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Mercado ignora dois anos safra de quebra significativa na produção de café


Santos, sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Nesta semana, pós segundo turno da eleição presidencial brasileira, o mercado financeiro nacional surpreendeu. O Ibovespa fechou com desempenho positivo, acumulando alta de 3,16 %, apesar da queda expressiva no valor das ações da Petrobrás. Já o dólar comercial teve queda de 4,56 % frente ao real na semana.

 No mercado de café, as chuvas que vêm caindo em bom volume nas principais regiões produtoras de café do Brasil, continuaram passando aos operadores de mercado no exterior a sensação de uma possível regularização da oferta de café para o mundo a partir da próxima safra brasileira 2023, criando ambiente para a derrubada das cotações dos contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque. O mercado simplesmente ignora dois anos-safra de quebra significativa na produção de café do Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, problema que desta vez, devido às mudanças climáticas globais, se repetiu simultaneamente em todos os principais países produtores de café.

 A quebra na produção mundial de café, aconteceu simultaneamente à pandemia e a invasão da Ucrânia pela Rússia, que trouxeram sérios problemas econômicos e logísticos para todos os países do mundo.

 Os cafeicultores, além de quebra em suas safras e sérios danos em seus cafezais, enfrentam ao mesmo tempo uma forte alta em seus custos de produção.

 A comunicação em rede, lança no mercado diariamente, pelas mais variadas fontes, informações e números divergentes sobre a produção brasileira e mundial de café, levando as cotações nas bolsas de mercadorias a rápidas e fortes oscilações diárias. Essas oscilações fazem a alegria de especuladores e fundos.

 A Colômbia registrou mais um mês de recuo na produção de café arábica, de acordo com dados divulgados pela FNC - Federação Nacional dos Cafeicultores. O volume em outubro foi 12% mais baixo que o registrado no mesmo mês no ano passado. A produção foi de 888 mil sacas. Há alguns meses a Colômbia vem relatando retração na produção e entre janeiro e outubro, o volume é de pouco mais de 9 milhões de sacas, o que também representa 10% a menos das quase 10,1 milhões de sacas produzidas no mesmo período anterior.

 Nos últimos 12 meses, a produção foi de 11,6 milhões de sacas, 13% a menos que o registrado há um ano no país vizinho. A Colômbia é o segundo maior produtor de café arábica do mundo. Mais uma vez, a Colômbia atribuiu a retração na produção ao evento fenômeno climático La Niña. "Excesso de chuvas que tem sido registrado ininterruptamente durante os últimos 28 meses devido ao fenômeno La Niña, que se traduz em excesso de água, menos luz e menos floradas", afirma o comunicado oficial.

 Hoje, as cotações do café na ICE em Nova Iorque trabalharam em alta por todo o pregão. Os contratos para dezembro próximo, bateram em US$ 1,7790 na máxima do dia, oscilaram 445 pontos entre a máxima e a mínima, e encerraram o pregão valendo 1,7575 em alta de 355 pontos. Ontem caíram 995 pontos. Na quarta-feira, Dia de Finados, feriado nacional no Brasil, fecharam em alta de 755 pontos. Na terça-feira fecharam em queda de 310 pontos, e na segunda-feira, trabalharam em alta significativa, encerrando o pregão com ganhos de 790 pontos. No balanço da semana, com todo o sobe e desce, os contratos de café para dezembro próximo acumularam alta de 595 pontos. Na sexta-feira passada recuaram 905 pontos e terminaram a semana a US$ 1,6980 por libra peso. No balanço da semana passada esses contratos recuaram 2 110 pontos.

 Os estoques de café certificado na ICE Futures US, em Nova Iorque, caíram 41.385 sacas no último mês de outubro. Hoje subiram 5.291 sacas. Encerraram a semana em 387.986 sacas. Há um ano eram de 1.849.501 sacas, caindo neste período 1.461.515 sacas.

 O dólar trabalhou hoje em queda frente ao real. Fechou a R$ 5,0620 em queda de 1,25 %. Nesta semana o dólar acumulou queda de 4,56 % frente ao real. Na sexta-feira passada caiu 0,13 % e fechou a semana valendo R$ 5,3030.

 Em reais por saca, os contratos de café para dezembro próximo na ICE em Nova Iorque fecharam hoje o pregão valendo R$ 1.176,82. Ontem encerraram a R$ 1 167,63. Na sexta-feira passada fecharam a semana a R$ 1.190,44. Na sexta-feira anterior encerraram a semana a R$ 1.299,99.

 O mercado físico brasileiro de café arábica permaneceu calmo, praticamente paralisado, por toda a semana. Os compradores subiram e desceram o valor das ofertas no físico brasileiro acompanhando as oscilações na bolsa americana. Nas bases de preço oferecidas não apareceram vendedores. Foram poucos os negócios fechados.

 Até dia 4, os embarques de novembro estavam em 25.392 sacas de café arábica, mais 4.218 sacas de café solúvel, totalizando 29.610 sacas embarcadas, contra 44.240 sacas no mesmo dia de setembro. Até o mesmo dia 4 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em outubro totalizavam 226.168 sacas, contra 178.836 sacas no mesmo dia do mês anterior.

 Até dia 4, os embarques de outubro estavam em 2.704.578 sacas de café arábica, 59.967 sacas de café conilon, mais 243.715 sacas de café solúvel, totalizando 3.008.260 sacas embarcadas, contra 2.931.880 sacas no mesmo dia de setembro. Até o mesmo dia 4 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em outubro totalizavam 3.912.649 sacas, contra 3.395.951 sacas no mesmo dia do mês anterior.

 A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 28, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 4, subiu nos contratos para entrega em dezembro próximo 595 pontos ou US$ 7,87 (R$ 39,84) por saca. Em reais, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 28 a R$ 1.190,44 por saca, e hoje sexta-feira dia 4 a R$ 1.176,82. Hoje, nos contratos para entrega em dezembro a bolsa de Nova Iorque fechou em alta de 355 pontos.

Escritório Carvalhaes
 


Comentarios

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Data: 06/11/2022 11:27 Nome do Usuário: Augusto
Comentário: O cafeicultor deve entender que o mercado de cafe sempre antecipa tudo: a quebra de safra deste ano, causada pela seca e geada, foi precificado no ano passado. E esquecer preços do passado.
Data: 05/11/2022 15:08 Nome do Usuário: carlos
Comentário: como comento anteriormente .Cafe tem e muito basca cai aos preço e vamos ver volume grande ... a diferenca é que produtor esta capitalizado e com consumo caindo vamos ver mercado cair ainda mais ...
Contrato Cotação Variação
Julho 206,60 + 8,70
Setembro 205,45 + 8,50
Dezembro 204,50 + 8,45
Contrato Cotação Variação
Julho 3.518 + 98
Setembro 3.453 + 97
Novembro 3.380 + 92
Contrato Cotação Variação
Julho 257,80 +11,50
Setembro 250,00 +10,40
Dezembro 246,45 + 9,30
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,1020 - 0,55
Euro 5,5470 - 0,49
Ptax 5,1157 - 0,22
  • Varginha
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1090,00
    Moka R$ 1280,00
    Safra 23/24 20% R$ 1230,00
    Peneira 15/16 R$ 1300,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1100,00
    Peneira 17/18 R$ 1340,00
    Safra 23/24 15% R$ 1240,00
    Safra 23/24 25% R$ 1210,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Duro/Riado 15% R$ 1140,00
    Cereja 20% R$ 1260,00
    Safra 23/24 15% R$ 1240,00
    Safra 23/24 25% R$ 1220,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 1240,00
    Safra 23/24 25% R$ 1220,00
    Peneira 17/18 R$ 1340,00
    Variação R$ 1270,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Duro/Riado 30% R$ 1120,00
    Escolha kg/apro R$ 15,70
    Safra 23/24 20% R$ 1230,00
    Safra 23/24 30% R$ 1210,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Duro/riado 25% R$ 1140,00
    Rio com 20% R$ 1070,00
    Safra 23/24 15% R$ 1240,00
    Safra 23/24 25% R$ 1220,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Agnocafé 23/24 R$ 1240,00
    Conilon/Vietnã R$ 1210,00
    Cepea Arábica R$ 1155,64
    Cepea Conilon R$ 977,21
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 990,00
    Conilon T. 7 R$ 980,00
    Conilon T. 7/8 R$ 970,00