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Pressionado por vários lados deixa os vendidos numa "sinuca de bico"


Por José Roberto Marques da Costa

O volume de negócios atingiram 27.890 lotes, os contratos futuros de café arábica fecharam em alta em NY nos maiores nível dos últimos 14 dias. O setembro valorizando 3,20 cents, variando de 157,55 cents a 161,70 cents, ultrapassando duas resistências do dia, a primeira  em 159,40 cents e a segunda em 161,20 cents  com os "vendidos" brigando fortemente para manter dentro de uma na "zona de conforto" em 155,00 cents a 160,00 cents nos últimos pregões, mas começam ser pressionado de vários lados. 

Com indicadores técnicos  recomendando fortes compras tendo como base o suporte em 155,00 cents dos últimos pregões. A desvalorização global do dólar que está deixando o café bem atrativo, o prejuízo dos produtores devido ao custo de produção ante o preço de venda e um volume de comercialização no Brasil parecendo "entre safra em plena safra".  A diferença de preço entre as duas variedades de café, arábica e robusta, diminuiu para 40 cens nesta semana, o menor nível desde fevereiro de 2020. Nesses níveis, a demanda por café arábica pode aumentar em comparação com os grãos robusta, conforme declarado em entrevista pelo Sr. Giuseppe Lavazza, presidente da Luigi Lavazza SpA.

Apesar de todos os esforços dos vendidos em se manter nesta zona de conforto, a pressão está crecendo a cada pregão. Na quinta-feira, setembro rompeu a primeira resistência técnica do dia, hoje rompeu duas resistência técnica e fechando acima 160,00 cents, o maior nível das últimas duas semana. Na semana teve alta 0,10 cents, variando de 155,50 cents  a 161,80 cents, terminando próximo a máxima e indicadores ténicos recomendando compras. Caso não tenha nenhuma influencia externa  a possibilidade de romper as resistências do dia são grandes podendo últrapassar a máxima da semana passada em 163,90 cents e começar a entrar em um canal de alta acima de 165,00 cents. Os três suporte estão em 158,87 cents, 155,87 cents e 154,18 cents e as três resistências em 162,48 cents, 164,17 cents e 166,63 cents.  

Na contramão das outras commodities, a forte desvalorização do dólar na semana teve reflexo nos contratos futuros de café arábica somente nesta sexta-feira e começa a deixar os vendidos numa "sinuca de bico" sendo pressionado vários lados. Desde ontem a pressão dos indicadores técnicos passaram dos "comprados" para os "vendidos" depois de sete pregões sem romper o suporte de 155,00 cents. Outra pressão está vindo da desvalorização global do dólar que está deixando os contratos de café arábica bem atrativos (baratos) com os tubarões começando a sentir "cheiro de sangue".

A colheita da nova safra chegando a mais de 50% nas principais regiões produtoras do Brasil, o volume de café que entra nos armazéns está tirando o "sono" de muitos traders. Segundo Eduardo Carvalhaes o volume está abaixo das expectativas dos compradores e dos analistas e com estoques de passagem da safra brasileira 2022 nos menores níveis em muitas dezenas de anos. Nos atuais níveis de NY, os preços pagos aos produtores está bem abaixo do  custo de produção da sacas de café de arábica. Os cafeicultores colombianos estão trabalhando no prejuízo a mais de 30 dias

A firme queda do dólar no exterior forneceu impulso para a grande maioria das commodities, com o Índice Dólar (DXV) ampliando a queda rompendo desde quinta-feira o nível de 100 pontos, operando nesta sexta-feira de 99,260  99,705 pontos.  A desvalorização global do dólar está deixando os contratos de café arábica bem atrativos (baratos) que pode acionar compras de execulatores de curto prazo e pode servir com bom investimentos para os grandes fundos contando com ajuda do efeito negativo do El Niño na safra global nos próximos 12 meses. Segundo um analista, os tubarões estão começando a sentir "cheiro de sangue".

Impressionante, o mercado continua acreditando que a safra brasileira deste ano vai resolver sozinho o problema da forte escassez, ignorando fundamentos importante, um déficit de mais 12 milhões de sacas, estoques praticamente zerado dos países produtores e consumidores, aumento de consumo e segundo um cooperativa do Sul de Minas, a safra brasileira deste ano será menor que do ano passado. A cada semana que passa vem confirmando que sempre venho alertando, que aconteceu com o mercado do robusta nos últimos meses vai acontecer com o mercado arábica nos próximos meses

O relatório da CFTC divulgado hoje, referente a 11 de julho, mostra  alta das posições líquidas compradas e vendidas dos grandes fundos , neste período a variação de julho passou de 160,50 cents a 157,55 cents, queda de 2,95 cents. Os dados mostram que os fundos aumentam em 2.819 suas posições líquidas vendidas ( 26,8% ). Os grandes fundos possuíam 13.342 posições líquidas vendidas sendo 23.699 posições compradas e 37.041 posições vendidas, alta de 2.647 lotes de posições compradas e alta de 5.466 de posições vendidas. 

As vendas da atual safra de café do Brasil (2023/24) atingiram 32% do total da produção prevista para o país até o dia 11 de julho, o percentual de vendas é inferior a igual período do ano passado (39% da safra) e está também abaixo da média normal para o período (38%),  informou nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado.

Segundo o consultor Gil Barabach, o aumento da disponibilidade física com um maior volume colhido favorece vendas, mas o produtor ficou assustado com o tombo no preço e acabou se retraindo. "O fato é que a bebida boa do Sul de Minas acumula perdas nominais de 18% nos últimos 30 dias, diante da pressão com a chegada de safra 2023. E o resultado produtivo acima do esperado reforça a ideia de uma safra cheia, especialmente de arábica, elevando o efeito sazonal contra as cotações", disse em nota.

Na quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ). estimou a produção brasileira de café em 55,1 milhões de sacas, Para o café arábica, a produção foi estimada em 38,4 milhões de sacas, crescimento anual de 13,3%. Para o café canéfora, a estimativa da produção foi de 16,7 milhões de sacas, declínios de 1,5% em relação ao mês anterior e de 9,5% em relação a 2022. Os operadores de mercado trabalham com números acima de 64 milhões de sacas.

Os números divulgado pela  Cecafé nesta semana só mostram queda nas exportações brasileiras, informou que em  junho foram embarcadas 2.639.980 sacas de café, 17,2 % menos (549.446 sacas) que no mesmo mês de 2022 e as exportações de arábica somaram 2.062.170 sacas, com queda de 23,3 %, ( 626.075 sacas ) em relação ao mesmo mês de 2022. 

No ano safra 2022/2023, os embarques atingiram 35.625.978 sacas, 10,2 % menos (4.064.657 sacas) que as 39.690.835 sacas exportadas no ano safra 2021/2022, e 22 % menos (10.051.090 sacas) que as 45.677.068 sacas exportadas no ano safra 2020/2021. No relatório teve um número positivo,  sexto maior importador, a Colômbia, segundo maior produtor de café arábica do mundo importou 1,738 milhão de sacas do Brasil, ampliando em 39% ante ao mesmo período da safra passada.

Para o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Ferreira, apesar da expectativa de forte recuperação de volumes exportados no segundo semestre, com a chegada de uma nova safra mais volumosa ao mercado, o total embarcado para o exterior na segunda metade de 2023 não será suficiente para compensar a queda registrada no primeiro semestre.

A exportação brasileira de café em 2023 foi estimada entre 37 milhões e 38 milhões de sacas no ano civil 2023, o que representaria uma queda somente de 5% em relação ao volume de 39,4 milhões de sacas de 2022. De janeiro a junho, as exportações totais de café do Brasil caíram quase 19%, para 16,2 milhões de sacas. A  projeção dos embarques diário em julho começa a indicar números bem diferentes, as exportação devem atingir 2,190 milhões de sacas, queda de 17%, até o dia 14 julho foram embarcadas 875.283 sacas de café ( 62.520 por dia ), queda de 14,3% em relação ao mês de junho.

Atenção: Preços do café na Colômbia estão abaixo dos custos de produção

Segundo a medição feita em uma das 150 fazendas empresariais de Caldas, como referência, os custos de produção de uma arroba de café variam entre US$ 145 mil e US$ 150 mil. Isso significa que hoje, pelo preço que está sendo pago, já se completou quase um mês em que os produtores do país estão trabalhando no prejuízo.

A denúncia foi feita por diversos cafeicultores de Caldas, após revisão dos últimos preços, que já caíram para US$ 134 mil a arroba, com base no preço oficial divulgado diariamente pela Federação Nacional dos Cafeicultores. Apesar disso, o indicador é menor, conforme o valor pago pela Cooperativa dos Cafeicultores Parque Libório na última semana, em torno de R$ 130 mil a arroba, indicador que cai mais, dependendo da qualidade do grão que o produtor traz. O maior problema para alguns é que não se percebe lucro com esse recorde, somado ao fato de que haverá uma safra reduzida até o final do ano, justamente quando 70% da produção da região é colhida. 

Segundo os produtores, essa é a situação que deve ser discutida com o governo, tendo em vista os efeitos de melhores resultados no Brasil e a chegada do fenômeno El Niño, que pode impactar a qualidade do grão no país. Eugenio Vélez Uribe, presidente do Comitê Nacional e diretor da Federacafé, explicou que, além disso, o diferencial de preço ou o prêmio que o café colombiano recebe na Bolsa de Nova York por sua qualidade também caiu de cerca de 70 centavos de dólar. por libra em cerca de 15 centavos este ano, o que complica ainda mais a situação.

Ele ressaltou que, embora entre os fatores positivos, destaca-se a redução do preço de alguns insumos e fertilizantes como a uréia, que baixou seu preço em 56%. O problema é que representam apenas entre 15% e 17% dos custos de produção. O maior impacto continua a sentir-se na mão-de-obra, que representa cerca de 70% dos custos, com um aumento salarial que este ano aumentou 16%.premium, abaixo 

Estoques de certificados em Londres no menor nível em sete anos

Os contratos futuro de café robusta na bolsa de Londres fecharam em alta nesta sexta-feira com suporte nos estoques mais baixos dos últimos sete anos de café certificados na bolsa de Londres e estoques interno do Vietnã diminuindo e queda de 20% da safra 2022/24.  Com  volume de 12.214 lotes em Londres, setembro teve alta de US$  15 fechando a US$ 2.540/t,  variando de US$ 2.527/t a US$ 2.449/t, ultrapassando a primeira resistência em US$ 2.547 no começo do pregão e  na semana teve queda de US$ 81. Os estoques de café robusta monitorados pela ICE caíram para uma baixa recorde de 5.435 lotes (nível do ano de 2016).

Os estoques de café no Vietnã estão diminuindo à medida que as exportações aumentando com à forte demanda por esta variedade amplamente utilizada para produzir café instantâneo. Além disso, conforme relatado pelo Vietnam Coffee and Cocoa Board, a produção do país para a safra 2023-24 pode cair em até 20% em comparação com a produção já menor desta última temporada devido à seca e escassez de água represada, causada pelo fenômeno climático El Niño.

As chuvas de monção na Índia começaram nas áreas cafeeiras, o que pode afetar a qualidade dos últimos lotes de café disponíveis da safra passada. A nova safra só chegará no início de 2024 e parece que apenas 15% da safra anterior ainda não foi vendida, o que está pressionando os preços novamente.

Preços internos

O  indicador de café do arábica da safra 22/23 da Agnocafé com 15% cata fica em R$ 875,00, alta de 1,74% ( +  R$ 15,00 )  nesta sexta-feira ( 14/07 ) e café livre a R$ 855,00. No mês teve alta de R$ 35,00, durante o ano 2023 teve queda de R$ 130,00 e em dólar fica em US$ 182,48. Peneira 17/18 pronto para embarque R$ 935,00, cereja a R$ 925,00, café certificado a R$ 895,00. O indicador para café com 10% a R$ 885,00, 20% a R$ 865,00, com 25% a R$ 855,00 com 30% a R$  845,00.  

O indicador de café arábica do Cepea/Esalq, referente a sexta-feira, 14 de julho ficou em R$ 821,75, alta de 1,62% (+  R$ 13,07 ). No mês, fica com queda de 0,47% (- R$ 3,06), no ano a queda chega a R$ 229,46 e em dólar fica em US$ 171,41. O indicador de café conilon  ficou em R$ 651,59, queda de 0,41% ( - R$ 2,68 ). No mês a fica em alta de 1,13% ( + R$ 7,27 ) e no ano o acumulado fica com queda de R$ 33,96. Em dólar fica em US$ 135,92.

Ótimo Final de Semana

Comentarios

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Data: 15/07/2023 16:11 Nome do Usuário: Gilmar Guimarães
Comentário: No sudoeste de Minas na minha região em ano. normal agora que começava o aperto este ano em Agosto não tem mais panha e não é só os Colombianos que estão no prejuízo nunca vi uma panha tão cara.
Contrato Cotação Variação
Julho 206,60 + 8,70
Setembro 205,45 + 8,50
Dezembro 204,50 + 8,45
Contrato Cotação Variação
Julho 3.518 + 98
Setembro 3.453 + 97
Novembro 3.380 + 92
Contrato Cotação Variação
Julho 257,80 +11,50
Setembro 250,00 +10,40
Dezembro 246,45 + 9,30
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,1020 - 0,55
Euro 5,5470 - 0,49
Ptax 5,1157 - 0,22
  • Varginha
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1090,00
    Moka R$ 1280,00
    Safra 23/24 20% R$ 1230,00
    Peneira 15/16 R$ 1300,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1100,00
    Peneira 17/18 R$ 1340,00
    Safra 23/24 15% R$ 1240,00
    Safra 23/24 25% R$ 1210,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Duro/Riado 15% R$ 1140,00
    Cereja 20% R$ 1260,00
    Safra 23/24 15% R$ 1240,00
    Safra 23/24 25% R$ 1220,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 1240,00
    Safra 23/24 25% R$ 1220,00
    Peneira 17/18 R$ 1340,00
    Variação R$ 1270,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Duro/Riado 30% R$ 1120,00
    Escolha kg/apro R$ 15,70
    Safra 23/24 20% R$ 1230,00
    Safra 23/24 30% R$ 1210,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Duro/riado 25% R$ 1140,00
    Rio com 20% R$ 1070,00
    Safra 23/24 15% R$ 1240,00
    Safra 23/24 25% R$ 1220,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1124,07
    Cepea Conilon R$ 949,34
    Agnocafé 23/24 R$ 1240,00
    Conilon/Vietnã R$ 1210,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 990,00
    Conilon T. 7 R$ 980,00
    Conilon T. 7/8 R$ 970,00