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Posições compradas dos grandes fundos no maior nível dos úlltimos 21 meses


Por José Roberto Marques da Costa

Em mercado totalmente climático a várias semanas, com "tubarões" sentindo cheiro de sangue com  a previsão de que o "Super El Niño" deverá perder sua intensidade somente no fim do verão ( daqui a três  meses) que deve interferir negatiamente na próximas safras de café, está incentivando mais compras podendo  ultrapassar o novo "divisor de água" em 196,00 cents,  romper o nível  de 200,00 cents na busca de níveis acima  205,00 cents no curto prazo.

 Nesta semana,  Londres, os contratos de janeiro romperam US$ 3.200 a tonelada com forte escassez no curto e médio prazo com frustação das safras do conilon nos três principais produtores mundiais, Vietnã  devido invasão de outras culturas em áreas de café (  vírus durian ),  Brasil a seca prolongada no estado do Espírito Santo e a Indonésia com o fenômeno El Niño, com forte rumores no mercado de que os cafeicultores do Vietnã não estão honrando os contratos vendidos anteriormente a preços baixos, média de R$.693,00 a sacas, e nesta semana foram negociados  R$ 840,00 a saca.

Na terça-feira forte compras dos "tubarões" rompeu facilmente o  "divisor de água" em 196,00 cents, entrando um forte canal de alta onde foram acionados vários stops de compras levando acima de 203,00 cents, maior nível dos últimos 8 meses na terça-feira.Na quarta-feira, o mercado devolveu os ganhos voltando para o nível de 190,00 cents a 193,00 cents. Com os fundos defendendo suas posições compradas nos dois últimos pregões, o volume de negócios desta sexta-feira ficou bem abaixo da média dos últimos pregões, 23.963 lotes, março teve queda de 0,90 cents fechando a 192,80 cents, variando de 189,20 cents a 194,20 cents, não tendo força para buscar o primeiro suporte em 188,97 cents e a primeira resistência em 197,82 cents, acumulando na semana alta de 5,50 cents. Os  estoques de certificados ficaram estáveis em 247.912 sacas, com 28.868 sacas esperado certificação

Na terceira semana de novembro, a grande "briga" para os vendidos estava na importante resistência de 175,00 cents, na qual a Agnocafé fez uma referencia com "divisor de água" com preços variando a semana 166,40 cents a 176,35 cents quando acendeu a "luz vermelha" para os "vendidos", que conseguiram  impedir durante vários pregões segurar abaixo de 175,00 cents.

Depois de 30 dias, a "briga" continua, mas em outro patamar, agora na importante resistência de 196,00 cents. Até o pregão de segunda-feira a máxima foi de 194,40 cents chegando a romper a resistência de 193,00 cents, mas fechou 191,10 cents, no rally de terça-feira, além de romper 193,00 cents, ultrapassou a resistência de 196,00 cents chegando a 203,90 cents e fechando 202,40 cents, abrindo um gap para maiores altas, deixando o mercado sobrecomprado. Na forte realização de qaurta-feira, onde foi devolvido os ganhos do dia anterior, o nível de 196,00 cents que foi facilmente rompido, chegando a 190,60 cents.

No pregão de quinta-feira e sexta-feira, a forte  pressão dos vendidos que levou abaixo de 190,00 cents, mas os grandes fundos com mais de 48 mil lotes comprados começaram a se defender que fez  retornar novamente acima 193,00 cents e o "divisor de água" em 196,00 cents fazendo a máxima de 197,40 cents na quinta. Na sexta-feira, novamente pressão de vendidos levando o pregão a operar grande parte do dia entre 191,00 cents e 192,30 cents, mas sem força para levar abaixo de 190,00 cents, perto do final coberturas levaram a fechar próximo a 193,00 cents.

Caso não tenha nenhuma interferência externa e  com a continuidade da fraqueza do dólar que deixa as commodities com preços mais "barato",  o "divisor de água" deve ser testando novamente, podendo romper a máxima na próxima semana. Com a continuidade da "Aversão Climática" tudo indica que teve ultrapassar o nível de 200 cents, depois 202,50 cents com objetivo de busca de 208,60 cents. Mas antes "briga" dos vendidos devem continuar. Os três suportes estão em 189,02 cents, 187,03 cents e 184,87 cents e as resistências em 194,97 cents, 197,13 cents e 200,02 cents.

O relatório da CFTC divulgado na sexta-feira, referente a 19 de dezembro mostra  forte alta nas posições  compradas, maior nível dos úlltimos 21 meses e leve queda nas posições vendidas dos grandes fundos e forte aumento de 24 mil lotes de contratos abertos, neste período a variação de dezembro passou de 185,25 cents a 202,40 cents, alta de 17,15 cents. Pelos dados da CFTC (Commodity Futures Trading Commission) mostram alta de 47,7% ( 7.731 lotes) nas posições líquidas compradas dos grande fundos As posições futuras dos grandes fundos passaram para 23.945 posições líquidas compradas, sendo 48.749 posições compradas, alta de 6.545 lotes e  24.945 posições vendidas, queda de 1.045 lotes.

A 60 dias atrás, os grandes fundos estavam com 31.275 posições compradas ( + 56% ) e a 30 dias estavam em 40.178 posições compradas ( + 21% ). No dia 19 de dezembro, a posição comprada dos grandes fundos, está no maior nível desde 08 de março de 2022, quando estava possuíam 33.740 posições líquidas compradas, sendo 44.040 posições compradas e 10.300 posições vendidas. No ano passado, o maior nível foi em fevereiro, ultrapassando recorde dos últimos 16 anos ( fevereiro de 2006 ), quando chegou a 61.113 posições compradas. 

A grande maioria dos analistas de mercado estão focado na próxima safra do Brasil, com os representes do vendidos estimando safras entre 171 a 174 milhões, que tomaram ontem um "ducha" de água fria do USDA,  estão esquecendo de um detalhe importante, com o  apetite insaciável do mercado internacional pelo café brasileiro, será que o pais terá café suficiente para chegar até a próxima safra. O mercado continua instável, totalmente climático e agora com o USDA jogando mais combustível, os últimos pregões de 2023 promete ser de grandes emoções.  

O volume de café disponível no mundo no final da temporada 2023/24 (que vai de outubro a setembro) será o menor dos últimos 12 anos, já que se projeta que a produção esteja próxima da plena utilização, estimou quarta-feira. Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No seu relatório semestral sobre os mercados e comércio mundiais de café, o USDA projetou a produção global para 2023/24 em 171,4 milhões de sacas, enquanto o consumo foi estimado num recorde de 169,5 milhões de sacas.  A agência dos EUA projetou estoques finais em 26,5 milhões de sacas queda de 5,3 milhões de sacas ante uma estimativa de junho de 31,8 milhões de sacas, o menor valor desde a campanha 2011/12.

“Espera-se que uma maior produção no Brasil, na Colômbia e na Etiópia mais do que compense o declínio da produção na Indonésia”, afirmou o USDA, acrescentando que as exportações globais de café em grão deverão aumentar em 8,4 milhões de sacas por ano para 119,9 milhões, graças a fortes remessas do Brasil. Apesar da difícil situação de abastecimento global, o relatório destacou a queda de 2,6 milhões de sacas ante a temperada passada nas importações provenientes da União Europeia, a maior região consumidora do mundo.  A UE importou mais do Vietnã e menos do Brasil, indicando uma tendência entre os torrefadores de utilizarem mais grãos da variedade robusta. Entre os maiores produtores em 2023/24, o USDA considera que o Brasil produzirá 66,3 milhões de sacas (+ 3,7 milhões ), o Vietnã com 27,5 milhões de sacas (+ 300 mil sacas ) e a Colômbia com 11,5 milhões de sacas (+ 800 mil sacas). A produção da Indonésia foi projetada em 9,7 milhões de sacas (- 2,2 milhões de sacas), enquanto a da Índia ficou estável em 6 milhões de sacas.

Segundo os dados da Cecafé,  até dia 22 de dezembro, os embarques brasileiros do mês totalizaram 2.459.033 sacas, queda de 15,8% com uma média diária de 111.177 sacas, sendo 1.987.015 sacas de café arábica, 288.194 sacas de café conillon e 183.824 sacas de café solúvel. Os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em dezembro totalizavam 3.030.719 sacas, queda de 13%, sendo 2.359.194 sacas de arábica, 479.682 sacas de conillon e 196.843 sacas de solúvel. Pela projeção dos embarques diários, em dezembro devem ser exportadas 4,025 milhões de sacas, nos seis primeiros meses da safra 2023/24, totalizam 22,800 milhões de sacas exportada, média mensal de 3,8 milhões de sacas, somando ao consumo mensal de 1,8 milhões de sacas, que representa 10,8 milhões de sacas, já foram consumidas 33,6 milhões de sacas. 

Em seu artigo desta semana, Eduardo Carvalhães escreve que não foi possível saber ao certo o que aconteceu nessas duas horas de pregão em Nova Iorque e Londres. Circularam informações no mercado, não confirmadas, atribuindo a explosiva alta, à liquidação de posição de um fundo, ou de um trader. "Os estoques de café, que chegaram a volumes criticamente baixos, os menores em muitas dezenas de anos, tanto nos países produtores como nos consumidores; o consumo em alta, com a chegada de novos consumidores em todo o mundo, especialmente nos países asiáticos; a aproximação do inverno no hemisfério norte, quando o consumo cresce, e a insegurança com os seguidos problemas climáticos severos - que devem continuar em 2025 – enfrentados por todos os principais países produtores de café ao redor do mundo, desorientam os operadores do mercado de café e dificultam os negócios.

Preços internos disparam no Vietnã com os cafeicultores atrasando as vendas

Segundo a Reuters, os preços domésticos do café no Vietnã subiram nesta, em comparação com a semana passada, à medida que a oferta diminuiu depois de os agricultores se terem abstido de vender o grão na esperança de que os preços subissem ainda mais, disseram traders.Agricultores nas terras altas centrais, a maior área de cultivo de café do Vietnã, vendiam grãos US$ 2,86-US$ 2,89 por kg ( R$ 824 a R$ 842  a saca ). "Os preços internos atingiram um máximo histórico esta semana, mas o comércio não está robusto porque os agricultores não estão a vender. Os grãos são escassos", disse um comerciante baseado na cintura do café.

Segundo o comerciante, antes da colheita, alguns agricultores fizeram acordos para vender grãos novos a US$ 2,28 por kg ( R$ 693 ). “Os preços subiram significativamente desde então, forçando alguns a atrasar as entregas de contratos selados”, disse o comerciante, acrescentando que os agricultores terminaram de colher os grãos e os estavam secando. Outro trader disse que o preço mais alto esta semana estava em linha com o aumento no terminal de Londres devido à interrupção do transporte marítimo através do Canal de Suez.

Os traders ofereceram 5% de robusta 2 preta e quebrada COFVN-G25-SAI a uma faixa premium de US$ 60 a US$ 70 para o contrato de março, acima da faixa premium de US$ 40 a US$ 60 da semana passada. Outro trader citou um prêmio de US$ 160 no contrato de janeiro. Na Indonésia, os grãos de café robusta Sumatra foram oferecidos esta semana com um prêmio de US$ 540 a US$ 550 em relação ao contrato de janeiro a fevereiro, inalterado em relação à semana passada. O preço está se ajustando à volatilidade no terminal de preços de Londres e ao estoque esgotado, disse um trader.​

Mercado

O indicador de café do arábica da safra 22/23 da Agnocafé com 15% cata fica estável em  R$ 1.070,00, nesta sexta-feira ( 22/12 ) e café livre a R$ 1.040,00. No mês acumula alta de R$ 60,00, durante o ano 2023 teve queda de R$ 05,00 e em dólar fica em US$ 220,48.

Café moka R$ 1.130,00, peneira 17/18 pronto para embarque R$ 1.140,00, cereja a R$ 1.110,00, café certificado a R$ 1090,00. O indicador para café com 10% a R$ 1.080,00, 20% a R$ 1.060,00, com 25% a R$ 1.050,00 com 30% a R$ 1.070,00.

Para os café de baixa qualidade Duro/riado R$ 970,00, duro/riado/rio, R$ 920,00, rio a R$ 880,00 com 15%. Café duro para consumo a R$ 870,00 repasse de beneficiamento a R$ 900,00  e riado a R$ 840,00 e escolha fica em R$ 11,00 o quilo de aproveitamento.

Feliz Natal e um ótima semana

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Contrato Cotação Variação
Julho 209,20 - 6,80
Setembro2 207,65 - 6,40
Dezembro 205,80 - 6,20
Contrato Cotação Variação
Julho 3.818 - 160
Setembro 3.768 - 150
Novembro 3.677 - 135
Contrato Cotação Variação
Julho 271,75 0
Setembro 253,50 - 6,80
Dezembro 255,80 0
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,1480 - 0,86
Euro 5,5110 - 0,56
Ptax 5,1718 0
  • Varginha
    Descrição Valor
    Moka R$ 1340,00
    Safra 22/23 20% R$ 1300,00
    Peneira 15/16 R$ 1350,00
    Duro/riado/rio R$ 1180,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1370,00
    Safra 22/23 15% R$ 1310,00
    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Duro/riado/rio R$ 1170,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 1330,00
    Safra 22/23 15% R$ 1310,00
    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Duro/Riado 15% R$ 1210,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1310,00
    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Peneira 17/18 R$ 1370,00
    Variação R$ 1320,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 22/23 20% R$ 1300,00
    Safra 22/23 30% R$ 1280,00
    Duro/Riado 30% R$ 1200,00
    Escolha kg/apro R$ 15,50
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1310,00
    Safra 22/23 25% R$ 1290,00
    Duro/riado 25% R$ 1200,00
    Rio com 20% R$ 1140,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1247,84
    Cepea Conilon R$ 1134,67
    Conilon/Vietnã R$ 1658,53
    Agnocafé 22/23 R$ 1310,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 7/8 R$ 1147,00
    Conilon T. 6 R$ 1162,00
    Conilon T. 7 R$ 1154,00