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Em 2023, o Espírito Santo pode se tonar o maior produtor de solúvel do país


Por Tarciane Vasconcelos, Jornal do Campo/TV Gazeta

O Espirito Santo tem papel de destaque na produção e exportação de café solúvel. Com a chegada novas industrias em Linhares, na região Norte, o estado pode se tornar o maior produtor do país. O principal foco dessas industrias é a exportação, mas o setor está de olho também no mercado interno, já que o consumo no Brasil cresceu.   

A produção de café solúvel no Espírito Santo tem história. A primeira fábrica, que fica em Viana, na Grande Vitória, atua há pelo menos 87 anos no mercado e durante anos foi a única do estado no ramo.  Com mais de 400 funcionários, a fábrica utiliza 450 mil sacas de café Conillon por ano para a produção do café solúvel. 80% da produção é exportada e 20% abastece o mercado interno

Com 16 milhões de sacas de café Conillon produzidas por ano, o Espírito Santo é o terceiro maior produtor de solúvel do Brasil. Com as duas novas fábricas que estão sendo instaladas no estado, a perspectiva é de que em 2023 seja o maior.

Ainda em 2023, o Espírito Santo pode se tonar o maior produtor de solúvel do país

"Essa produção é muito dividida entre Paraná e São Paulo, são muito iguais as produções dos dois estados, mas, com três indústrias, com certeza o Espírito Santo deverá ser, além do maior fornecedor de matéria prima, o maior produtor de café solúvel", avaliou o diretor de relações institucionais da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS), Aguinaldo José de Lima.

Apenas na fábrica já em operação em Viana, de 2021 a 2022, foram instalados três silos de 25 metros de altura, cada um deles com capacidade de armazenar até 20 mil sacas de café verde

"O consumo na indonésia, que é o nosso principal mercado, era de 300 g per capita por ano. O consumo do Brasil hoje é de quase 6 kg per capta por ano. A indonésia sair de 300 g para 1 kg, 1,2kg. Então olha o potencial que tem de crescimento, não só na Indonésia, como todo o sudeste asiático", considerou Bruno Giestas, diretor comercial de uma indústria de solúvel.

O café armazenado nos silos segue para a fábrica, onde o processo é quase que totalmente informatizado.  A produção é totalmente gerenciada a partir de uma sala de controle, em um processo que envolve poucos funcionários e muitas máquinas.  Durante todo o processo o café passa por um rígido controle de qualidade, desde a separação dos grãos nos armazéns até a distribuição do produto.

"A gente faz o controle no recebimento da matéria prima, para ver se ela está de acordo. Depois que essa matéria prima é avaliada e checada ela entra em processo. Durante o processo a gente faz o controle de qualidade por meio de análises. Depois do processo a gente checa o produto final, e aí a gente analisa, faz as análises físico-químicas, microbiológicas e, por fim, a sensorial", explicou Carlos Alberto da Rocha Filho, supervisor de controle de qualidade.

Uma das novas fábricas de Linhares já começou a operar com capacidade de produção de 14 mil toneladas por ano. A outra deve começar a operar ainda este ano com capacidade de produzir 3,5 mil toneladas por ano.

Nesta semana, um outra indústria informou que vai construir em Linhares uma nova fábrica, com três módulos. O primeiro deve começar a ser construído ainda no primeiro semestre deste ano.  Presente nas mesas de um em cada quatro lares no mundo, o café solúvel ainda não é uma preferência nacional no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS), mas o consumo do produto cresceu durante a pandemia.

De acordo com o diretor de relações institucionais da ABICS, ficar em casa despertou o interesse de muitos consumidores no Brasil e no mundo pelo solúvel, o que justificou o aumento de consumo global do produto.  Presente nas mesas de um em cada quatro lares no mundo, o café solúvel ainda não é uma preferência nacional no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS), mas o consumo do produto cresceu durante a pandemia.

De acordo com o diretor de relações institucionais da ABICS, ficar em casa despertou o interesse de muitos consumidores no Brasil e no mundo pelo solúvel, o que justificou o aumento de consumo global do produto.

Segundo executivo, hoje, o solúvel cresce em torno de 2,5% ao ano no mundo todo, e aqui no Brasil, no último ano, o crescimento foi de 6%.  O crescimento do interesse, pode ser observado nas gôndolas de supermercado, onde o espaço de café solúvel aumentou, e o solúvel também é apresentado como café com leite, cappuccino e capsulas, por exemplo.

"O grande foco da indústria de solúvel é o mercado externo. De dois anos para cá nós estamos virando toda a nossa estratégia também para o mercado interno, afinal de contas, o Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo e só 5% de todo o consumo de café no Brasil é na forma de solúvel. No mundo, para se ter uma ideia, é 28%. Então temos muito espaço para crescer internamente", explicou de Lima.

A metodologia de classificação e análise sensorial desenvolvida pela ABICS em parceria com produtores de café solúvel de todo o país coloca o Brasil em uma posição pioneira.

Até então, existiam protocolos para a análise de cafés torrados e para café verde, mas não para café solúvel. Cada indústria estabelecia o próprio protocolo e não havia um diálogo entre as indústrias e os consumidores.

Diante deste cenário, a ABICS reuniu especialistas de todas as indústrias brasileiras e das principais marcas de café solúvel no Brasil e fez uma parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos de Campinas, em São Paulo, para definir categorias e atributos que são natos em todos os cafés solúveis.

O trabalho de definição da metodologia e durou dois anos e meio, e resultou na criação de uma classificação para definir formas de uso e uma linguagem para fácil entendimento do consumidor.

"Quando você fala que tem um gosto amadeirado, floral, de amêndoas, essas classificações deverão acompanhar as embalagens de todo café solúvel, de acordo com que as empresas apliquem para poder descrever seus produtos e aí sim a gente ter uma linguagem uniforme em todo o setor, inclusive com os consumidores", explicou de Lima.

A ideia é definir atributos de sabor ao café e ajudar o consumidor na hora da compra, assim como já acontece com os cafés especiais.

"A ideia não é só ter um padrão único de análise, mas também que essa análise, essa metodologia sirva para poder melhorar a comunicação com o consumidor final. Então você apresenta os principais atributos de cada café solúvel de maneira muito fácil, que o consumidor, na hora que provar, vai conseguir reconhecer aqueles atributos. Então a ideia é você padronizar a metodologia de análise e promover o café solúvel", falou Giestas.

A partir da classificação, o consumidor vai poder escolher, a partir das características, o café que quer tomar.  Nós não pretendemos tomar espaço do café torrado, o café solúvel é uma complementariedade de formas de consumir café", disse de Lima.

Fonte: G1


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