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O cooperativismo impulsionando a produção de café no Brasil


Leia, na sequência, artigo de autoria de Silas Brasileiro, presidente do CNC (Conselho Nacional do Café).


O café é uma das commodities agrícolas mais importantes do Brasil. Conhecido mundialmente por sua qualidade e sabor inigualável, o “ouro verde” tem sido parte essencial da história e economia do país. Nesse cenário, o cooperativismo tem desempenhado um papel fundamental na transformação da produção cafeeira, promovendo o desenvolvimento socioeconômico e garantindo a sustentabilidade do setor. O Conselho Nacional do Café (CNC), braço operacional da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), tem atuado diuturnamente na defesa de nossas entidades cooperadas e nossos produtores.

As cooperativas de café surgiram como uma resposta inteligente às necessidades dos produtores, permitindo-lhes unir forças para superar desafios e alcançar objetivos comuns. Através da cooperação, os pequenos e médios cafeicultores encontraram uma maneira de competir em um mercado global altamente competitivo, fortalecendo suas posições e ganhando voz ativa nas negociações comerciais.

Um dos principais benefícios do cooperativismo para a produção de café é a agregação de valor. Ao reunir as colheitas dos associados, as cooperativas ganham a capacidade de negociar em maior escala, otimizando processos e reduzindo custos. Além disso, podem investir em infraestrutura, tecnologia e capacitação dos produtores, melhorando a qualidade do café e tornando-o mais atrativo para os mercados internacionais.

Outra ferramenta importante da relação cooperativista é o processo de barter, por exemplo, em que os cooperados podem trocar seus cafés por insumos, como sementes, fertilizantes ou agroquímicos, com base em um acordo mútuo e um valor pré-determinado.

Outro aspecto fundamental do cooperativismo é a partilha de conhecimento e experiência. Através de programas de capacitação e treinamento, as cooperativas proporcionam aos seus membros acesso a técnicas avançadas de cultivo, boas práticas agrícolas e métodos sustentáveis de produção. Esse intercâmbio de informações contribui para aprimorar a qualidade do café brasileiro, consolidando sua reputação no exterior e garantindo um comércio justo e ético.

Além dos benefícios econômicos, as ações cooperadas tem um impacto social significativo nas comunidades rurais. Ao fortalecer a posição dos produtores, essas cooperativas oferecem uma fonte estável de renda e emprego, reduzindo a migração para áreas urbanas e contribuindo para a fixação do homem no campo. Além disso, muitas cooperativas investem em projetos sociais e ambientais, promovendo a responsabilidade social corporativa e o desenvolvimento sustentável das regiões produtoras de café.

É importante reconhecer que o sucesso do cooperativismo no setor cafeeiro não é fruto do acaso, mas sim do comprometimento e cooperação de todos os envolvidos. Governos, entidades reguladoras, empresas privadas e, principalmente, os produtores, devem continuar apoiando e fortalecendo esse modelo de organização, garantindo sua eficiência e crescimento contínuo.

O cooperativismo tem se mostrado um pilar essencial para o sucesso da cafeicultura no Brasil, fortalecendo a produção e contribuindo significativamente para o desenvolvimento social das comunidades rurais. Segundo dados da OCB, em 2022, o Brasil contava com 1400 cooperativas, sendo 97 exclusivas para cafeicultura.

Dentre as maiores cooperativas de café do Brasil, destacam-se a Cooxupé, a Expocaccer, a Cocapec, a Minasul, a Coabriel, a Cocatrel e a Coocamig. Juntas, essas cooperativas têm desempenhado um papel fundamental na consolidação do café brasileiro no mercado global.

Com impressionantes 55% da produção total de café do país sendo representada pelas cooperativas, é evidente o impacto significativo que essas organizações têm na indústria. Além disso, aproximadamente 35% da produção de café brasileiro é exportado pelas cooperativas, ampliando a presença do café nacional nos mercados internacionais.

Outro aspecto importante é o impacto socioeconômico das cooperativas no Brasil. Elas são responsáveis por gerar cerca de 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos, dos 8,4 milhões de postos de trabalho da cafeicultura, tornando-se uma força vital na economia local e regional.

Em um setor tão competitivo e em constante mudança, o cooperativismo do café tem se mostrado como uma estratégia eficiente para unir os produtores, promover a sustentabilidade e o crescimento da indústria e, ao mesmo tempo, garantir o bem-estar das comunidades envolvidas.

É por meio dessa colaboração e união de esforços que o café brasileiro continua a conquistar destaque e reconhecimento no cenário mundial, representando uma parte valiosa da economia e cultura do país.

Portanto, em um momento em que a demanda global por café continua a crescer e a concorrência internacional se intensifica, é fundamental valorizar e fortalecer o cooperativismo como um dos pilares que sustentam o sucesso da produção de café do Brasil. Somente através da união e cooperação, podemos assegurar um futuro próspero para o café brasileiro, consolidando sua posição de liderança no mercado global e contribuindo para o bem-estar de todos os envolvidos nessa valiosa cadeia produtiva. No próximo balanço abordaremos a importância do cooperativismo de crédito.

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Contrato Cotação Variação
Dezembro 380,85 + 5,20
Março 361,25 + 3,95
Maio 347,30 + 2,95
Contrato Cotação Variação
Novembro 4.447 - 3
Janeiro 4.400 + 10
Março 4.332 + 12
Contrato Cotação Variação
Dezembro 459,60 + 5,35
Março 451,55 + 5,70
Maio 436,40 + 3,90
Contrato Cotação Variação
DXY 97,01 + 0,51
Dólar 5,3190 + 0,33
Euro 6,2660 - 0,05
Ptax 5,3010 + 0,00
  • Varginha
    Descrição Valor
    Peneira14/15/16 R$ 2500,00
    Duro/riado/rio R$ 1930,00
    Certificado 15% R$ 2460,00
    Safra 25/26 20% R$ 2430,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1930,00
    Miúdo 14/15/16 R$ 2320,00
    Safra 25/26 18% R$ 2430,00
    Certificado 15% R$ 2460,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Moka R$ 2300,00
    Duro/Riado 15% R$ 2160,00
    Cereja 20% R$ 2480,00
    Safra 25/26 15% R$ 2460,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 2550,00
    Rio com 20% R$ 1600,00
    Safra 25/26 15% R$ 2440,00
    Safra 25/26 30% R$ 2410,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 25/26 20% R$ 2430,00
    Safra 25/26 30% R$ 2410,00
    Duro/Riado 15% R$ 2000,00
    Escolha kg/apro R$ 30,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 25/26 15% R$ 2440,00
    Safra 25/26 25% R$ 2420,00
    Duro/riado 25% R$ 1900,00
    600 defeitos R$ 2200,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Agnocafé 24/25 R$ 2440,00
    Cepea Arábica R$ 2215,26
    Cepea Conilon R$ 1389,44
    Conilon/Vietnã R$ 1588,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1380,00
    Conilon T. 7 R$ 1360,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1340,00