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Vendidos em NY começam a entregar a "baqueta" de maestro para o El Niño


Por José Roberto Marques da Costa

Muito a contra gosto, os vendidos estão começando a perder a " baqueta " de maestro da orquestra do mercado de contratos futuros de café arábica em NY  para um grande adversário, o fenômeno climático El Niño, mas antes de entregar em definitivamente, os vendidos devem ainda continuar brigando no curto prazo, mas pelas  informações desta semana sobre a evolução climáticas do El Niño vai ser muito difícil ganhar está briga.

 Nesta sexta-feira, pela primeira vez nos últimos 12 pregões os vendidos encontraram fortes resistências em manter setembro na zona de conforto dentro do intervalo de 155,00 cents a 160,00 cents nos últimos pregões com começo  da entrada de investidores temendo "aversão ao risco" influenciado pelo perigo do clima nas principais regiões mundiais de café arábica, fechando a 161,85 cents no maior nível dos últimos 14 pregões.

Com volume de 34.174 lotes, setembro teve alta de 3,80 cents fechando a 161,85 cents, variando de 156,50 cents a 162,10 cents, maior nível desde 30 de junho, ultrapassando a primeira resistência em 160,28 cents mas não tendo força pra buscar a segunda em 162,52 cents. Na semana variou de 155,10 cents a 162,10 cents fechando a semana próximo a máxima e acumulando alta de 1,05 cents. Os estoques certificados diminuíram 5.396 sacas para 535.870 sacas.

Caso não tenha nenhuma influencia externa, o fechamento próximo a máxima do dia foi muito positivo, com indicadores técnicos recomendando mais compras, tudo indica que no pregão de segunda-feira, os vendidos tentaram levar novamente setembro abaixo de 160,00 cents na busca do primeiro suporte( 158,20 cents), mas acredito que a "aversão ao risco" deve influenciar positivamente na busca da primeira resistência em 163,86 cents no nível do último dia de junho, podendo entrar em canal de alta acima de 165,00 cents. Os três suporte técnicos estão em 158,20 cents, 154,55 cents e 152,60 cents e as três resistências em 163,86 cents, 165,75 cents e 169,40 cents

O mercado de café arábica começa a prestar mais atenção na evolução do El Niño que deve ter forte impacto sobre os contratos nos próximos meses em NY com o aumento de sua intensidade podendo comprometer a próxima safra de café arábica brasileiro e colombiana do próximo ano. A meses a Agnocafé começou a alertar que o maior problema dos cafeicultores brasileiros no segundo semestre, não seria a bolsa de NY, mem. as massa polares, mas o clima com escassez de chuva ( chuva bem abaixo de média ) e temperaturas extremas (bem acima da média ) no segundo semestre em época da florada com os cafezais precisando de umidade.

O relatório da CFTC divulgado hoje, referente a 18 de julho, mostra  alta das posições líquidas compradas e alta das posições vendidas dos grandes fundos , neste período a variação de julho passou de 157,55 cents a 155,50 cents, queda de 2,05 cents. Os dados mostram que os fundos aumentam em 2.932 suas posições líquidas vendidas ( 21,97% ), os grandes fundos possuíam 16.274 posições líquidas vendidas, sendo 24.067 posições compradas ( + 368 ) e 40.341 posições vendidas ( - 3.300 ).

Segundo informações de Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), nos mês de julho, até dia 21 foram embarcadas 1.659.718 sacas de café ( 79.034 por dia ), alta de 20,1% em relação ao mês de junho. Do total, 1.323.756 sacas foram de arábica, 213.652 sacas de conillon e 122.310 sacas de solúvel. Pela projeção da média diária, as exportações de julho podem atingir 2,765 milhões de sacas.

 A colheita de café do Brasil da safra 2023/24 atingiu 66% da área total até 18 de julho, um pouco abaixo do ritmo histórico para esta época do ano, segundo estimativa divulgada nesta sexta-feira pela consultoria Safras & Mercado. Para comparação, a média de cinco anos para o período é de 71%, segundo a consultoria. A colheita, porém, está adiantada em relação ao ritmo de 2022, quando estava em 57% nesta mesma época. A Safras estimou que cerca de 83% das lavouras de café robusta foram colhidas, mesmo nível visto do ano passado e abaixo da média de cinco anos de 89%. Enquanto isso, a safra de café arábica atingiu 58%, pouco acima do percentual de 57% na mesma época de 2022, mas abaixo da média de cinco anos de 63%.

Enquanto a colheita de café avança no campo, o mercado físico indica não responder com rapidez à entrada da safra nova. Representantes do setor falam em ritmo lento de negócios e de entrega de produto em armazéns de cooperativas e comerciantes em importantes regiões produtoras do país.

Segundo Eduardo Carvalhaes, o café está sendo colhido em ritmo acelerado, em Minas Gerais, o rendimento é considerado bom e as pragas e doenças, de um modo geral, estão sob controle. Na Bahia, a falta de chuva limitou a produtividade em algumas regiões, junto com a ocorrência de broca e doenças fúngicas. Ainda assim, o trabalho de campo avança em bom ritmo, com 75% de área já colhida. Ele ressalta, no entanto, que o mercado brasileiro vem de estoques de passagem que considera muito baixos e os volumes enviados aos armazéns neste momento estão abaixo das expectativas.

A Cooperativa Agrária de Cafeicultores de São Gabriel, no Espírito Santo, recebeu 30% menos do que no mesmo período em 2022, mesmo com a colheita do conilon em fase final. A expectativa é fechar o ano com volume 20% menor, afirma o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello, “A queda nos números de recepção está diretamente ligada à expectativa de quebra na safra do conilon. O mercado está lento, especialmente devido à volatilidade dos preços. Esse fator tem levado a uma certa retração dos produtores”, diz ele

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) explica que o clima seco tem favorecido a colheita e a secagem. Nas regiões de produção de robusta, o trabalho está praticamente finalizado. Nas de arábica, está acelerado. Em algumas, metade dos cafezais foi colhido nos primeiros 15 dias deste mês. “A liquidez está enfraquecida, com as negociações ocorrendo apenas para cobrir custos da safra. Para o robusta, os negócios foram pontuais, devido à oferta limitada”, acrescenta o Cepea

El Niño na costa da América do Sul é o mais intenso em 25 anos

O El Niño na costa da América do Sul, junto aos litorais do Peru e do Equador, é o mais intenso dos últimos 25 anos, conforme levantamento da MetSul Meteorologia a partir de dados de anomalias de temperatura da superfície do mar divulgados pela agência de tempo e clima do governo dos Estados Unidos.  De acordo com a análise da MetSul Meteorologia, a tendência para os próximos meses é que o El Niño siga ganhando força no Pacífico Centro-Leste. A maioria dos modelos de clima indica um evento forte durante a primavera e algumas simulações insistem em um evento muito forte a intenso com configuração de um Super El Niño.

 "Café importado pela Colômbia é de pior qualidade", disse o presidente da FNC

Em conversa com o jornal colombiano Portafolio Germán Bahamón, novo gerente geral da Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia (FNC), não mencionou nenhuma vez que  o  aumento das importações foi  devido a queda de produção dos últimos 24 meses, para honrar seus compromissos,  mas enfatiza que o aumento da importação ( principalmente do Brasil ) é para consumo interno e que o colombiano foi ensinado desde berço a tomar café de pior qualidade, Veja abaixo uma parte da conversa.

" Estou está muito preocupado, o que está acontecendo no momento é que a queda do preço, depois que as commodities começam a se regularizar, faz com que o nosso preço interno também caia. São safras cíclicas e a safra de dois anos atrás está sendo recebida com custos elevados, isso está criando um problema que é que não temos rentabilidade na cafeicultura. Mas quando foi indagado da preocupação dos cafeicultores com o aumento das importações ele disse " nós colombianos fomos ensinados desde o berço a tomar café da pior qualidade possível, por isso nos últimos dois ou três anos as importações cresceram em volume. Isso ocorreu porque o café estava com preços altos, o que gerou aumentos no preço da bolsa, o que fez com que a carga aumentasse e para o mesmo café colombiano não conseguimos aumentar o valor três vezes. Por isso, o café de outras qualidades teve que ser importado para atender o consumo interno".

Colômbia: Em agosto haverá mais um dia de protestos dos cafeicultores

Cafeicultores de mais de sete departamentos, incluindo Risaralda, anunciaram um dia de protestos para o próximo dia 17 de agosto na cidade de Armênia. Segundo a Rádio RCN, este novo dia é dado “como um protesto contra o que os representantes da força de trabalho do café têm afirmado ser a falta de ação do Governo Nacional e da Federação dos Cafeicultores, diante da crise que o setor atravessa”.

"A partir de uma queda no preço, que hoje está abaixo de 130.000 pesos colombianos por arroba, quando se leva em conta os custos de produção, o café está sendo vendido quase 50.000 pesos abaixo do preço por arroba", disse Duberney Galvis, representante do café Risaralda e analista do setor, falando sobre as causas que levariam os cafeicultores às ruas em agosto próximo à Rádio RCN. ´´Este dia de manifestações aconteceria exatamente 10 anos depois de uma grande greve nacional do café ocorrida em 2013, o que Galvis garante não ser coincidência ao dizer que “chegamos a um acordo com lideranças dos departamentos de Quindío, Huila, del Valle, Caldas, Antioquia e boa parte das lideranças que estavam na greve em 2013, por motivos muito semelhantes”, aponta o jornal.

Comércio no Vietnã permanece parado devido à escassez de café

As atividades de comércio de café no Vietnã permaneceram mornas no final da safra devido à escassez de grãos, enquanto o prêmio de setembro na Indonésia caiu ligeiramente, disseram traders na quinta-feira. Agricultores no planalto central, a maior área de cultivo de café do Vietnã, venderam grãos de US$ 2,74 a US$ 2,78 por quilo, ligeiramente maior ante semana passada. "A atual faixa de preço refletiu totalmente a escassez de grãos nesta safra. Os preços domésticos no futuro próximo se moverão principalmente em torno desta faixa", disse um trader do cinturão do café.,"Os torrefadores domésticos estão reclamando que os preços estão altos demais para eles. Quase nenhum acordo foi fechado nos últimos meses."

Outro trader disse que, no momento, até os exportadores estrangeiros estão segurando muito poucos ou nenhum grão, enquanto os domésticos estão sem grãos há meses .As exportações de café até o final desta safra (até outubro) devem cair acentuadamente devido aos estoques vazios", disse o segundo trader. O grão de café Sumatra Robusta foi oferecido com prêmio de US$ 530 para o contrato de setembro esta semana, abaixo dos US$ 550 da semana passada, "devido ao aumento no preço terminal", disse um trader. Outro trader disse que o preço do contrato de agosto foi oferecido com um prêmio de US$ 560, o mesmo da semana passada.

Mercado interno

O  indicador de café do arábica da safra 22/23 da Agnocafé com 15% cata fica em R$ 875,00, alta de 1,74% ( + R$ 15,00 )  nesta sexta-feira ( 21/07 ) e café livre a R$ 855,00. No mês teve alta de R$ 35,00, durante o ano 2023 teve queda de R$ 130,00 e em dólar fica em US$ 183,05. Peneira 17/18 pronto para embarque R$ 930,00, cereja a R$ 910,00, café certificado a R$ 890,00. O indicador para café com 10% a R$ 885,00, 20% a R$ 865,00, com 25% a R$ 855,00 com 30% a R$  845,00.

O indicador de café arábica do Cepea/Esalq, referente a sexta-feira, 21 de julho ficou em R$ 821,38, alta de 1,07% (+  R$ 8,72 ). No mês, fica com queda de 0,51% (- R$ 3,43), no ano a queda chega a R$ 2239,93 e em dólar fica em US$ 172,02. O indicador de café conilon  ficou em R$ 646,13, alta de 0,38% ( + R$ 2,47 ). No mês a fica em alta de 0,28% ( + R$ 1,81 ) e no ano o acumulado fica com queda de R$ 39,12. Em dólar fica em US$ 135,32.

Ótimo final de semana

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Contrato Cotação Variação
Julho 206,60 + 8,70
Setembro 205,45 + 8,50
Dezembro 204,50 + 8,45
Contrato Cotação Variação
Julho 3.518 + 98
Setembro 3.453 + 97
Novembro 3.380 + 92
Contrato Cotação Variação
Julho 257,80 +11,50
Setembro 250,00 +10,40
Dezembro 246,45 + 9,30
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,1020 - 0,55
Euro 5,5470 - 0,49
Ptax 5,1157 - 0,22
  • Varginha
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1090,00
    Moka R$ 1280,00
    Safra 23/24 20% R$ 1230,00
    Peneira 15/16 R$ 1300,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1100,00
    Peneira 17/18 R$ 1340,00
    Safra 23/24 15% R$ 1240,00
    Safra 23/24 25% R$ 1210,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Duro/Riado 15% R$ 1140,00
    Cereja 20% R$ 1260,00
    Safra 23/24 15% R$ 1240,00
    Safra 23/24 25% R$ 1220,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 1240,00
    Safra 23/24 25% R$ 1220,00
    Peneira 17/18 R$ 1340,00
    Variação R$ 1270,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Duro/Riado 30% R$ 1120,00
    Escolha kg/apro R$ 15,70
    Safra 23/24 20% R$ 1230,00
    Safra 23/24 30% R$ 1210,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Duro/riado 25% R$ 1140,00
    Rio com 20% R$ 1070,00
    Safra 23/24 15% R$ 1240,00
    Safra 23/24 25% R$ 1220,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1124,07
    Cepea Conilon R$ 949,34
    Agnocafé 23/24 R$ 1240,00
    Conilon/Vietnã R$ 1210,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 990,00
    Conilon T. 7 R$ 980,00
    Conilon T. 7/8 R$ 970,00