Nos últimos 90 dias, os embarques já superaram 10 milhões de sacas
Por José Roberto Marques da Costa
Os contratos futuros de café arábica fecharam em queda pelo segundo dia influencia pela exportações brasileiras em novembro acima do esperado pelo mercado anunciada ontem pela Secex no meio do pregão que provocou a mudança o rumo, o que fez varir 12,65 cents de 174,35 cents ( antes do anúcio ) para 161,70 cents ( mínima de hoje )
Com volume de 27.907 lotes, os contratos de março desvalorizou 3,15 cents fechando a 162,60 cents, variando de 161,70 cents a 165,80 cents, rompendo o primeiro suporte do dia em 162,35 cents, com março se distanciando do referencial de 170,00 cents, abaixo do referencial de curto prazo da média móvel de 20 dias em 164,01 cents. Também está num nível inferior de indicadores de maior prazo, como as médias móveis de 50 e 100 dias em 183,01 cents e 198,24 cents. Os estoques certificados de café na ICE Futures US têm alta de 4.075 sacas para 609.267 sacas.
Pelos dados da CFTC divulgados nesta sexta-feraa referente ao dia 29 de novembro, mostra que os fundos diminuíram suas posições liquidas vendidas para 23.159 lotes, que representa queda de 5,29%. As posições futuras os grandes fundos possuíam 20.987 posições compradas e 43.546 posições vendidas, queda de 9 lotes ns posições compradas e 1.903 ns posições vendidas.
Segundo a Reuters, a recuperação do dólar, uma vez que os dados de emprego nos EUA levantaram dúvidas sobre uma possível desaceleração nos aumentos das taxas de juros, colocou alguma pressão sobre as commodities. Os revendedores disseram que o mercado não tem uma direção clara com os participantes esperando por uma imagem mais clara sobre a próxima safra do Brasil
Forte produção brasileira é esperada por muitos no mercado, embora alguns participantes vejam riscos para a safra. Os agricultores brasileiros produzirão um mínimo de 50 milhões e um máximo de 56 milhões de sacas de café no próximo ano, já que as áreas de produção continuam sendo impactadas negativamente pelo clima, segundo relatório do analista Maja Wallengren da Spilling The Beans
O pregão de quinta- feira, março chegou a bater na terceira resistência do dia em 174,35 cents e tudo encaminhava para um canal de alta na busca de níveis acima de 175,00 cents, mas no meio do pregão, a Secex informou o resultado supreendente das exportação de café de novembro do Brasil. o que fez no meio do dia mudança brutal a tendência do mercado jogando um "balde de agua fria", o que fez além de perder todos os ganhos, rompendo dois suportes e batendo o terceiro em 164,90 cents e continuando no pregão de hoje.
A exportação total de café pelo Brasil no mês de novembro deste ano atingiu 3,607 milhões de sacas, alta de 4,36% ante as 3,456 milhões de sacas no mês passada e alta de 23,3% comparação com igual mês de 2021 (2,920 milhões de sacas). Nos últimos 90 dias, as exportações de café acumularam alta de mais de 10 milhões de sacas ( 10,445 milhões de sacas ). Nos artigos e análises anteriores foi abordado de que as exportações de setembro, outubro e novembro seriam fortes e com tendência de queda a partir de dezembro
Durante o Congresso, que chamou a atenção dos players foi anúncio da renúncia do diretor executivo da Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia, Roberto Velez. Sem indicar a motivação de sua saída, ele apresentou a renúncia depois de indicar os números de produção, faturamento e exportação do café colombiano, que atingiram números expressivos. Nos bastidores comenta-se que a renúncia veio na esteira de uma solicitação do presidente do país, Gustavo Petro, que gostaria de ter no comando da entidade que gere o café colombiano um nome mais alinhado ao seu segmento político.
A maior novidade no segundo dia do Congresso Nacional dos Cafeicultores foi o lançamento da reforma agrária cafeeira proposta pelo governo por meio do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, para fortalecer o setor e buscar tirar 54% dos cafeicultores da pobreza em que se encontram. Durante o encontro. Cecilia López Montaño, chefe da pasta nacional disse " peço que façamos a reforma agrária do café porque os números são preocupantes, uma atividade que pode gerar quase US$ 4 bilhões em exportações por ano não pode ter um número de produtores em situação de pobreza.".
Tudo indica que a maior preocupação nos próximo 90 dias para os cafeicultores brasileiros será o clima devido ao terceiro ano do La Niña, Nesta sexta-feira a operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) passou a prever um crescimento menor da carga de energia elétrica no Brasil em dezembro, ao mesmo tempo que fez um ajuste para baixo nas estimativas para nível de reservatórios e chuvas no Sudeste/Centro-Oeste ao final do mês. O volume de chuvas que devem chegar às hidrelétricas da região no mês deve ser um pouco menor. A previsão do órgão é de chuvas em 88% da média histórica em dezembro, ante 95% previstos na semana anterior
Data: 03/12/2022 00:19 Nome do Usuário: Wellington Comentário: 50 milhões de sacas para ano que vem é um número otimista, quebra em relação a 2.022 vai ser de 20% a 25%. Não tenho dúvidas, sul de Minas maior produtor do Brasil, pouco café nas lavouras.
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