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Faz 13 semanas consecutiva que "tubarões" aumentam suas posições compradas


Por José Roberto Marques da Costa

Com bom volume de 46.965 lotes, março teve alta de 6,90 cents fechando a 193,85 cents, variando de 186,00 cents a 194,80 cents, maior nível de janeiro, ultrapassando a primeira resistência do dia em 190,18 cents, rompendo importante nível em 193,00 cents, ultrapassando segunda resistência em 193,42 cents,  mas sem força chegar a outro importante nível em 196,00 cents e a terceira resistência em 196,33 cents, acumulando alta de 8,7 cents na semana e alta de 5,55 cents no mês de janeiro.

Nos últimos sete pregões. março variou 19,25 cents, de 175,55  cents na quinta-feira da semana passada  a 194,80 cents hoje, acumulando alta de 13,90 cents  com vários gráficos técnicos indicando tendência de alta no curto prazo nas últimas semanas.  Segundo o analista técnico da Reuters, Wang Tao, março pode subir para uma faixa de 195,50 cents a  199,10 cents, já que pode ter retomado sua tendência de alta de 145,00 cents. Na segunda-feira, os suportes estão em 188,30 cents, 182,75 cents e 179,50 cents e as resistências 197,10 cents, 200,35 cents e 205,90 cents 

Nos últimos três pregões, começou a grande "briga" pelo vencimento das opções de março que vence em 9 de fevereiro, já foram 3 rounds e ainda faltam 9 rounds  até o vencimento. Como tem muita "grana" a uma forte disputa entre envolvido nos contratos abertos de "call" e "put", quem ganha leva muito dólares e que perde este dólares vira "pó". Dentro deste contesto,  o mercado deve ficar muito volátil e  estressado até o dia do vencimento que será na véspera do carnaval. Caso não tenha nenhuma interferência externa, pelo movimentação dos contratos de opções e constante aumento das posições compradas dos "tubarões", tudo indica que o março deve fechar acima de 2,10 cents no dia 09 de fevereiro.

O relatório da CFTC divulgado hoje, referente a 23 de janeiro mostra alta nas posições compradas ( + 2.280 lotes) e queda nas posições vendidas ( - 1.832 ) dos grandes fundos, neste período a variação de dezembro passou de 185,25 cents a 192,95 cents, alta de 7,70 cents. Os dados  mostram alta de 14% ( 4.112 lotes) nas posições líquidas compradas dos grande fundos. Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 33.365 posições líquidas compradas sendo 51.416 posições compradas ( maior nível dos últimos 23 meses ) e 18.051 posições vendidas.

Deste o dia 31 de outubro, os grandes fundos de investimentos estão aumento consecutivamente suas posições compradas em contratos de café arábica em NY, deste quando inverteram suas posições de líquidas de vendidas para líquidas compradas.  A 13 semanas atrás, os contratos estavam no nível de 167,30 cents e estavam com 2.327 posições líquidas compradas, sendo 30.930 compradas e 28.603 vendidas, neste período compraram 20.182 suas posições compradas e diminuíram 10.552 suas posições vendidas e os contratos em NY tiveram alta de  25,65 cents.

 Com a ONS estimando que para fevereiro chuvas nas regiões Sudeste deve ficar  em 71% da média histórica, várias analistas justificam as últimos alta devido ao clima, sem saber se haveria chuva suficiente no cinturão cafeeiro do Brasil para aliviar as preocupações sobre a seca. " O mercado voltou a ser condicionado pelas chuvas no Brasil. Apesar dos modelos indicarem chuvas nas principais áreas de produção, os volumes ainda podem ficar abaixo da média e também apresentar irregularidade, o que dá suporte de valorização e aumenta a preocupação com o ciclo em desenvolvimento" diz um analista. "O mercado tem acompanhado com atenção as previsões para formação do La Niña este ano, o que tende a prejudicar a produção mundial", diz outro analista. 

Para Eduardo Carvalhães, as chuvas que caíram em parte dos cafezais brasileiros esta semana provocaram muita instabilidade às cotações do arábica na ICE Future US em Nova Iorque, que, após fortes oscilações diárias, fechou mais uma semana em alta, refletindo os sólidos fundamentos. As chuvas são bem-vindas e muito necessárias, mas não recuperam as perdas trazidas pela falta de chuvas e altas temperaturas sobre os cafezais do sudeste brasileiro. Elas evitam perdas ainda maiores, mas já existem perdas consolidadas para nossa safra 2024 de arábica e de conilon/robusta.

Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil),  até dia 26 de janeiro, os embarques brasileiros do mês totalizaram 2.603,005 sacas ( média diária de 100.115 sacas ), queda de 19,3%, sendo 2.085.634 sacas de café arábica, 318.794 sacas de café conillon e 198.577 sacas de café solúvel. Pela projeção dos embarques diária da Cecafé, indica exportação de 3,6 milhões de sacas em janeiro, queda de mais de 500 mil sacas com tendência de mais queda nos próximos meses até a entrada da próxima safra.

Tentando influenciar a tendência de mercado, novamente em 2024 temos estimativas de safras brasileiras para agradar a todos, até nesta quarta-feira ( 24 ) a diferença entre a maior e menor chega a 18 milhões de sacas, 1,5 a produção anual da Colômbia. A maior estimativa foi da Ofi Olam em 76 milhões de sacas, depois a Hedge Point em 74 milhões, Ecom em 73 milhões, Safras em 70 milhões, Volcafé em 68 milhões, IBGE 58,9 milhões e Conab 58,08 milhões de sacas. 

A crise no Mar Vermelho prejudica os fluxos marítimos e comerciais. Em particular, os ataques Houthi a navios mercantes no Mar Vermelho cortaram uma rota fundamental para as exportações de café do Vietname, forçando muitas transportadoras a seguirem rotas mais longas. Como resultado, os clientes começaram a evitar fazer negócios com fabricantes de robusta do Vietname devido ao aumento dos custos de envio e aos tempos de trânsito mais longos do que o normal. Em vez disso, procuram garantir mais fornecimentos do Brasil. “Acredito que a situação do Mar Vermelho, combinada com a seca no Sudeste Asiático, fará com que uma parte do mercado global de robusta se desloque permanentemente para o Brasil”, disse John Goodwin, analista sênior de commodities da ArrowStream Inc.

 Para Ryan Delany, fundador e analista-chefe da Coffee Trading Academy,  a  grande maioria da oferta mundial de café é transportada dos países produtores para os mercados de exportação por navios de carga. Isto significa que muitos compradores e torrefadores de café verde certamente serão afetados pela crise do Mar Vermelho – principalmente como resultado dos atrasos e dos preços de envio mais elevados. Isto significa que a cadeia de abastecimento do café terá grande probabilidade de ser afetada – pelo que os torrefadores precisam de se preparar melhor.

Londres acumula alta de US$ 428 em janeiro e fecha no maior nível histórico

Os contratos futuros do café robusta em Londres voltaram a valorizar nesta sexta-feira, acumulando alta de US$ 428 no mês de janeiro,  com os preços subiram à medida que os agricultores se abstêm de vender os seus grãos aos comerciantes, antecipando preços mais elevados devido às tensões no Mar Vermelho e aos baixos estoques de certificados de Londres. " Muitos exportadores têm dificuldade em garantir café suficiente para cumprir os contratos assinados com os agricultores ainda detêm cerca de 70% do café colhido na safra 2023-24", diz traders do Vietnã 

Com volume de 276.080 lotes, março teve alta de US$ 18 fechando a US$ 3.269 a tonelada, maior nível da história, variando de US$ 3.246/t a US$ 3.325/t, ultrapassando a primeira resistência em US$ 3.288/t e chegando na segunda em US$ 3.325/t. Na semana acumula alta de US$ 141 e no mês a alta até agora foi de US$ 428 ( 15,1% ), saindo de US$ 2.840/t no primeiro dia de janeiro a US$ 3.269 nesta sexta-feira.   

Segundo a Reuters, os preços do café vietnamita ampliaram os ganhos nesta semana devido às preocupações com a oferta escassa, disseram traders. Os agricultores das terras altas centrais, a maior área de cultivo de café do Vietname, vendiam grãos entre US$ 2,97 a US$ 3,05 por kg, alta em torno de 3% ante a semana passada

Na Indonésia, o prêmio do café robusta Sumatra aumentou esta semana, também devido à oferta de café fino. O grão robusta de Sumatra é oferecido com um prêmio de US$ 500-520 para o contrato de fevereiro a março esta semana, em comparação com o prêmio da semana passada de US$ 500. Um trader disse que o prêmio aumentou para US$ 500 esta semana, ante US$ 450 na semana passada, acrescentando que a tendência "continuará por um tempo, pelo menos até a colheita principal esperada em abril e junho".

Ótimo final de semana


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Contrato Cotação Variação
Julho 200,75 - 5,35
Setembro 199,10 - 5,25
Dezembro 197,40 - 5,10
Contrato Cotação Variação
Julho 3.541 - 139
Setembro 3.470 - 147
Novembro 3.385 - 151
Contrato Cotação Variação
Julho 250,10 - 7,10
Setembro 240,50 - 7,80
Dezembro 236,60 - 8,55
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,0700 - 0,85
Euro 5,4570 - 0,52
Ptax 5,0668 - 0,94
  • Varginha
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1090,00
    Peneira 15/16 R$ 1250,00
    Moka R$ 1250,00
    Safra 22/23 20% R$ 1210,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1280,00
    Safra 22/23 15% R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Duro/riado/rio R$ 1100,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 1240,00
    Safra 22/23 15% R$ 1240,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Duro/Riado 15% R$ 1140,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Peneira 17/18 R$ 1280,00
    Variação R$ 1230,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Escolha kg/apro R$ 15,00
    Safra 22/23 20% R$ 1210,00
    Safra 22/23 30% R$ 1190,00
    Duro/Riado 30% R$ 1130,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Duro/riado 25% R$ 1130,00
    Rio com 20% R$ 1070,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1141,86
    Cepea Conilon R$ 970,33
    Conilon/Vietnã R$ 1451,00
    Agnocafé 22/23 R$ 1220,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1020,00
    Conilon T. 7 R$ 1012,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1005,00