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Até final da safra, USDA sobram 600 mil e Conab faltam 11,6 milhões de sacas


A informação que a economia americana criou 199 mil vagas no mês passado, após um avanço de 150 mil em outubro, segundo o relatório "payroll" do Escritório de Estatísticas Trabalhistas divulgado nesta sexta-feira jogou um "balde de água fria" nos ativos do mercado financeiro, esfriando toda a expectativa de migração destes ativos do mercado de juros par as commodities, inclusive o café arábica. Antes do anuncio março chegou a ultrapassar a primeira resistência  e operar acima de 180,00 cents com forte tendência de alta, depois na notícia, perdeu os  ganhos.  revetendo para queda, operando no patamar de 176,00 cents até o final do pregão , mas mantendo o piso "divisor de àgua" em 175,00 cents.

A aceleração do mercado de trabalho está em desacordo com relatórios recentes, que retratam um ritmo de contratações mais lento, um resultado favorável ao Fed, uma vez que ajuda a segurar a demanda e a controlar as pressões sobre os preços.  A força surpreendente apoia a intenção de autoridades de manter os juros elevados para garantir que a inflação retorne à meta.

Com o menor volume da semana, 25.035 lotes, março teve leve queda de 0,35 cents fechando a 177,15 cents, variando de 176,25 cents a 180,55 cents, rompendo a primeira resistência do dia em 179,42 cents antes do relatório "payroll". Na semana acumula perda de 7,20 cents, variando de 175,80 cents a 185,70 cents. Os  estoques de certificados ficam estáveis em 234.699 sacas nesta sexta-feira , tem 24.608 sacas esperado certificação

 Os negociantes em NY disseram que os problemas climáticos no Brasil têm prejudicado tanto as flores quanto os frutos dos cafeeiros, levantando dúvidas sobre as previsões de uma safra abundante nesta temporada, mas o mercado está esquecendo se no Brasil haverá estoques  suficientes para cumprir seus compromissos para exportação e no mercado interno até a entrada da próxima safra. Esta dúvida deve deixar o mercado fortemente volátil nos próximos meses, diante desta quadro, os próximos meses será bem difícil para os "vendidos"

Segundo Eduardo Carvalhaes, os seguidos problemas climáticos afetando a produção de café em todos os principais países produtores, e sem estoques remanescentes, praticamente zerados, tanto nos países produtores como nos consumidores, notícias e informações que chegam diariamente ao mercado, são usadas por fundos e especuladores para esse “sobe e desce” que só interessa a eles. " Pelas razões acima, as cotações do café, em Nova Iorque e em Londres, continuarão apresentando fortes oscilações" acrescentou.

Ainda não caiu a ficha para o mercado das perda de produção do ES e BA devido a forte estiagem, Segundo fontes obtidas pela Agnocafé, no estado do Espírito Santo a queda da produção de café pode chegar a 5 milhões de sacas, que representa queda de mais de 30% e na Bahia a perda deve atingir 1 milhão de sacas, o acumulo dos dois estados chegam a perda de 6 milhões de sacas.    

Dois estados brasileiros produtores de café que produzem em média 19,6 milhões de sacas, estão enfrentando uma das piores estiagem das últimas décadas e deve refletir queda produtividade do próxima safra devido a falta de chuva numa época importante para o desenvolvimento dos grãos.
Segundo várias fontes nesta quinta-feira obtidas pela Agnocafé, no estado do Espírito Santo, devido escassez, a queda da produção de café pode chegar a 5 milhões de sacas, que representa queda de mais de 30% e na Bahia a perda deve atingir 1 milhão de sacas, o acumulo dos dois estados chegam a perda de 6 milhões de sacas.  

O Espírito Santo, onde o rio São José que passa por São Gabriel da Palha está praticamente seco, a vazão do rio São Mateus somente 2% e Rio Doce, um doa princiais do estado, a vazão caiu para  12% nesta sexta-feira, o governador decretou na sexta-feira estado de alerta devido a escassez, produz cerca de 16 milhões de sacas, sendo 11,2 milhões de conilon.  O Governo do Espírito Santo, por meio da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), decretou estado de alerta devido à falta de chuva e escassez de água. O diretor-presidente Agerh, Fábio Ahnert, avaliou que o Estado está enfrentando um momento atípico, pois o período de chuvas já devia ter chegado e a situação é consequência das mudanças climáticas acentuadas pelo El Nino. 

A Bahia que está enfrentando a forte estiagem  produz em 3,6 a 4 milhões de sacas tem enfrentado, nos últimos meses, uma seca prolongada que já deixa 147 municípios em situação de emergência, com mais de 1,8 milhão de pessoas afetadas. Segundo informou o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o estado tem experimentado a maior estiagem desde a década de 1980. 

O relatório da CFTC divulgado ontem, referente a 05 de dezembro mostra alta nas posições  compradas e queda nas posições vendidas dos grandes fundos, neste período a variação de dezembro passou de 173,10 cents a 183,75 cents, alta de 10,60 cents. Os dados mostram alta de 22,5% ( 3.032 lotes) nas posições líquidas compradas dos grande fundos e forte alta nas  posições abertas passando 228.056 lotes para 251.225 lotes. Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 16.482 posições líquidas compradas sendo 44.265 posições compradas, alta de 1.515 lotes, e 27.783 posições vendidas, queda de 1.518 lotes. 

Nos primeiros cinco meses da atual safra brasileira já foram consumidas 27,6 milhões de sacas, uma média de 5,52 milhões de sacas, continuando neste ritmo, até o final da safra, exportação e consumo interno, devem devorar 66,24 milhões de sacas. Fazendo as contas da produção dos dois extremos, da USDA de 66,3 milhões de sacas devem sobrar somente 600 mil sacas e de 54,7 da Conab devem faltar 11,6 milhões de sacas

Nos cinco primeiros mês da safra 2023/2024 que começou em julho, as exportações de café do Brasil atingiram 18,6 milhões de sacas,  no mês de julho foram 2,991 milhões de sacas em agosto 3,673 milhões de sacas, setembro 3,294 milhões de sacas, outubro 4,356 milhões de sacas e novembro 4,292 milhões de sacas, informações da Cecafé.

O consumo de café no Brasil deve alcançar 21,6 milhões de sacas ao fim deste ano, um aumento de 1,1% em relação a 2022, uma média de 1,8 milhões de sacas por mês, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Nos primeiros cinco meses da safra 2023/2024 foram consumidas no mercado interno cerca de 9 milhões de sacas.

A safra brasileira de café deste ano foi estimada nesta quinta-feira (7) em 56,3 milhões de sacas aumento de 7,6% ante 2022, de acordo com levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que fez leve ajuste na produção já colhida. Para o café arábica, a produção estimada foi de 38,9 milhões de sacas, alta de 14,7% em relação ao ano passado. Para o conilon, a estimativa da produção foi de 17,4 milhões de sacas, acréscimo de 2,2% em relação ao mês anterior e declínio de 5,5% em relação a 2022.

De acordo com Leonardo Rossetti, analista de mercado da StoneX, a valorização do café nas últimas semanas levaram os preços internos ao maior valor em seis meses. Esse cenário motivou algumas vendas futuras na bolsa. As cotações apoiaram-se também no volume de cafés certificados em Nova York, que estão nos níveis mais baixos em mais de 24 anos, e ao que tudo indica não devem se recuperar no curto prazo. “Esse mês foi implementada uma nova regra para certificação de café, que deve limitar a entrada de produto, reduzindo ainda mais a disponibilidade”, afirma Rossetti.

Agentes também especulam sobre o tamanho da safra no Brasil em 2023/24. Segundo o analista da StoneX, ainda há um otimismo com o volume de produção, cenário que deve manter o sobe e desce dos preços em Nova York. “A expectativa ainda é positiva para a próxima safra, mesmo com alguns relatos de impactos na florada. Pode ser a maior safra em três anos após o fim do La Niña. Assim, é difícil imaginar um déficit de oferta muito grande. Com isso não há justificativa para uma disparada de preços tão grande”, destaca.

A demanda por café na União Europeia (UE) está enfrentando um cenário desafiador, conforme os estoques atingem mínimas históricas, revela a análise da hEDGEpoint Global Markets. Os dados de setembro e outubro apontam que os estoques de café na região estão atualmente 5 milhões de sacas abaixo da média, cobrindo apenas 18% da demanda anual, em comparação com 31% em outubro de 2022. Esta redução é parcialmente atribuída à diminuição nas importações e a uma menor relação estoque/uso.

A UE importou 45,6 milhões de sacas no ano agrícola de outubro a setembro, uma queda de 7% em relação ao ciclo anterior. Surpreendentemente, apesar das importações mais baixas, os estoques diminuíram em 40%, indicando uma demanda crescente da indústria. A hEDGEpoint sugere que a demanda dos torrefadores pode ser 5% maior do que as estimativas iniciais, atingindo 46,4 milhões de sacas.

Natália Gandolphi, analista de café da hEDGEpoint, destaca que a queda nos estoques não pode ser totalmente explicada pelas importações mais baixas. Ela observa que, além de uma possível maior demanda de torrefadores, dinâmicas internas, como regulamentações anti-desmatamento, podem estar impactando o mercado de café na União Europeia.

Estoques em armazéns alfandegários noVietnã caíram 35,4 % para 1,150 milhões de sacas

Os preços do café no Vietnã subiram esta semana devido à maior procura e à oferta limitada, uma vez que a colheita ainda não atingiu o seu pico, enquanto na Indonésia os prêmios permaneceram inalterados desde a semana passada, no final da época de colheita, disseram traders na quinta-feira.  “A produção deste ano foi prevista ser 10% menor que a do ano anterior. Isso contribui para o aumento dos preços”, disse um trader baseado no cinturão do café.

Os exportadores do país tentaram comprar grandes volumes a preços baratos nas últimas semanas, mas a verdade, falharam completamente. O potencial de quebra de contratos na cadeia de abastecimento de café do Vietnã, mesmo no início da colheita, é agora uma séria preocupação entre os comerciantes de café do país, enquanto os compradores continuarem a lutar agressivamente para obter café a qualquer preço.

Os estoques em armazéns alfandegários e não alfandegários perto da cidade de Ho Chi Minh caíram para 68.920 toneladas ( 1,150 milhões de sacas ), 35,4% menos anualmente, conforme relatado pela Cafecontrol. O Gabinete Geral de Estatísticas do Vietnã  estima que as exportações de café em novembro tenham atingido cerca de 80 mil toneladas ( 1,332 milhões de sacas ), menos 37,93% que no mesmo período do ano passado, elevando as exportações nos primeiros 11 meses do ano para 1,34 milhões de toneladas ( 22,324 milhões de sacas).

De acordo com Pranoto Soenarto, vice-diretor da Associação dos Exportadores e Indústrias de Café da Indonésia, a produção de café no país, o quarto maior produtor mundial, deverá diminuir para 700 mil toneladas ( 11,662 milhões de sacas ) em 2024, ante 750 mil toneladas inicialmente estimadas devido ao clima excessivamente quente com condições climáticas e de seca em muitas das áreas produtoras.

Para efeito de comparação, a produção em 2022 foi de 790 mil toneladas ( 13,166 milhões de sacas ), das quais robusta representou 71%. A produção de Robusta continua a cair enquanto a produção de Arábica aumenta. A área total cafeeira é estimada em 1,1 milhão de hectares. As exportações de 2023 estão caindo devido à diminuição da produção, aos preços internos mais elevados e às barreiras tarifárias para o café instantâneo.  O consumo interno foi de cerca de 360.000 toneladas por ano ( 6 milhões de sacas ) entre 2022 e 2023 e está a crescer graças a um número crescente de jovens consumidores de café.

O USDA informou que a Etiópia, quinta maior safra mundial de café e o maior produtor da África, produzirá cerca de 8,35 milhões de sacas no atual ano cafeeiro, de outubro de 2023 a setembro de 2024. Este número é de 80.000 sacas ou 0,97% a mais do que na colheita anterior.  Com base nesta colheita e dado que o país tem um consumo interno que o USDA estima em aproximadamente 3,50 milhões de sacas por ano, as exportações de café da Etiópia no atual ano cafeeiro deverão ser de aproximadamente 4,82 milhões de sacas, em paridade com os dados do ano anterior.  As condições climáticas na Etiópia melhoraram nas zonas de cultivo, o que aliviaria parcialmente as preocupações sobre o impacto das chuvas fora de época na qualidade final dos grãos.

Mercado interno

O indicador de café do arábica da safra 22/23 da Agnocafé com 15% cata fica estável em  R$ 970,00 nesta sexta-feira ( 08/12 ) e café livre a R$ 950,00. No mês fica com queda de R$ 40,00, durante o ano 2023 teve queda de R$ 105,00 e em dólar fica em US$ 196.79.

Peneira 17/18 pronto para embarque R$ 1.050,00, cereja a R$ 1.010,00, café certificado a R$ 1000,00. O indicador para café com 10% a R$ 980,00, 20% a R$ 960,00, com 25% a R$ 950,00 com 30% a R$ 940,00.

Para os café de baixa qualidade Duro/riado R$ 880,00, duro/riado/rio, R$ 860,00, rio a R$ 820,00 com 15%. Café duro para consumo a R$ 810,00 repasse de beneficiamento a R$ 840,00  e riado a R$ 780,00 e escolha fica em R$ 10,50 o quilo de aproveitamento

Ótimo final de semana

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Contrato Cotação Variação
Julho 197,50 + 0,90
Setembro 196,25 + 0,85
Dezembro 195,00 + 0,75
Contrato Cotação Variação
Julho 3.414 + 36
Setembro 3.338 + 33
Novembro 3.259 + 33
Contrato Cotação Variação
Julho 245,85 + 1,20
Setembro 239,50 + 1,85
Dezembro 234,60 + 2,20
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,0910 + 0,47
Euro 5,4700 + 0,36
Ptax 5,0887 + 0,55
  • Varginha
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1070,00
    Moka R$ 1240,00
    Safra 23/24 20% R$ 1200,00
    Peneira 15/16 R$ 1240,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1090,00
    Peneira 17/18 R$ 1270,00
    Safra 23/24 15% R$ 1210,00
    Safra 23/24 25% R$ 1190,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Safra 23/24 25% R$ 1190,00
    Duro/Riado 15% R$ 1130,00
    Cereja 20% R$ 1230,00
    Safra 23/24 15% R$ 1210,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1270,00
    Variação R$ 1230,00
    Safra 23/24 15% R$ 1210,00
    Safra 23/24 25% R$ 1190,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Duro/Riado 30% R$ 1110,00
    Escolha kg/apro R$ 15,00
    Safra 23/24 20% R$ 1200,00
    Safra 23/24 30% R$ 1180,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Duro/riado 25% R$ 1120,00
    Rio com 20% R$ 1060,00
    Safra 23/24 15% R$ 1210,00
    Safra 23/24 25% R$ 1190,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Conilon/Vietnã R$ 1200,00
    Cepea Arábica R$ 1096,61
    Cepea Conilon R$ 902,22
    Agnocafé 23/24 R$ 1210,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 930,00
    Conilon T. 7 R$ 922,00
    Conilon T. 7/8 R$ 915,00