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"Bingo", os vendidos conseguiram acordar os grandes "tubarões"


Por José Roberto Marques da Costa

Com volume de 38.133 lotes, março teve alta de 5,20 cents fechando a 185,15 cents, variando de 181,65 cents a 186,10 cents, rompendo duas resistências do dia em 183,02 cents e 186,08 cents, mas não tendo força para se manter no "divisor de água" em 186,00 cents, nível onde os vendidos lutando a mais de 15 dias para não ultrapassar  para manter o controle. Na semana acumulou alta de 5,20 cents e no últimos dois pregões teve variação de 10,60 cents. Os estoques de certificados diminuíram 10.072 sacas para 253.109 sacas, na semana teve queda de 8.338 sacas e tem cerca de 39.062 sacas esperando certificação 

A briga dos vendidos defendendo o nível de 186,00 cents já dura mais de mais de 15 dias, na semana passada, março fechou em 180,00 cents, variando de 182,05 cents ( menor nível desde 12/12 ) a 187,95 cents, nesta semana fechou a 185,15 cents, variando de 175,55 cents ( menor nível desde 06/12 ) a 187,10 cents. Como mencionei nas últimas análises, quando março rompe a resistência de 186,00 cents, os vendidos entram na ponta vendedora e levam para nível próximo a 180,00 cents. Com vários fundamentos positivos, agora com a entrada do La Niña em junho, eles estão prorrogando e segurando abaixo de 186,00 cents o máximo que podem, sabendo que os grandes fundos de continuando aumentando suas posições compradas, já devem ter ultrapassado 53 mil lotes e para piorar estão diminuindo fortemente suas posições vendidas.

No pregão de quinta-feira, em uma tentativa arriscada, os vendidos tentaram romper o nível de junho do ano passado em 175 cents, onde os grandes "tubarões" que estavam esperando o momento ideal para retornar ao mercado do café arábica. O vencimento das opções de março que vence na segunda semana de fevereiro também teve um peso nesta estratégica de muito risco. "Bingo", os vendidos conseguiram acordar estes grandes "tubarões" quando março rompeu o nível de 176,00 cents chegando a 175,55 cents, eles entraram no "jogo" novamente, deixando o mercado ainda mais volátil no pregão de quinta e sexta-feira, variando 10,60 cents e fechando próximo 186,00 cents com continuidade da volatilidade nas próximas semanas 

O que aconteceu no pregão de quinta foi um repeteco da segunda semana de outubro do ano passado, quando os vendidos tentaram levar o mercado abaixo de 145,00 cents, que provocou uma reviravolta com entrada dos grandes "tubarões", depois de semanas, rompeu 155,00 cents, 165 cents e 175,00 cents. Naquela época o relatório traders mostrava os grandes fundos com 24.406 lotes líquidos vendidos, sendo 31.312 lotes comprdos e 55.7128 vendidos.  

O relatório da CFTC referente a 16 de janeiro mostra alta nas posições compradas ( + 786 lotes), maior nível em 20 meses e novamente forte queda nas posições vendidas ( - 3.288 lotes ) dos grandes fundos, neste período a variação de dezembro passou de 184,10 cents a 185,25 cents, alta de 1,015 cents. Os dados mostram alta de 16,18% ( 4.074 lotes) nas posições líquidas compradas dos grande fundos.  Segundo os números apresentados, os grandes fundos possuíam 29.253 posições líquidas compradas sendo 49.136 posições compradas e 19.883 posições vendidas. Nas duas últimas semanas, os grandes fundos  tiveram leve alta nas posições compradas de 368 posições e forte queda 6.329 lotes suas posições vendidas mais de 25%.

Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil),  até dia 19 de janeiro, os embarques brasileiros do mês totalizaram 1.920.309 sacas ( média diária de 101.053 sacas ), queda de 10,3%, sendo 1.6276.903 sacas de café arábica, 157.448 sacas de café conillon e 135.958 sacas de café solúvel. Pela projeção dos embarques diária da Cecafé, indica exportação de 3,6 milhões de sacas em janeiro

Nos primeiros seis meses e meio da atual safra brasileira, ou seja, até 15 de janeiro foram consumidas 36 milhões de sacas, uma média de 5,54 milhões de sacas. Continuando nesse ritmo, até o final da safra, a exportação e o consumo interno devem devorar 66,51 milhões de sacas. Com estoques remanescente  praticamente zerados, fazendo as contas com  a safra de 60 milhões de sacas, média USDA e Conab, se chega a números surpreendentes. Com o consumo de 36 milhões de sacas, até 15 de janeiro, restam apenas 24 milhões de sacas até a entrada na nova safra. Desse total, 10 milhões deve ser consumidas no mercado interno, sobrando apenas 14 milhões para exportação nos próximo cinco meses e meio de 2024, uma média de 2,5 milhões de sacas por mês.

A safra brasileira de café em 2024 deve alcançar 58,08 milhões de sacas, aumento de 5,5% em comparação com o ano anterior. Do total estimado para 2024, a produção de arábica está prevista em 40,75 milhões de sacas, aumento de 4,7% em comparação com 2023. Já a safra de conilon (robusta) está projetada em 17,33 milhões de sacas, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu primeiro levantamento do ano sobre a cultura, divulgado nesta quinta-feira.

Segundo Eduardo Carvalhaes, o eventos climáticos extremos se sucedendo em todo o mundo, em intervalos menores a cada ano, é cedo para termos uma ideia mais precisa do tamanho das perdas nas safras brasileiras de café 2024 e 2025. Segundo informações de pesquisadores, uma previsão de safra antes de março é muito prematuro, os cafezais estão sob um forte estresse climático durante longo período, o maior período das últimas décadas e nenhuma pesquisador brasileiro tem conhecimento de como será a reação das plantas diante deste clima hostil durante vários meses. . 

Os cafeicultores já dão como certa a redução na safra em relação à anterior. Em Minas Gerais, maior produtor de café arábica do País, as floradas foram antecipadas e os grãos estão sem uniformidade e em menor volume. “Quando o calor passa de 30 graus, a planta diminui a fotossíntese, reduz o desenvolvimento e emite uma florada irregular e não há uma granação uniforme”, disse o produtor Francisco Sérgio de Assis, presidente da Cooperativa de Cafeicultores do Cerrado de Monte Carmelo.

Os cafezais da região emitiram a florada em outubro, após uma sequência de dias de muito calor. “Agora é a fase de emissão dos chumbinhos (grãos pequenos), mas as rosetas de café estão ficando banguelas, ou seja, onde era para ter 20 chumbinhos têm apenas 6. As folhas ficaram escaldadas pelo calor e algumas amarelaram, reduzindo a fotossíntese. Tem feito muito calor e as plantas não estão preparadas para isso. Às 10 da manhã, com o tempo nublado, a temperatura está em 32 graus”, disse.

Segundo Leonardo Rossetti, no médio prazo, as previsões climáticas podem dar um direcionamento de alta para o café em Nova York. Nesta sexta-feira, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), disse que há chances de 65% do fenômeno La Niña acontecer no começo do inverno. “Isso preocupa os investidores, pois até então se esperava um clima neutro para o segundo semestre. Além disso, o mercado do café ficou marcado pelos impactos do La Niña nos últimos três anos”, ressalta o analista.

De acordo com Nadiara Pereira, meteorologista da Climatempo, o inverno deste ano será marcado por frentes frias mais acentuadas por influência do resfriamento do oceano Pacífico equatorial ocasionado pelo fenômeno climático La Niña.“Ainda teremos um final de verão e outono mais quentes que o normal, pois a atmosfera segue aquecida pelo El Niño, mas a tendência é que ele perca força para entrarmos em uma fase de neutralidade climática”, esclarece a meteorologista.

Desirée Brandt, Meteorologista Sócia Executiva da Nottus, diz que o inverno de 2024 não será rigoroso. Porém, as movimentações das massas de ar polar, que serão influenciadas pela neutralidade do início da estação, podem indicar um risco, principalmente para a agricultura. “ A frequência não é tão alta nesta fase, mas faz com que o centro dessas áreas de alta pressão avancem pelo continente. Isso é perigoso, porque oferece maior potencial para queda acentuada da temperatura e formação de geadas”, afirma Brandt.

O fim do El Niño não significa fim dos extremos climáticos que marcaram os últimos meses. De acordo com a meteorologista Estael Sias, do Met Sul, é possível que os meses de agosto e setembro sejam marcados por episódios de chuva extrema, vendaval, geada e neve. Mesmo com o resfriamento dos oceanos, as altas temperaturas ainda deverão predominar. “O ano será muito quente, com temperatura acima da média no Brasil, especialmente no Centro-Oeste e no Sudeste”, finaliza a MetSul, que levanta a possibilidade de 2024 quebrar o recorde anterior, se tornando o ano mais quente da história.

Cafeicultores do Vietnã lucram com preços recordes do café

Os agricultores das Terras Altas Centrais, a maior região produtora de café do Vietnã, tiveram um ano lucrativo, com os rendimentos do café a ultrapassarem os da agricultura de arroz em 2 a 4 vezes, impulsionados pelos preços recordes dos grãos de café. O preço do café subiu para  2.885 a 2.893 dólares por tonelada ( R$ 853 a R$ 861 a saca de 60 quilos).

 A cafeicultora Hai, da província de Kon Tum, vendeu seis toneladas de grãos de café, um aumento de 80% em relação ao ano anterior. “Tinha planeado vender durante o Tet (Ano Novo Lunar) em Fevereiro, mas o preço oferecido levou-me a vender mais cedo”, explicou ela. Da mesma forma, Lan, uma produtora de café da província de Gia Lai, vendeu os seus grãos. “Fiquei surpresa que os preços permaneceram elevados durante a época de colheita”, disse ela. Os Departamentos de Agricultura e Desenvolvimento Rural destas províncias relatam que estes preços elevados renderam lucros de 50% a 60% por hectare em relação à última época. 

Atualmente, o consumo anual de grãos de café da China é de 5 milhões de sacas

Em um café de 25 metros quadrados sem mesas internas no Mercado Sanyuanli, no leste de Beijing, na China, Mingming, 27 anos, fez um pedido de café Omakase feito à mão com uma seleção diversificada de grãos. "Ouvi dizer que é como um 'banquete de grãos de café'", disse Mingming enquanto esperava ansiosamente ao lado de uma multidão de clientes na loja em um dia frio de inverno.

Preparação, porcionamento... grãos de café com sabores diferentes são preparados em um ciclo contínuo. Enquanto isso, um barista apresenta aos clientes os diferentes tipos de grãos de café, como uma “mini” aula de degustação de café. O café pertence à rede nacional de cafés Grid Coffee. Há pouco mais de um ano, a marca só tinha um caminhão de café que vendia café preto. Hoje conta com 25 lojas e pretende expandir para mais cidades, abrindo de 150 a 200 lojas este ano.

O crescimento do Grid Coffee oferece um vislumbre do rápido desenvolvimento do mercado cafeeiro na China nos últimos anos.“Eu peço um café com leite ou um Americano quase todos os dias”, disse Zhang Dajiu, um amante do café “pós-anos 95”. Os pedidos de café são a maioria em seu aplicativo de entrega.
Na China, cada vez mais pessoas estão adquirindo o hábito de pegar uma xícara de café durante o trajeto, seja levando-a consigo ou solicitando uma entrega de café.

Atualmente, o consumo anual de grãos de café da China é de quase 300 mil toneladas, e o comércio anual total de importação e exportação de café do país é próximo de 5 bilhões de yuans (cerca de 700 milhões de dólares americanos). Além disso, a China tem mais de 220 mil empresas relacionadas com o café, com uma taxa de crescimento de registo superior a 20%.

À medida que as cafetarias surgem em todo o país, os proprietários dos cafés também estão a tomar a iniciativa de criar novas receitas de café para proporcionar aos seus clientes uma experiência única e saborosa, como os lattes contendo o ardente espírito chinês baijiu.“Existem muitos tipos criativos de bebidas de café disponíveis na China”, disse Alessandro Martini, da Itália, que está na China há mais de 7 anos. Entretanto, face à crescente oferta e procura de café na China, está a ser desencadeada uma dinâmica mais forte da cadeia de abastecimento, o que levou à entrada de mais marcas internacionais de café no mercado chinês e à sua expansão aqui.

Em 2020, a marca italiana de café Lavazza abriu a sua primeira loja na Ásia, em Xangai, com foco na promoção da vida alimentar italiana. A rede de café norte-americana Blue Bottle Coffee, que entrou oficialmente no mercado continental da China em 2022, montou uma torrefação para levar pequenos lotes de grãos de café recém-torrados do Iêmen, Costa Rica e Bolívia aos consumidores chineses.

Enquanto marcas de café estrangeiras entram na China, a indústria cafeeira chinesa também cresce e expande a sua cadeia industrial. Uma fábrica na província de Yunnan, no sudoeste da China, está imersa no aroma refrescante do café, com sacos de grãos de café especiais saindo de suas duas linhas de produção. A fábrica, na Prefeitura Autônoma de Dehong Dai e Jingpo, foi construída do zero e concluída em menos de três meses, disse Deng Ziyang, presidente da Dehong Laihui Coffee Bean Co., Ltd. “A qualidade dos grãos de café Dehong é excelente”, observou Deng.

Com uma cadeia industrial em maturação e medidas de apoio, Dehong acolhe um número crescente de empresas produtoras de café.Sendo a maior região produtora de café da China, Yunnan produz cerca de 98% do café da China.Nos últimos anos, Yunnan promoveu a construção de propriedades de café boutique, esforçando-se para se tornar uma região globalmente importante para cafés especiais. “Esta é a direção de desenvolvimento da indústria cafeeira e tem um impacto positivo na extensão da cadeia da indústria cafeeira”, disse Lou Yuqiang, pesquisador da Academia de Ciências Agrícolas de Yunnan.

Indicador do arábica da Agnocafé fica em R$ 1.060,00, alta de R$ 20,00

O indicador de café do arábica da safra 22/23 da Agnocafé com 15% cata fica em R$ 1.060,00, alta de 1,92% ( + R$ 20,00 ) nesta sexta-feira ( 18/01 ) e café livre a R$ 1.040,00. No mês teve alta de R$ 10,00, durante o ano 2024 teve alta de R$ 10,00 e em dólar fica em US$ 215,14

Café moka R$ 1.110,00, peneira 17/18 pronto para embarque R$ 1.120,00, cereja a R$ 1.080,00, café certificado a R$ 1,080,00. O indicador para café com 10% a R$ 1.070,00, 20% a R$ 1.050,00, com 25% a R$ 1.040,00 com 30% a R$ 1.030,00.

Para os café de baixa qualidade Duro/riado R$ 950,00, duro/riado/rio, R$ 920,00, rio a R$ 870,00 com 15%. Café duro para consumo a R$ 860,00 repasse de beneficiamento a R$ 900,00  e riado a R$ 850,00 e escolha fica em R$ 11,00 o quilo de aproveitamento

Ótimo Semana

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Contrato Cotação Variação
Julho 200,75 - 5,35
Setembro 199,10 - 5,25
Dezembro 197,40 - 5,10
Contrato Cotação Variação
Julho 3.541 - 139
Setembro 3.470 - 147
Novembro 3.385 - 151
Contrato Cotação Variação
Julho 250,10 - 7,10
Setembro 240,50 - 7,80
Dezembro 236,60 - 8,55
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,0700 - 0,85
Euro 5,4570 - 0,52
Ptax 5,0668 - 0,94
  • Varginha
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1090,00
    Peneira 15/16 R$ 1250,00
    Moka R$ 1250,00
    Safra 22/23 20% R$ 1210,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1280,00
    Safra 22/23 15% R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Duro/riado/rio R$ 1100,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 1240,00
    Safra 22/23 15% R$ 1240,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Duro/Riado 15% R$ 1140,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Peneira 17/18 R$ 1280,00
    Variação R$ 1230,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Escolha kg/apro R$ 15,00
    Safra 22/23 20% R$ 1210,00
    Safra 22/23 30% R$ 1190,00
    Duro/Riado 30% R$ 1130,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Duro/riado 25% R$ 1130,00
    Rio com 20% R$ 1070,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1247,84
    Cepea Conilon R$ 1134,67
    Conilon/Vietnã R$ 1451,00
    Agnocafé 22/23 R$ 1220,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1070,00
    Conilon T. 7 R$ 1062,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1055,00