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Produção da Colômbia deve fica entre 9 a 9,5 milhões de sacas


Por José Roberto Marques da Costa

Os contratos futuros de café arábica ficaram praticamente estáveis nesta semana depois de atingir o menor nível em nove meses nesta sexta-feira, contaminado pelo cenário externo sem nenhum influencia dos fundamentos, com os grandes fundos de investimentos mantendo o importante piso de 145,00 cents.  A grande maioria dos analistas mencionam o motivo da queda esta sendo as chuvas no Brasil antecipando uma boa safra no próximo ano, mas envitam analisar como foi a safra brasileira deste ano e se teremos café suficiente para honrar os compromissos nos próximo 9 meses.

Históricamente, nesta época do ano, depois de boas chuvas nas regiões de café do Brasil sempre teve liquidações nos contratos de NY antecipando a uma boa produção na próxima safra. O dólar sempre foi outro fundamento que interfere nos preços em NY, durante toda a semana teve valorização chegando a ultrapassar o nível de R$ 5,20 nesta sexta-feira, com estes fundamentos pressionando fortemente os contratos, a bolsa de NY ficou estável o que está deixando os vendidos muitos preocupados. 

O mercado não está dando a devida atenção a grave situação que está passando os cafeicultores do segundo maior produtor de café arábica mundial, pelo andar da carruagem, La Niña, El Niño, briga do governo com a Fececafé, migração e a crise histórica que vive os cafeicultores, tudo indica  que as próximas safras de café da Colômbia vão pegar os investidores de "calça curta", tudo indica que a produção dos próximos 12 meses deve fica entre 9 a 9,5 milhões de sacas.

Com volume de 35.949 lotes, dezembro teve leve alta de 0,65 cents, fechando a 146,05 cents, variando de 144,45 cents, menor nível desde 12 de janeiro,  a 146,85 cents em dia considerado técnico,  não teve força para romper o primeiro suporte do dia em 144,43 cents e a primeira resistência em 146,93 cents. Na  semana onde cenário externo contamina o mercado, dezembro cai somente 0,10 cents, varia de 144,50 cents a 151,40 cents e Ptax valoriza 3,68% . Os estoques de certicados ficam estáveis em 442.222 sacas, ma semana aumentaram 277 sacas.

Segundo a agência Reuters, os operadores disseram que havia previsão de menos chuva na próxima semana para o Brasil, mas ainda havia alguns volumes e uma nova rodada de floração é esperada.  Enquanto isso, o Rabobank disse que o mercado cafeeiro está cada vez mais preocupado com a demanda depois que as importações de café verde dos EUA caíram 17,5% em julho, enquanto as importações da UE e do Reino Unido caíram 10,7%. Também pesando no café, o real está sendo negociado no menor nível em seis meses em relação ao dólar norte-americano, estimulando os exportadores brasileiros a vender, aumentando os retornos em termos de moeda local. 

Para Haroldo Bonfá, diretor da Pharos Consultoria, ainda que o grão tenha se valorizado na bolsa, a tendência ainda é de baixa para as cotações, diante de previsões de chuva para zonas cafeeiras no Brasil. “Há um otimismo, que não sei se é justificado, de uma supersafra no Brasil para o próximo ano, já que as chuvas devem ajudar no pagamento da florada nos cafezais”

O relatório da CFTC referente a 03 de outubro mostra leve alta nas posições compradas e alta nas posições vendidas dos grandes fundos, neste período a variação de dezembro passou de 150,85 cents a 148,75 cents, queda de 2,10 cents.  Os fundos aumentaram em 6.110 suas posições líquidas vendidas ( 37,5% ) e que chamou atenção foi a forte alta de 16.909 lotes das posições abertas passando para 241.419 lotes. Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 22.410 posições líquidas vendidas, sendo 32.323 posições compradas e 54.733 posições vendidas, alta de 220 lotes nas posições compradas e alta de 6.329 lotes ns posições vendidas. 

Com a exportação de setembro ficando em 3,294 milhões de sacas, queda de 10,3% ante agosto desde ano e queda de 2,7% em relação a setembro de 2022, nos três primeiros meses da safra 2023/2024 que começou em julho, as exportações de café do Brasil atingiram  cerca de 9,958 milhões de sacas, alta de 15,47% ante às 8,624 milhões de sacas no mesmo período da safra passada.  No mês de julho foram 2,991 milhões de sacas em agosto 3,673 milhões de sacas e setembro 3,294 milhões de sacas. No mesmo período de 2022, foram exportadas 2,476 milhões de sacas em julho, 2,762 milhões de agosto e 3.386 milhões de sacas em setembro. Estes números indicam média de 3,320 milhões de sacas por mês, projetando exportação de 39,840 milhões de sacas nos próximos 12 meses, cerca de 5 milhões a menos que a estimava da USDA.

O meteorologista Heriberto dos Anjos explicou o trabalho do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), do Igam, disse que atualmente vivencia-se a “virada climática”, com atuação do El Niño. Com o fenômeno atmosférico, as precipitações na região Sudeste tendem a reduzir e no Sul do país tendem a aumentar. “Mesmo que as anomalias fiquem negativas, os efeitos extremos não vão deixar de ocorrer. Esse é um grande desafio, porque as temperaturas vão continuar altas com períodos de estiagem, podendo chover, em dois dias, por exemplo, a média esperada para o mês”, disse.

O meteorologista frisou que em outubro, novembro e dezembro, as regiões Norte e Triângulo de Minas continuarão com temperaturas mais altas, acima da média, chegando aos 38°C. “Há uma grande probabilidade de ocorrência de chuvas irregulares em boa parte de Minas Gerais, com tendência de precipitações abaixo da média climatológica. Diante disso, recomendamos que os esforços de atuação preventiva sejam baseados nas normas climatológicas de chuva”, disse. “Logo na primavera, teremos aumento do calor, inclusive com possibilidade de casos significativos de queimadas devido ao tempo quente”, alertou Heriberto. 

Produção da Colômbia deve fica entre 9 a 9,5 milhões de sacas nos próximos 12 meses

Começa aparecer os motivos do silêncio da Fedecafé sobre a produção e exportação de café da Colômbia em agosto e tudo indica que deve continuar nos próximos meses. A Agnocafé vem acompanhando esta "briga" entre o governo de a Fedecafé da situação crítica dos cafeicultores daquele países. Além dos efeitos duplo climático do La Niña que começou a três anos atrás reduzindo a produção em mais de 20%, de 13,9 milhões de sacas para 10,7 milhões de sacas nos últimos 12 meses. Com aparecimento do El Niño que deve durar até março do próximo ano deve prejudicar ainda mais a produção somado a migração dos cafeicultores para outras culturas e tudo indica que a produção dos próximos 12 meses deve fica entre 9 a 9,5 milhões de sacas

A mais de 120 dias, os cafeicultores colombianos alegam que a bolsa de NY abaixo de 1,80 cents está deixando o preço de comercilização bem abaixo do custo de produção, provocando uma migração da cultura do café para o abacate e cacau. Em uma artigo publicado na semana passada, traz um números surpreende de que cerca de 60 mil famílias trocaram o café por cacau, que representa mais de 11% das 540 mil famílias que depende do café. O número da migração para o abacate não foi divulgado. No relatório da Fedecafé de julho, a produção dos últimos 12 meses estavam em 10,7 milhões de sacas. Devido aos últimos acontecimentos, a grande dúvida da Agnocafé é de quanto será a produção dos próximos 12 meses diante tanta adversidade, La Niña, El Niño, briga do governo com a Fececafé, migração e a crise histórica que vive os cafeicultores 

 Depois de um debate sobre controle político ocorrido no Congresso da República devido à crise cafeeira que se registra no país, os parlamentares do Eixo Cafeeiro e de Tolima pediram ao Governo Nacional que tome medidas "eficazes e urgentes" que beneficiar os cafeicultores. “Se o Governo Nacional não tomar medidas eficazes e urgentes, poderemos estar a ponto de testemunhar a maior mobilização cafeeira da história da Colômbia”, alertou o representante da Câmara por Risaralda, Alejandro García Ríos.

O Ministro das Finanças da Colômbia, Ricardo Bonilla, referiu-se aos diversos problemas que o setor cafeeiro enfrenta atualmente. “Os problemas da Federação hoje vêm de trás, não é gerado pela mudança de dirigente ou outra coisa, é porque há problemas acumulados”, disse Bonilla. Além disso, destacou que a união cafeeira também impactou na falência de cooperativas do setor. “A federação é a culpada pelas falências das cooperativas e é a culpada pelo fato dos cafeicultores terem perdido credibilidade no mercado de futuros”, acrescentou o ministro das Finanças.

 Em outro momento da intervenção, o ministro Bonilla destacou que a culpa é da Fedecafé por não alertar sobre alguns efeitos negativos que viriam para o setor. "Como a Federação dos Cafeicultores não conseguiu contar aos cafeicultores no que eles estavam se metendo? E simplesmente deixou que eles fizessem um contrato com um grande comprador, um especulador no mercado externo, e não avisaram, ou eles não lhes deu conselhos: “Então onde estava a capacidade técnica da federação”, criticou o responsável do Governo Petro.

"Área de plantio de café caiu no Vietnã nesta safra", diz trader

 Em uma sexta-feira muito agitado e volátil, volume de negócis em Londres chegou a 36.557 lotes, variando de US$ 2.323/t a US$ 2.377/t, e em semana de rolagens de posições, novembro acumula perda de US$ 103, variando de US$ 2.323/t a US$ 2482/t em  mercado no Vietnã permaneceu travado com ofertas e pedidos distantes, já que os compradores não estavam dispostos a igualar os prêmios oferecidos pelos vendedores, enquanto os prêmios subiram na Indonésia devido à oferta limitada, disseram traders na quinta-feira. Os vendedores no Vietnã ofereceram 5% de robusta 2 preta e quebrada com um prêmio de US$ 200 por tonelada em relação ao contrato de janeiro.

 “Nenhum comprador jamais aceitou esse preço. É muito alto”, disse um trader do cinturão do café. “O alto prêmio deveu-se ao alto preço dos contratos anteriores.”. Outro trader baseado na região disse que a área de plantio caiu nesta safra, mas a produtividade foi maior devido ao clima favorável. “A produção pode permanecer a mesma para esta época de colheita, mas a época de tempestades está a chegar e esperamos que o clima continue positivo em Novembro, quando os agricultores colhem os grãos”, disse o segundo trader a agência Reuters.

Mercado inteno

O  indicador de café do arábica da safra 22/23 da Agnocafé com 15% cata fica estável em R$ 850,00 nesta sexta-feira ( 06/10 ) e café livre a R$ 830,00. No mês teve alta de R$ 20,00, durante o ano 2023 teve queda de R$ 225,00 e em dólar fica em US$ 164,67. Peneira 17/18 pronto para embarque R$ 880,00, cereja a R$ 870,00, café certificado a R$ 860,00. O indicador para café com 10% a R$ 860,00, 20% a R$ 840,00, com 25% a R$ 830,00 com 30% a R$  820,00.  Para os café de baixa qualidade Duro/riado R$ 790,00, duro/riado/rio, R$ 760,00, rio a R$ 730,00 com 30%. Café duro para consumo a R$ 740,00 repasse de beneficiamento a R$ 760,00  e riado a R$ 720,00 e escolha fica em R$ 10,30 o quilo de aproveitamento.

O indicador de café arábica do Cepea/Esalq, referente a sexta-feira, 06 de outubro ficou em R$ 802,84, alta de 0,65% (+  R$ 5,21 ). No mês, fica com alta de 2,94% ( + R$ 22,94 ), no ano a queda chega a R$ 265,43 e em dólar fica em US$ 155,,59.  O indicador de café conilon ficou em R$ 646,44, queda de 0,80% ( - R$ 5,21 ), no mês a fica em alta de 0,17%( + R$  1,10 ) no ano o acumulado fica com queda de R$ 36,58.  Em dólar fica em US$ 125,28.

Ótimo final de semana

Comentarios

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Data: 07/10/2023 16:48 Nome do Usuário: Wellington
Comentário: Queria saber o fechamento oficial das 3 últimas safras de café no Brasil, esta tal super safra ao que vem, não existe, se chegar a 60milhões é muito, clima não está ajudando faz 3 anos.
Contrato Cotação Variação
Julho 200,75 - 5,35
Setembro 199,10 - 5,25
Dezembro 197,40 - 5,10
Contrato Cotação Variação
Julho 3.541 - 139
Setembro 3.470 - 147
Novembro 3.385 - 151
Contrato Cotação Variação
Julho 250,10 - 7,10
Setembro 240,50 - 7,80
Dezembro 236,60 - 8,55
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,0700 - 0,85
Euro 5,4570 - 0,52
Ptax 5,0668 - 0,94
  • Varginha
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1090,00
    Peneira 15/16 R$ 1250,00
    Moka R$ 1250,00
    Safra 22/23 20% R$ 1210,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1280,00
    Safra 22/23 15% R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Duro/riado/rio R$ 1100,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 1240,00
    Safra 22/23 15% R$ 1240,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Duro/Riado 15% R$ 1140,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Peneira 17/18 R$ 1280,00
    Variação R$ 1230,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Escolha kg/apro R$ 15,00
    Safra 22/23 20% R$ 1210,00
    Safra 22/23 30% R$ 1190,00
    Duro/Riado 30% R$ 1130,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Duro/riado 25% R$ 1130,00
    Rio com 20% R$ 1070,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1141,86
    Cepea Conilon R$ 970,33
    Conilon/Vietnã R$ 1451,00
    Agnocafé 22/23 R$ 1220,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1020,00
    Conilon T. 7 R$ 1012,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1005,00