Protesto na Armênia: cafeicultores exigem transparência e justiça para seu setor
Com mobilização na Armênia, Quindío, cafeicultores dos departamentos de Quindío, Caldas, Risaralda, Tolima, Valle del Cauca, Huila, Cauca e Nariño, rejeitam a importação de café de países sul-americanos que afeta a economia da união, mas também os altos salários de alguns gerentes de nível nacional na Federação
Segundo Duberney Galvis, membro da Unidade Nacional do Café, o descontentamento de alguns cafeicultores está relacionado com a gestão da Federação, razão pela qual pedem através desta marcha uma reforma interna na referida organização.
"Hoje, vemos o que parece um golpe de 15 dirigentes que tomaram as rédeas da Federação, transformando-a em uma instituição voltada para a politicagem. Eles decidem contratações e demissões, aumentam salários e escolhem entre si, sem falar no salário atribuído ao gerente geral da federação, o que equivale a quase 100 milhões de pesos", disse o líder do café Risaralda.
Ele também acrescentou que outra preocupação importante para as famílias cafeicultoras da região é a suposta aquisição de café importado do Brasil, Vietnã, Peru e Equador; café de baixa qualidade que teria sido comprado ao preço do café colombiano.
"Existem até reclamações sobre a possibilidade de que parte desse café tenha sido denunciada de forma fraudulenta para aproveitar o prêmio do café colombiano. Além disso, somos afetados pela situação relacionada à queda de preço. Produzir uma arroba de café na Colômbia atualmente tem um custo médio de cerca de US$ 155.000, enquanto o mercado está pagando com base em US$ 130.000, o que significa que estamos vendendo US$ 25.000 abaixo dos custos de produção", disse Duberney Galvis.
Finalmente, o cafeicultor se referiu às consequências externas, neste caso, o impacto do fenômeno climático conhecido como "La Niña", que segundo as famílias cafeicultoras, provocou uma queda de 40% na produção de café. Além disso, é mencionado o fenômeno oposto, "El Niño", que está afetando negativamente os grãos deixados nas árvores.
“Nesse momento, conclamamos o governo nacional a utilizar seus recursos e capacidades para mitigar esta calamidade que atinge milhares de famílias cafeicultoras do país. É fundamental fortalecer a ajuda aos agricultores, que são o sustento da economia nacional ", concluiu.
Os cafeicultores solicitam tanto ao gestor da Federação quanto ao Ministro da Fazenda e Agricultura a criação de um comitê pela verdade cafeeira, que incluiria auditorias fiscais e criminais que avaliassem a gestão dos imóveis do Fundo Nacional do Café e da Federação Nacional dos Cafeicultores.
Obs: A carga de café ( 125 quilos ) foi negociada nesta quarta-feira a 1.295.000 peso que representa R$ 746,00 a saca de 60 quilos