi impulsionada tanto pelo clima adverso no principal produtor de robusta, o Vietnã, quanto pela forte demanda doméstica no Brasil.

Paralelamente a mercado em NY, os preços do conilon em Londres foram impulsionados em parte pelo clima também seco no Vietnã, o que diminuiu as perspectivas para a próxima safra no maior produtor mundial de conilon. "Os estoques no Vietnã estão diminuindo rapidamente... Isso, juntamente com perspectivas sombrias de safra, fez com que o preço do café subisse cerca de 20% desde meados de julho", disse o Commerzbank em nota.

A Cooxupé afirmou nesta quinta-feira que haverá uma quebra na produção de café arábica deste ano, em relação aos volumes previstos inicialmente, mas não detalhou os percentuais de redução. Questionada pela Reuters diante de sinalização de revisão do número de colheita do Brasil pela consultoria Safras & Mercado, a Cooxupé respondeu que "ainda não fez uma nova avaliação de números da safra, mas que já é possível afirmar que haverá quebra".

Com a colheita praticamente encerrado, todas cooperativas continuam prorrogando as informações sobre o volume da quebra de safra de café arábica, criando uma expectativa que está gerando intranquilidade ao mercado. Nos anos anteriores a política das cooperativas sempre foram relatar o volume recebido semanalmente e a provável tamanho da safra. A porcentagem da quebra da safra deste ano, todas cooperativas já sabem em detalhes. Com certeza estas informações são fortemente negativas, acreditando que o mercado ainda não simulou esta forte queda, elas continuam com a mesma política de "tapar o sol com a peneira".  

Com relação ao mercado interno, os compradores de café estão usando a mesma tática dos donos de frigorificos, não entram no mercado comprando para não pressionar os preços quando eles tem boi no seu pasto para abate no curto prazo. Os compradores de café  não estão entrando no mercado e prorrogando no máximo seus compromisso para não pressionar os preços interno, aquardando a entrada destes cafés das liquidações dos contratos dos produtores que estão sendo e vão ser renegociados nas próximas semanas, que está sendo um volume bem acima que os compradores esperavam. Até o termíno destes estoques dificilmente eles entraram novmente no mercado.

Na quinta-feira, a Agnocafé fez uma errata sobre a safra do Cerrado Mineiro e que a estimava a três semanas atrás estava em 3 milhões de sacas, mas pelas últimas informações de vários setores ligado ao mercado do Cerrado Mineiro, provável safra será bem menor, Durante esta semana a pregunta do dia-dia na cidade de Patrocínio entre o pessoal do mercado do café era " a onde está o café que foi colhido este ano?". Recomendei para um dos maiores corretores da cidade Mauro Henrique Dias a contratação do detetive Sherlock Holmes.

Nesta semana o mercado ficou completamente travado com diferencial de R$ 100,00, para café de bom aspecto e boa qualidade com 15%, comprador a R$ 1.400,00 e vendedor a R$ 1.500,00. Nesta sexta-feira, o indicador bruto da Agnocafé fechou a R$ 1.460,00, queda de R$ 20,00 e o inidcaodr livre caiu para R$ 1.440,00. 
    
Pelo 3º ano consecutivo La Niña está tendo forte influencia nos contratos de arábica em NY 

Em uma visão ampliada dos últimos anos do mercado de café, os investidores que priorizaram o fenômeno La Niña e os seus parâmetros gráficos como ferramenta principal estão tendo ótimos resultados e com tendência de mais lucros até começo da safra da próxima temporada de café.

Pelas informações apresentadas por meteorologistas, o fenômeno  La Niña, que vai entrar no terceiro ano consecutivo, deve interferir no clima até março do próximo ano. A influência negativamente do La Niña na colheita do café no Brasil começou depois da ótima safra do grão, entre 68 a 72 milhões de sacas, em 2020.

Em 2021 começou a queda na produtividade, reduzindo a safra para um nível entre 58 a 62 milhões de sacas. Em 2022, segundo ano da influência, a queda foi mais acentuada, ficando entre 45 e 50 milhões de sacas. Na estimativa da Agnocafé a safra deve ficar em torno de 43 milhões de sacas, influenciada pela redução da colheita do café arábica a 25 milhões de sacas.

Qual será a influência do La Niña na próxima safra de café do Brasil e qual deve ser a produção do grão no país no ano de 2023? Se confirmando as previsões climáticas e analisando os resultados dos últimos três anos, tudo indica que, devido ao acumulado déficit hídrico dos últimos anos, a produtividade das lavoras de café devem cair ainda mais.

Analisando a performance dos contratos futuros do café arábica na bolsa de Nova Iorque nos últimos três anos em função do La Niña, são observados resultados diretamente proporcionais, com influência positiva em média de 50,00 cents a cada ano. No mercado físico do Brasil a alta média do ano gira entre R$ 300,00 e R$ 500,00.

No ano de 2020, antes da influência do La Niña, os contratos em Nova Iorque operavam no nível abaixo de 150 cents, contando com uma média de 125,00 cents, com a ótima safra brasileira deixando grandes estoques para o ano seguinte. No primeiro ano do La Niña, em 2021, os contratos passaram a operar na faixa entre 150 e 200 cents, com média em 180 cents, devido à queda da safra brasileira e da retração dos estoques remanescentes.

Em 2022, no segundo ano do La Niña, os contratos começaram a operar na faixa entre 200 e 250 cents, com média em 225 cents, refletindo a queda acentuada da safra brasileira e os estoques remanescente praticamente zerados. Com a continuidade do La Niña e sua influencia diretamente proporcional nos contratos do café, tudo indica que a bolsa de Nova Iorque deve operar nos próximos meses entre 250 e 300 cents, com média em 275,00 cents.

No mercado físico brasileiro, no ano de 2020, o café foi negociado abaixo de R$ 500,00, no ano seguinte ficou em média entre R$ 600,00 e R$ 800,00. Neste ano, o preço da saca ficou entre R$ 1.200,00 e R$ 1.500,00. Confirmando essa tendência de mercado e mantendo o dólar acima dos R$ 5,00, tudo indica que o preço da saca passe a figurar numa faixa entre R$ 1500,00 e R$ 2.000,00.

Ótimo final de semanas a todos

Fonte: Agnocafé 

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Contrato Cotação Variação
Julho 216,00 - 0,65
Setembro2 214,05 - 0,75
Dezembro 212,00 - 1,00
Contrato Cotação Variação
Julho 3.978 - 43
Setembro 3.908 - 32
Novembro 3.812 - 32
Contrato Cotação Variação
Julho 271,75 0
Setembro 260,00 0
Dezembro 255,80 0
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,1920 0
Euro 5,5410 0
Ptax 5,1718 0
  • Varginha
    Descrição Valor
    Moka R$ 1340,00
    Safra 22/23 20% R$ 1300,00
    Peneira 15/16 R$ 1350,00
    Duro/riado/rio R$ 1180,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1370,00
    Safra 22/23 15% R$ 1310,00
    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Duro/riado/rio R$ 1170,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 1330,00
    Safra 22/23 15% R$ 1310,00
    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Duro/Riado 15% R$ 1210,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1310,00
    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Peneira 17/18 R$ 1370,00
    Variação R$ 1320,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 22/23 20% R$ 1300,00
    Safra 22/23 30% R$ 1280,00
    Duro/Riado 30% R$ 1200,00
    Escolha kg/apro R$ 15,50
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1310,00
    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Duro/riado 25% R$ 1200,00
    Rio com 20% R$ 1140,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1247,84
    Cepea Conilon R$ 1134,67
    Conilon/Vietnã R$ 1658,53
    Agnocafé 22/23 R$ 1310,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 7/8 R$ 1147,00
    Conilon T. 6 R$ 1162,00
    Conilon T. 7 R$ 1154,00