AgnoCafe - O Site do Cafeicultor
Assunto: Categoria de noticia: Data:
Imprimir notícia

Em mercado que estava sobrecomprado, café arábica cai 9,30 cents na semana


Por José Roberto Marques da Costa

Os contratos futuros do café arábica na ICE fecharam em baixa nesta sexta-feira, afastando-se ainda mais do pico de seis meses da quinta-feira ( 242,95 cents ) da semana passada recuando em cinco dos últimos seis pregões em mercado que estava sobrecomprado, acumulando perda de 9,30 cents na semana. A bolsa de Nova Iorque não opera na próxima segunda-feira devido ao feriado do Dia do Trabalho nos EUA.

Com volume de 24.219 lotes e indicadores técnicos indicando sobrecomprado, dezembro caiu 3,7 cents a 228,80 dólares por libra-peso, variando de 228,25 cents a 234,05 cents, rompendo dois suporte em 230,67 cents e 228,83 cents. Os estoques certificados diminuíram 35.485 sacas para 635.196 sacas e nos últimos 30 dias caíram 64.196 sacas.

"Embora o preço do café arábica negociado na ICE tenha recuado um pouco recentemente depois de ter subido acentuadamente desde meados do mês passado, é provável que permaneça sustentado em vista das perspectivas cada vez mais fracas da safra", disse o Commerzbank em nota.

Pelos dados da CFTC (Commodity Futures Trading Commission) referente ao dia 30 de agosto, mostra alta de 30,7% nas posições líquidas compradas de fundos para 30.754 lotes, o maior nível dos últimos 6 meses, aumento de 7.231 lotes comprado e 578 lotes vendidos.

 Segundo os números, as posições futuras os grandes fundos possuíam 30.754 posições líquidas compradas, 40.278 posições compradas e 9.324 posições vendidas. No relatório anterior, referente a 23 de agosto, eles tinham 23.523 posições líquidas compradas 32.523 posições compradas e 8.746 posições vendidas.

De acordo com Haroldo Bonfá, diretor da Pharos, as cotações haviam subido muito na semana anterior devido ao risco de perdas na produção brasileira de 2022/23. “O preço subiu no boato e caiu no fato com o quadro não se mostrando não tão grave. Mas o cenário de aperto na oferta global persiste. A Colômbia e os países da América Central estão produzindo e exportando sistematicamente menos por causa do clima adverso e de problemas de rentabilidade. Os colombianos, que previam exportar 16 milhões de sacas em 12 meses, sequer chegaram a 13 milhões de sacas, mostram dados da Pharos.

As exportações de café hondurenhas, maior exportador da América Central, caíram 29% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado devido à queda na produção de grãos, atingida pelo ferrugem, atingindo 297.650 sacas, ante 418.076 sacas na safra anterior e ante a julho a queda foi de 27%.

Segundo a Cooperativa Central de Cafeicultores de Minas Gerais (Coccamig) revelou nesta semana queda a dimensão da quebra na safra atual surpreendeu o mercado e que o Brasil não vai colher nem a metade do que foi produzido em 2020, após a maior seca em sete décadas registrada em 2021 no Brasil. No inverno passado, duas geadas intensas queimaram cafezais inteiros tanto em Minas Gerais quanto no Interior de São Paulo, os dois maiores produtores do grão no País.

A perspectiva de chuva em algumas partes das áreas de café do Brasil durante as próximas semanas contribuiu para o recuo, mas os comerciantes disseram que permanecem as preocupações sobre se há umidade suficiente para sustentar o desenvolvimento de botões florais após a floração precoce. Os negociantes também disseram que as fortes chuvas podem prejudicar a safra no segundo maior produtor de arábica do mundo, a Colômbia.

Em sua analise desta semana o pressitente do CNC Silas Brasileiro alerta pra o momento do café no Brasil é extremamente delicado, com café colhido é insuficiente para abastecer o mercado, sendo necessário se faz usarmos os estoques de passagem dos anos anteriores. Considerando-se que o consumo interno e externo está crescendo de maneira, teremos em 31 de março de 2023 o menor estoque de passagem já verificado no país. Portanto, pensando que os cafés a serem entregues neste momento foram comercializados antes que acontecessem os eventos climáticos, teremos que lutar para que os produtores honrem seus contratos, mantendo assim a credibilidade do Brasil no mercado exterior.

Comentarios

Inserir Comentário
Contrato Cotação Variação
Julho 216,00 0
Setembro2 214,05 0
Dezembro 212,00 0
Contrato Cotação Variação
Julho 3.978 0
Setembro 3.908 0
Novembro 3.812 0
Contrato Cotação Variação
Julho 271,75 0
Setembro 260,00 0
Dezembro 255,80 0
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,1920 0
Euro 5,5410 0
Ptax 5,1718 0
  • Varginha
    Descrição Valor
    Moka R$ 1340,00
    Safra 22/23 20% R$ 1300,00
    Peneira 15/16 R$ 1350,00
    Duro/riado/rio R$ 1180,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1370,00
    Safra 22/23 15% R$ 1310,00
    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Duro/riado/rio R$ 1170,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 1330,00
    Safra 22/23 15% R$ 1310,00
    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Duro/Riado 15% R$ 1210,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1310,00
    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Peneira 17/18 R$ 1370,00
    Variação R$ 1320,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 22/23 20% R$ 1300,00
    Safra 22/23 30% R$ 1280,00
    Duro/Riado 30% R$ 1200,00
    Escolha kg/apro R$ 15,50
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1310,00
    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Duro/riado 25% R$ 1200,00
    Rio com 20% R$ 1140,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1247,84
    Cepea Conilon R$ 1134,67
    Conilon/Vietnã R$ 1658,53
    Agnocafé 22/23 R$ 1310,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 7/8 R$ 1147,00
    Conilon T. 6 R$ 1162,00
    Conilon T. 7 R$ 1154,00