NY deve retornar brevemente ao intervalo de 155 cents a 175 cents
Por José Roberto Marques da Costa
Os contratos futuros de café arábica fecharam em alta pelo segundo dia consecutivo com continuação recompras dos grandes fundos de investimentos. Nos primeiros sete pregões do ano, os contratos fecharam em queda que acumulou perda de 14% com março fazendo a mínima de 142,05 cents na quarta-feira chegando ao menor nível desde 17 de maio de 2021 deixando o indicadores técnico sobrecarregados ( fortemente sobrevendido ).
Depois vendas dos grandes fundos e especuladores desde o começo do ano na busca de um novo patamar mínimo, finalmente no pregão de ontem foi encontrado um forte piso entre 143,00 cents a 144,00 cents ( a mínima de ontem foi 143,90 cents ) que estimulou pela primeria vez em 2023 as recompras suas posições, levando a fechar a 149,40 cents, alta de 5,50 cents.
Com os indicadores de sobrevendido começando a diminuir e tendo força no forte piso formando ontem, no pregão de hoje a "briga" já não era pelo piso, ficou concentrada no nível tecnicamente importante de 150,00 cents, com a disputa decidida na última parte pregão quando março ultrapassou a primeira resistência em 152.13 cents e fechando próximo a máxima. Na semana as perdas foi de 6,60 cents e a ano que estava em 14% na quarta-feira diminuiu para 9,3%
A grande maioria dos analistas sempre procuram alguns fundamentos para justificar ou a queda ou a alta dos contratos. A forte queda de 2023, eles alegam as chuvas no Brasil e o aumentos dos estoques de certificados, esquecendo do fundamento principal, a baixa produção desta safra do café arábica nos principais produtores mundiais e o aumento do consumo.
No curto prazo o mercado está totalmente especulativo com a procura de um piso de mercado e nesta semana foi encontrado e tudo indica que as recompras devem continuar com a recuperação das perdas deste ano e voltando ao intervalo dos últimos meses do ano passado entre 155,00 cents a 175,00 cents.
Todas as bolsas de valores sobrevivem de especulação e tudo leva a crer que o mercado de café arábica e conilon será perfeito para eles devidos a grande volatilidade nos próximo meses, tendo como principal fundamento principal produção e consumo. O café conilon está começando a se recuperar em Londres com tendência de voltar a operar acima de US$ 2.000/t, agora é só esperar o arábica. .
O volume de negócios hoje antigiu 44,487 lotes ( menor da semana). março teve alta de 2,30 cents fechando a 151,70 cents, variando de 147,00 cents a 152,35 cents, ultrapassando pertodo final do pregão a primeira resistência em 152,87 cents e não tendo força para buscar a segunda em 154,87 cents. Os estoques de certificados aumentaram 5.146 sacas para 850.724 sacas e nos últimos 30 dias tiveram alta de 133.078 sacas e quse 140 mil saas estão pendentes de classificação.
Devido a performance dos contratos futuros de café dos últimos dois pregões, caso não tenha nenhum fator externo ao mercado, a tendência da bolsa na terça-feira ( não haverá negociação na bolsa Nova York na segunda-feira devido a um feriado de Martin Luther King Jr.) será ultrapassar a primeira resistência e começar a operar acima de 155,00 cents com meta de recuperar todas as perda de 2023. Os tres primeiros suportes estão em 148,35 cents, 145,00 cents e 143,00 cents e as tres resistência em 153,70 cents, 155,70 cents e 159,05 cents
Pelos dados da CFTC divulgados nesta sexta-feira referente ao dia 10 de janeiro, mostra que os fundos aumentaram cerca de 16.598 suas posições liquidas vendidas para 31.070 lotes, que representa alta de 114,679. Os grandes fundos possuíam 31.070 posições líquidas vendidas, sendo 22.670 posições compradas e 53.740 posições vendidas. Eles diminuírsam em 3.451 posições compras e aumentaram em 13.247 posições vendidas,
Segundo a Reuters, os comerciantes disseram que as perspectivas para a safra de arábica no Brasil melhoraram após as chuvas recentes. "O fim do período de seca no Brasil aliviou as preocupações com as safras brasileiras", disse a Fitch Solutions em nota. " Os corretores observaram que os diferenciais de exportação continuam subindo enquanto os futuros caem, uma indicação de que os produtores não estão aceitando facilmente preços mais baixos para fechar negócios.
A queda dos preços internacionais do café desestimula os produtores salvadorenhos de exportar o café colhido no ciclo 2022-2023, que esperam que o preço melhore nas próximas semanas, garantiu a Associação do Café de El Salvador (Acafesal). “Neste momento, as pessoas não querem vender com os preços que existem, de $160 por quintal, não cobrem os seus custos de produção. Por isso as pessoas estão em stand-by (espera)”, disse Sergio Ticas, presidente do sindicato.
A alta inadinplencia dso podutores colombianos em contratos futuros, levou a Federação Nacional dos Cafeicultores e as Cooperativas de Cafeicultores de todo o país a fechar esse tipo de negociação de grãos colombianos.
Durante o ano de 2021, um grande número de cafeicultores, apoiados pela Federação e/ou pelas cooperativas de cafeicultores, comprometeu boa parte da safra do ano seguinte, 2022, a preços superiores aos que recebiam na época da contrato.
O negócio parecia lucrativo, pois na época da assinatura o preço de uma arroba de café era de aproximadamente $ 80.000, e eles compravam dele, futuramente, para entrega em seis meses ou mais, por $ 110.000. No entanto, as condições de preços variaram naquele ano de 2022, datas de entrega dos compromissos futuros, com preços que chegaram a $ 250.000 pesos.
Muitos cafeicultores que assinaram o contrato viram que entregar o café por $ 110.000 pesos, apesar do compromisso assumido, significava uma perda enorme em relação ao que era oferecido no mercado diário, $ 250.000, e decidiram não honrar esses contratos gerado desconforto e desconfiança reais nos produtores colombianos de grãos nos ompradores internacionais.
O diretor do Comitê Departamental de Cafeicultores do Quindío José Martín Vásquez confirmou o fechamento deste tipo de negócio para este ano de 2023 e disse que as cooperativas tomaram a mesma decisão. Fáber Buitrago, da Circasia, e membro do Comitê Departamental de Cafeicultores do Quindío, disse que, de fato, o descumprimento dos contratos futuros de cafeicultores no ano passado obrigou a Federação a suspender qualquer venda nessa modalidade, em atenção a uma sugestão feito pelo Ministério das Finanças.
Nos mercados do hemisfério norte, o consenso dos economistas parece ser de que uma economia recessiva avançaria no primeiro semestre. Isso levantou algumas preocupações com relação aos padrões de consumo de café e ao impacto potencial que o aumento do custo de vida nesses mercados consumidores desenvolvidos pode ter sobre o consumo de café.
Esses padrões de consumo tendem a levar tempo para mudar em mercados maduros, embora o comportamento do consumidor de café em mercados como EUA e Europa esteja fundamentalmente dividido entre os preços de marcas próprias de supermercado e marcas líderes, devido à participação de mercado em suas prateleiras, e não em um consumo global maior ou menor.
Não se espera que essa atividade substitua o crescimento pré-COVID-19 no consumo fora de casa, embora possa contribuir em parte para manter um aumento constante no consumo global global, que ao longo do tempo registrou um aumento de cerca de 2% ano após ano.
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