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NY cai 16 cents em 5 semanas e posição vendidas dos "tubarões" cai 28%


Por José Roberto Marques da Costa

Depois de uma semana fortemente volátil de segunda a quarta-feira com forte desvalorização de 9,55 cents que deixou o mercado tecnicamente sobrevendido, os contratos futuros de café arábica tiveram uma leve reação na quinta e sexta-feira em NY com maio recuperando o nível de 170,00 cents depois de chega ao menor nível em 60 dias. No mês de março a queda foi de 8,5% ( 15,80 cents )

Com forte volume de 68.112 lotes , dobro da média diária das últimas semanas, maio teve alta de 0,70 cents fechando a 170,50 cents, variando de 166,15 cents a 171,70 cents, rompendo o primeiro suporte do dia em 167,80 cents mas sem força para chegar ao segundo em 165,80 cents, nível indicado pelo gráfico técnico depois que rompeu o suporte 168,75 cents em semana de forte volatilidade de 17,85 cents, máxima de 184,00 cents na segunda-feira, início de canal de alta a 166,15 cents, rompendo o nível inferior de canal de baixa em 167,50 cents que começou em 172,50 cents.

 O relatório da CFTC divulgado nesta sexta-feira , referente a 28 de março, mostra que os grandes fundos diminuíram suas posições compradas, mas também diminuíram suas posições vendidas, neste período a variação de maio passou de 180,30 cents a 173,75 cents, queda de 6,55 cents.

NY cai 16 cents em 5 semanas e posição vendidas dos "tubarões" cai 28%

Pelos dados da CFTC (Commodity Futures Trading Commission), os fundos diminuíram suas posições compradas 1.402 lotes para 2.621 lotes sendo  22.679 posições compradas e 20.058 posições vendidas). No relatório anterior, referente a 21 de março, eles tinham 4.023 posições líquidas compradas queda de 2.473 posições compradas e queda de 1.221 na posições vendidas.

A várias semanas estou alertando o mercado sobre a queda paulatinamente e no relatório desta sexta-feira vem confirmando esta tendência  ilógica queda da bolsa e queda das posições vendidas dos " tubarões". Continua a mesma pergunta "será que eles tem alguma informação privilegiada que o mercado ainda não sabe?" nas últimas cinco semanas a queda acumulada de posições vendidas foi de 8.592 lotes ( 28% ) e neste período maio teve queda de 15,85 cents.

Segundo informações de Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), nos mês de março, até dia 31 foram embarcadas 2.668.783 sacas de café, alta de 46,3% em relação ao mês de fevereiro e queda de 12,3% ante 3,045 milhões de sacas embarcadas em março de 2022. No  mês teve uma ótima exportação de café solúvel chegou a 253 mil sacas, 43% a mais ante ao mês passado e 10,8% das 2,328 milhões de sacas do arábica.  Os  estoques de certificados ficaram estáveis em 742.894 sacas e no mês de março diminuíram 44.451 sacas.

Tendo como base nos números da Secex, com 18 dias úteis computados (média diária de 121.962 sacas) a projeção indica exportação em torno de 2,805 milhões de sacas de café cru em março e os números de hoje do Cecafé indicam que os embarques devem chegar 3,070 milhões de sacas, A diferencia está 256 mil sacas de café solúvel  

Em teleconferência dada aos jornalistas nesta sexta-feira o presidente, Carlos Augusto Rodrigues de Melo. disse que em 2022 foi um dos anos de menor recebimento de café da cooperativa e estima e espera que 2023 uma safra maior,  mas ainda considerada baixa devido ao clima. Ele estima  que a safra de café na área da Cooxupé deve atingir cerca de 8,3 milhões de sacas na temporada de 2023, alta de 29% ante 6,43 milhões produzidos da safra anterior e estima  receber  20% a mais.

Em 2022, a Cooxupé registrou recebimento de 5 milhões de sacas de café vindas de cooperados e de terceiros. Somente de seus produtores associados, a cooperativa recebeu 3,6 milhões de sacas. Melo admitiu que 2022 foi um dos anos em que menos ingressou café na cooperativa, diante de colheitas menores e cafeicultores também mais cautelosos na comercialização.

"Esse foi um ano de dificuldade e ainda assim permanece porque o produtor está resistente na venda do café e a cooperativa precisa da venda de café", comentou.

Mesmo assim, com condições um pouco melhores nas lavouras, a expectativa é que também avance o volume entregue à coopertiva, embora não haja sinalização de um novo recorde de produção. "Esperamos para 2023 que seja uma safra maior que as últimas duas", acrescentou Melo.

Segundo ele, as produtividades do café que será colhido ainda sentem os impactos de problemas climáticos como seca e geadas ocorridos em 2021, e temperaturas adversas em 2022. "O clima começou a ficar bom em setembro do ano passado e está bom até agora, o que deve influenciar a safra do ano que vem... Esperava-se muito mais de 2023 inicialmente, mas ainda será considerada baixa principalmente pela questão do clima."

Altas temperaturas vieram em momentos "inoportunos" no ano passado, prejudicando em alguma medida as floradas dos cafezais. No mês passado, Melo já havia antecipado que a safra de 2023 viria melhor, em relação a 2021 e 2022, mas ainda distante de uma máxima histórica.

A Cooxupé embarcou 5,6 milhões de sacas em 2022, avanço de quase 20% em relação ao ano anterior. O presidente disse que o desempenho se deve a um esforço para buscar café de produtores de fora da cooperativa, além do uso de estoques. Durante a teleconferência, Melo não informou o atual volume de estoque da cooperativa.

Melo não detalhou a expectativa de exportações para 2023, mas ressaltou que, em geral, a cooperativa embarca cerca de 80% do café que é recebido e a demanda externa está aquecida. Considerando as vendas para o mercado interno e externo, a Cooxupé comercializou 6,8 milhões de sacas de café no ano passado.   

Os contratos futuros de café robusta fecham em alta  de US$ 66 nesta semana,  chegando maior nível de seis meses e meio na terça-feira, de US$ 2.250/t apoiado por um aumento na demanda, já que alguns torrefadores aumentaram a proporção de café robusta mais barato nos blends, principalmente em mercados mais sensíveis a preços.

 A oferta de café robusta diminuiu no Vietnã, principal produtor, já que os agricultores que já haviam vendido a maior parte de seus estoques se abstiveram de liberar os grãos restantes, disseram traders na quinta-feira.  Os comerciantes disseram que o desconto do café robusta em relação ao arábica caiu drasticamente para cerca de US$ 1.580/t, abaixo dos cerca de US$ 2.100/t em meados de fevereiro.

Segundo a Icona Café,no contexto do consumo global de café, a evidência do impacto potencialmente negativo da inflação no custo de vida está contribuindo para uma atividade de compra cada vez mais conservadora nos mercados consumidores de café desenvolvidos.

 O mercado de café é tão maduro e sensível a preços quanto o europeu, o maior mercado consumidor de café do mundo, com uma média de 43,50 milhões de sacas por ano, tem visto marcas próprias e produtos de marcas líderes continuarem a competir nas gôndolas dos supermercados por participação de mercado em um ambiente de competição agressiva, com preços melhores como praticamente a única proposta de valor disponível, apesar do aumento contínuo no preço. custo total de produção. Esses fatores provavelmente encorajarão os torrefadores que são sensíveis a preços e flexíveis em termos de receitas de mistura a consumir mais cafés de preços mais baixos. A ampla arbitragem entre os cafés arábica e robusta ajuda a aumentar as misturas com altas porcentagens de cafés robusta.

O Rabobank revisou para baixo sua estimativa para a próxima safra do Brasil em 1,3 milhão de sacas. Seu número de produção de Arábica foi revisado para baixo de 44 para 42,7 milhões de sacas, citando as fortes chuvas que aumentaram algumas pragas como a principal, e por sua vez mostrou uma projeção de Robusta muito semelhante à previsão inicial de 23,3 milhões de sacas. Segundo o banco, a próxima safra de café no Brasil, de julho de 2023 a junho de 2024, foi estimada em média, por diferentes analistas independentes do setor financeiro e traders em cerca de 63 milhões de sacas. O IBGE, Conab e órgãos ligados ao setor produtivo espera safra de 55 milhões de sacas. O mercado é soberano e no próximos meses deve decidir quem está certo. Se fosse um jogo eu apostava as minha fixas no 55 milhões.

Segundo matéria publicada pela Folha de São Paulo, em Minas Gerais, produtores de café se beneficiaram com alto índice pluviométrico após longa estiagem em 2021. As chuvas deste ano foram importantes para recarregar os níveis de água do solo." è necessário que o solo esteja com a umidade correta para que a planta absorva mais nutrientes e consiga produzir grãos de melhores qualidade. Isso vai refletir na próxima safra", diz Bernardino Cangussu, coordenador técnico de cafeicultura da Emater-MG.

O cafeicultor Mauro Grossi, que tem propriedade em Imbé de Minas e Piedade de Caratinga disse que a chuva deu uma trégua em fevereiro na região possibilitando a exposição das plantas ao sol com lavouras pronta para a maturação e a colheita será no período normal, entre maio e junho. Ele acredita que a colheita será um pouco maior que a de 2022.

Carlos Henrique de Oliveira, que produz em Santa Rita do Sapucaí, caiu as chuvas do início de 2023 como positivas, no entanto, sua produção não será boa neste ano devido que parte de sua produção foi atingida pelo granizo de 2022. " A chuva é boa porque ajuda na absorção do adubo no solo, melhorando o preenchimento dos grãos. Mas também é rui, porque choveu muito, e as áreas que pegam menos sol tiveram mais doenças, aumentado os gastos", diz Oliveira. 

Em mercado completamente travado com diferencial entre comprador e vendedor  ultrapassado a R$ 120,00, compradores entre R$ 1050,00 a R$ 1070,00 e os grandes vendedores em R$ 1.200,00 não se fez praticamente nenhum negócios expressivo nesta semana. Um dos raros negócios foi ontem com a venda de 2.500 sacas de café moka da Cocatrel a R$ 1.095,00.  Segundo a Rabobank. o mercado interno do Brasil segue em ritmo lento de comercialização.  Os cafés da safra atual demoram a chegar em comparação com os anos anteriores, pois os produtores bem financiados tornaram-se vendedores relutantes, capazes de manter seus estoques devido à sua boa situação financeira atual.

Indicador da Cepea indica queda de R$ 116 e da Agnocafé de R$ 80 no mês de março

 O  indicador de café do arábica bruto da Agnocafé com 15% cata fica estável em R$ 1.150,00 nesta sexta-feira ( 31/03 ) e o indicador livre a R$ 1.130,00. No mês fica com queda de R$ 80,00, durante o ano 2023, alta acumulada de R$ 50,00 e em dólar fica em US$ 226,37. Peneira 17/18 pronto para embarque R$ 1.220,00, cereja a R$ 1.200,00, café certificado a R$ 1.180,00. O indicador para café com 10% a R$ 1.160,00, 20% a R$ 1.140,00, com 25% a R$ 1.130,00 com 30% a R$ 1.120,00. 

O indicador de café arábica do Cepea/Esalq, referente sexta-feira, 31 de março ficou em R$ 1.044,94, queda de 2,24% (-  R$ 23,92). No mês, o acumulado fica queda de 10% ( - R$ 116,04 ), no ano a queda chega a R$ 8,24 e em dólar fica em US$ 206,14. O indicador de café conilon do Cepea/Esalq, referente sexta-feira, 31 de março ficou em R$ 638,64, queda de 0,95% ( - R$ 6,11 ), no mês a fica em queda de 8% ( - R$ 55,31) e no ano o acumulado fica com queda de R$ 59,47. Em dólar fica em US$ 126,40

Ótimo Final de semana a todos

Comentarios

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Data: 02/04/2023 06:47 Nome do Usuário: Paulo jose
Comentário: Essa cooaxupé comtinua uma piada,disse ai q deve receber 20% mais cafe esse ano nas areas q atua,porem deve ta incluso polo de manhuacu,q vai atua pelo 1⁰ ano,isso prova q recerao menos café,
Contrato Cotação Variação
Julho 200,60 - 0,80
Setembro 196,30 - 0,90
Dezembro 194,90 - 1,00
Contrato Cotação Variação
Julho 3.436 - 3
Setembro 3.361 - 3
Novembro 3.285 - 5
Contrato Cotação Variação
Julho 251,00 0
Setembro 242,95 - 0,05
Dezembro 237,55 - 1,30
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,1360 - 0,12
Euro 5,5370 - 0,13
Ptax 5,1577 0
  • Varginha
    Descrição Valor
    Peneira 15/16 R$ 1280,00
    Moka R$ 1260,00
    Safra 23/24 20% R$ 1220,00
    Duro/riado/rio R$ 1080,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1320,00
    Safra 23/24 15% R$ 1230,00
    Safra 23/24 25% R$ 1210,00
    Duro/riado/rio R$ 1100,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 1250,00
    Safra 23/24 15% R$ 1230,00
    Safra 23/24 25% R$ 1210,00
    Duro/Riado 15% R$ 1140,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1320,00
    Safra 23/24 15% R$ 1230,00
    Safra 23/24 25% R$ 1210,00
    Variação R$ 1250,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 23/24 20% R$ 1220,00
    Safra 23/24 30% R$ 1120,00
    Duro/Riado 30% R$ 1120,00
    Escolha kg/apro R$ 15,30
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 1230,00
    Safra 23/24 25% R$ 1210,00
    Duro/riado 25% R$ 1130,00
    Rio com 20% R$ 1070,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Conilon/Vietnã R$ 1258,85
    Agnocafé 23/24 R$ 1230,00
    Cepea Arábica R$ 1115,55
    Cepea Conilon R$ 934,21
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 940,00
    Conilon T. 7 R$ 932,00
    Conilon T. 7/8 R$ 925,00