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Estoques de certificados da bolsa de NY devem zerar nos próximos 52 dias


Por José Roberto Marques da Costa

Com bom volume de 46.575 lotes, os contratos futuros de café fecharam em queda nesta sexta-feira em NY em pregão baseados em gráficos técnicos com vendidos tentando buscar nível abaixo de 220,00 cents ajudado pelo dólar que durante o dia chegou a R$ 5,42, apesar de vários fundamentos positivos.

O dezembro caiu 4,15 cents ( 1,8% ), a 221,55 cents dólares por libra-peso, variando de 220,90 cents a 226,45 cents chegando a romper o primeiro suporte em 223,95 cents na primeira parte e o segundo a 221,00 cents próximo ao término do pregão. No mês de setembro, a queda foi 5,8% ( 13,75 cents ), com os picos de mínima e máxima nas últimas duas semanas, variando de 210,70 cents a 232,05 cents.

Os estoques certificados diminuíram 9.229 sacas para 426.180 sacas, em setembro caíram 246.505 sacas ( 57,8% ), o menor em 23 anos. A queda média diária de setembro ficou em 8.217 sacas e se manter esta tendência os estoques de certificados da bolsa de NY devem zera nos próximos 52 dias.

Nas últimas semanas, os alguns fundos, especuladores e traders estão bravamente lutando contra a maré dos fundamentos positivos do mercado evitanto a todo custos que dezembro não ultrapasse o nível de 230,00 cents e tentando segurar no máximo possível no nível abaixo de 225,00 cents no curto prazo. Pela lei da "oferta e consumo", a tendência natural nas próximas semanas é a busca de vários níveis de altos..

Os grandes fundos de investimentos continuam de lado e aumentando suas posições comprados. Pelos dados da CFTC referente ao dia 27 de setembro, mostra que os fundos aumentaram  suas posições líquidas compradas para 26.746 lotes, alta 11,3%  cerca de 2.720 a mais. Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 26.746 posições líquidas compradas sendo 35.515 posições compradas e 8.769 posições vendidas). Em relação a uma semana antes, teve alta de 2.666 lotes compraods e queda de 54 lotes de vendidos.

Para alguns analistas, a queda de hoje foi devido as chuvas no Brasil continuaram a melhorar as perspectivas para a safra do próximo ano. O volume de chuvas está mais favorável às plantações nesta primavera do que nas duas anteriores, o que alivia, ao menos em parte, a tensão do mercado.

Segundo Eduardo Carvalhaes, isso não muda o quadro da oferta para a safra 2022/2023, teremos de contar com clima regular até junho de 2023 para podermos colher uma boa safra no próximo ano. Ele diz também que a oferta do grão no mundo inteiro está escassa devido a problemas climáticos em importantes mercados produtores. Segundo o analista, os estoques estão criticamente baixos tanto nos países que lideram a produção quanto nos maiores consumidores.

Além dos estoques baixo dos certificados da bolsa, queda das safra de arábica dos principais produtores mundias por motivos climáticos, a cada dia que passa aparece um novo fundamento positivo que coloca mais "lenha na foqueira" no mercado que deve aumentar ainda mais dos déficits nos próximos meses. Ontem no relatório National Coffee Data Trends (NCDT) informa que mais jovens nos Estados Unidos estão bebendo café do que nunca e da empresa Louis Dreyfus informando que o consumo por café contnua aumento.

A grande preocupação dos investimentos está em chegar no tamnho da quebra de safra deste ano e se o Brasil vai ter café para honrar seus compromissos nos próximos 12 meses. Principalmente com as chuvas não dão trégua na Colômbia e Honduras que  estão prejudicando os trabalhos da colheita. Todos os dias aparecem informações de intensas chuvas que estão afetando a infraestrutura nas principais regiões de café  dos dois países, além de reduzir a safra deve afetar a qualidade do café.

No artigo de hoje da Ana Paula Ribeiro descreve a grande dificuldade que as industrias estão passado e deve passar nos próximos devido a alta nos preços. "O café disparou de preço no último ano e todo mundo já sentiu na hora de fazer as compras no mercado. A má notícia ao consumidor é que ele vai encarar novos aumentos nos próximos meses devido aos baixos estoques do grão e a demanda pela bebida em crescimento. Para amenizar essas altas, as indústrias apelam para espécies do grão mais em conta para adicionar aos seus blends.

 Essa majoração dos preços se deve à queda na produção devido a eventos climáticos que afetam as lavouras desde a safra 2020/2021. A demanda subiu, tanto no mercado internacional como local, sendo outro fator de pressão sobre as cotações. Por fim, a variação do dólar também influencia, por tratar-se de uma commodity. “Os preços vão continuar muito pressionados. Estamos em um quadro muito desfavorável, diz Celírio Inácio, diretor-executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café).

Mais jovens adultos nos Estados Unidos estão bebendo café do que nunca, de acordo com o último "Atlas of American Coffee" lançado hoje (quinta-feira). O relatório National Coffee Data Trends (NCDT) descobriu que o café atingiu um recorde de popularidade entre os jovens de 18 a 24 anos (51% beberam café no dia anterior, superando o recorde pré-COVID de 50% estabelecido em janeiro de 2020).

A pesquisa exclusiva e representativa nacionalmente também revelou o amor duradouro dos Estados Unidos pelo café, mesmo em meio à crescente preocupação com o custo de vida. O número de bebedores de café que dizem que sua situação financeira está pior do que há quatro meses aumentou 59% desde janeiro. Seis em cada dez consumidores de café no ano passado agora dizem que são cautelosos quanto aos gastos.

O presidente e CEO da NCA, William "Bill" Murray, comentou "Continuando seu reinado de décadas como a bebida favorita da América, o café também está alcançando novos patamares entre os jovens adultos. O mais recente instantâneo do NCDT sobre comportamentos e atitudes do consumidor reafirma que a popularidade do café é resiliente até mesmo aos desafios mais difíceis, à medida que os bebedores de café continuam a preparar os desafios como a pandemia de COVID-19 e tempos econômicos difíceis."

Ótimos final de semana

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Contrato Cotação Variação
Julho 207,80 + 1,70
Setembro 206,00 + 1,65
Dezembro 204,20 + 1,70
Contrato Cotação Variação
Julho 3.642 - 38
Setembro 3.580 - 35
Novembro 3.504 - 32
Contrato Cotação Variação
Julho 257,20 0
Setembro 247,60 0
Dezembro 245,00 0
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,1130 0
Euro 5,4850 0
Ptax 5,1184 0
  • Varginha
    Descrição Valor
    Moka R$ 1290,00
    Safra 22/23 20% R$ 1250,00
    Peneira 15/16 R$ 1310,00
    Duro/riado/rio R$ 1130,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1320,00
    Safra 22/23 15% R$ 1260,00
    Safra 22/23 25% R$ 1240,00
    Duro/riado/rio R$ 1140,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 1280,00
    Safra 22/23 15% R$ 1260,00
    Safra 22/23 25% R$ 1240,00
    Duro/Riado 15% R$ 1180,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1260,00
    Safra 22/23 25% R$ 1240,00
    Peneira 17/18 R$ 1320,00
    Variação R$ 1270,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 22/23 20% R$ 1250,00
    Safra 22/23 30% R$ 1230,00
    Duro/Riado 30% R$ 1170,00
    Escolha kg/apro R$ 15,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1260,00
    Safra 22/23 25% R$ 1240,00
    Duro/riado 25% R$ 1170,00
    Rio com 20% R$ 1110,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1247,84
    Cepea Conilon R$ 1134,67
    Agnocafé 22/23 R$ 1260,00
    Conilon/Vietnã R$ 1451,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1100,00
    Conilon T. 7 R$ 1092,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1085,00