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Depois da "ducha de água fria" o mercado muda completamente de "rumo"


Por José Roberto Marques da Costa

Os futuros do café arábica fecharam em alta na sexta-feira, com o mercado ampliando sua recuperação da mínima de 16 meses em 154,05 cents da quinta-feira da semana passada em pregão de baixo volume de negócios já que muitos participante nos EUA ainda estavam longe das mesas após o Dia de Ação de Graças de quinta-feira.

Com volume de apenas 14.119 lotes, março fechou com alta de 2,30 cents ( + 1,4% ) a 165,05 cents, variando de 162,40 cents a 167,05 cents, ultrapassando a primeira resistência do dia em 166,63 cents  Na semana valorizou 9,95 cents ( 6,4% ).  Os estoques de certificados aumentaram 7.189 sacas para 557.938 sacas, acumulando alta de 170.233 sacas nos últimos 30 dias

Os últimos pregões foram tecnicamente positivo reduzindo os indicadores sobrevendido, saindo no nível de 155,00 cents para 165,00 cents e pelo  segundo pregão consecutivo tentou romper a forte resistência técnica de 167,50 cents. Caso não tenha nenhum influência negativa externa na  segunda-feira deverá testar novamente e tudo indica que deverá conseguir romper primeira resistência em 167,27 cents e começar operar acima da segunda resistência em 169,48 cents e a terceira resistência em 171,92 cents influenciado por analistas de prestígio no mercado de  commodities,  alertando para um: rally em breve, com o café prestes a se tornar uma mercadoria quente

Os revendedores disseram que o mercado está se sustenta por relatos de que a safra do Brasil no ano que vem pode ser menor do que o esperado anteriormente.  Eles observaram que o Departamento de Agricultura dos EUA rebaixou a produção de 2022/23 (julho/junho)  do Brasil e a Colômbia somando queda de 2,2 milhões de sacas.

Segundo informações de Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), nos mês de novembro, até dia 25 foram embarcadas 2.514.208 sacas de café, alta de 13,5% em relação ao mês de outubro. Do total, 2.322.522 sacas foram de arábica, 44.804 sacas de conillon e 146.882 sacas de solúvel.

Depois da entrevista presidente da Cooxupé Carlos Rodrigues de Melo na semana passada onde falta de que a safra de 2023 ficará longe do recorde de 2020 e com a produção deste ano devendo ficar semelhante à de 2021 e 2022  devido a vários problemas climáticos, que para a Agnocafé foi uma verdadeira "ducha de água fria" para os vendidos que com ajuda  de analistas do setor financeiro e traders  que estavam "vendendo" para o mercado um ótima safra em 2023. Ainda não se recuperaram, mas eles deveram dar o " troco" jogando na mídia várias estimativas de produção acima de 65 milhões de sacas.

Nesta semana começaram aparecer na mídia depoimentos  de cafeicultores e especialistas brasileiros reduzindo  as expectativas em relação à safra do próximo ano, após uma evolução pós-floração predominantemente negativa em muitas das áreas que eles supervisionam. Segundo eles, as expectativas iniciais de aumento da produção no ano que vem agora parecem fracas, com perspectivas convergentes para uma safra de tamanho semelhante à colhida neste ano.

O fator maior importante no médio prazo está sendo antecipando por vários  meteorologistas que o fim do La Niña deverá ser prorrogada até o mês de março indicando que nas regiões de café do Brasil poderá passar por um período de estiagem ( chuvas bem abaixo da média históricas ) nos próximo meses, que provocará um perda na produtividade dos cafezais.  Só lembrar que aconteceu no final de 2020 e primeiros meses de 2021.     

A recente queda nos preços do café pode ser revertida em breve, levando a possíveis ganhos de até 25% nas próximas semanas, estimam analistas. As cotações vêm operando em baixa por um longo período, influenciadas pelo colapso da moeda vietnamita, além de uma perspectiva considerada excessivamente otimista para a safra brasileira.

“Acho que o estágio de pânico acabou e estamos prestes a enfrentar uma alta significativa do mercado de baixa”, disse o presidente da Hackett Financial Advisors, Shawn Hackett. Apesar de não ser tão expressiva, a tendência de alta para até 200 centavos de dólar é significativa o suficiente para entrar no radar dos investidores.

Os preços do grão sofreram uma queda significativa nos últimos meses. Uma libra-peso de grãos de arábica foi vendida recentemente por cerca de 160 cents, queda de 34% em comparação com a alta recente de 243 cents, em 25 de agosto, de acordo com o TradingEconomics.com. Isso pode ter acontecido por dois motivos em especial.

Um deles é a diminuição da preocupação com a escassez de oferta em relação ao ano passado, quando a safra foi atingida por um clima desfavorável. A primavera no Brasil trouxe o que Hackett chamou de “fantástica época de floração” dos cafeeiros, que pode ser a melhor desde 2019. Uma boa temporada de floração é um passo fundamental para uma safra favorável o que, por sua vez, levou os traders a terem uma perspectiva de baixa para os preços.

Outro fator baixista para o grão foi o dólar fortalecido ter levado produtores vietnamitas de café robusta a vender sua safra em massa, causando uma queda nos preços do grão. “A valorização do dólar é um incentivo para os agricultores venderem suas colheitas porque obtêm mais em termos de moeda local”, explicou o estrategista sênior de portfólio da empresa de ETF Teucrium, Jake Hanley. “Eles veem os grãos em mãos como dólares não convertidos.” O Vietnã perde apenas para o Brasil na produção de café.

No entanto, o colapso dos preços não reflete a realidade. O mercado ainda não tem uma oferta abundante, de forma que os suprimentos de café levarão cerca de um ano para voltar ao normal. E é isso que falta aos especuladores, acrescentou Hackett.

Outro fator altista é que os preços à vista do café em grão no Brasil estão agora mais altos do que os preços futuros. Isso tende a ser um sinal de que a perspectiva de baixa dos preços acabou, afirmou Hackett.

Ótimo final de semana a todos

Comentarios

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Data: 26/11/2022 07:18 Nome do Usuário: Gilmar Guimaraes
Comentário: Aos amigos que fazem previsão de safra umrecado a minha região este ano era pra ser safra cheia foi péssima a próxima vai ser bem pior e pra ajudar chuva de granizo já deu 3 fiquem com Deus.
Contrato Cotação Variação
Julho 370,30 + 1,00
Setembro 367,45 + 1,05
Dezembro 362,40 + 1,05
Contrato Cotação Variação
Julho 4.903 + 0
Setembro 4.889 - 6
Novembro 4.856 - 3
Contrato Cotação Variação
Julho 470,05 + 6,00
Setembro 455,85 + 1,70
Dezembro 441,95 + 3,70
Contrato Cotação Variação
DXY 99,50 - 0,48
Dólar 5,6430 - 0,46
Euro 6,3850 - 0,13
Ptax 5,6571 - 0,09
  • Varginha
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 2380,00
    Moka R$ 2670,00
    Safra 23/24 20% R$ 2690,00
    Peneira14/15/16 R$ 2810,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 2320,00
    Miúdo 14/15/16 R$ 2800,00
    Safra 23/24 15% R$ 2700,00
    Certificado 15% R$ 2740,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Duro/Riado 15% R$ 2450,00
    Cereja 20% R$ 2720,00
    Safra 23/24 15% R$ 2700,00
    Moka R$ 2650,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2700,00
    Rio com 20% R$ 2320,00
    Safra 23/24 25% R$ 2680,00
    Peneira 17/18 R$ 2920,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 23/24 20% R$ 2690,00
    Safra 23/24 30% R$ 2670,00
    Duro/Riado 20% R$ 2380,00
    Escolha kg/apro R$ 35,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2700,00
    Safra 23/24 25% R$ 2680,00
    Duro/riado 25% R$ 2430,00
    600 defeitos R$ 2600,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Agnocafé 23/24 R$ 2700,00
    Conilon/Vietnã R$ 1650,00
    Cepea Arábica R$ 2478,07
    Cepea Conilon R$ 15225,76
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1590,00
    Conilon T. 7 R$ 1570,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1550,00