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Produção da Colômbia deve ficar abaixo de 10 milhões de sacas em 2024


Pelas últimas informações climáticas dos últimos meses na Colômbia, a Agnocafé está começando a alertar que a produção dos próximos 12 meses não deve passar de 10 milhões de sacas, apesar da Fedecafé mencionar para mídia internacional de uma alta produção em janeiro tendo como referencia somente  janeiro de 2023 e esquecendo de comparar com outubro, novembro e dezembro do ano passado.  Nos últimos 12 meses (período entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024) a produção chegou 11,439  milhões de sacas.

No boletim a Fedecafé não mencionou a forte queda da produção de janeiro ante outubro, novembro e dezembro do ano passado. A produção de janeiro atingiu  959 mil sacas, alta de 11% ante a 868 mil sacas de janeiro do ano passado. Comparando com a produção de outubro a queda foi de 16,7% ( 1,15 milhões de sacas), no novembro a queda foi  25% ( 1,28 milhões de sacas ) e de dezembro a queda foi de 21,4% ( 1,22 milhões de sacas ). 

Os estragos deixados pelo fenômeno El Niño na Colômbia dispararam os alarmes do governo nacional, o presidente Gustavo Petro fez um forte alerta sobre uma região da Colômbia que passaria por momentos difíceis nos próximos anos. O presidente colombiano, através de seu fórum preferido, alertou que o departamento de Antioquia, uma das principais regiões de café do país, sentiria mais fortemente as consequências do fenômeno El Niño.

O fenômeno está afetando a produção cafeeira da Colômbia, no Norte de Santander, a seca está causando problemas porque a água não chega às lavouras, vários municípios estão sendo afetados na região. Domingo Torres, um dos afetados, afirmou que em algumas zonas a água não chega, isso terá impacto na produção e comercialização do produto.

Ele destacou que “esta questão tem sido muito complexa porque tivemos um verão terível em termos de irrigação das nossas colheitas. Fomos afetados porque os arbustos estão secando. “Esta é uma questão muito complexa.” Concluiu que “são muitos os fatores que afetam o café, quando há muito calor pode produzir rolla, e também grãos que não se complementam bem e ficam, como chamamos, juta, que não serve para nada. A produção fica prejudicada porque é um café que não vai ser de boa qualidade porque não vai ficar muito fresco.”

Quanto menor a altitude, maior será o impacto nas lavouras de café na Huíla em meio ao El Niño, evento climático associado à diminuição das chuvas em relação à média mensal histórica e ao aumento da temperatura do ar. Cafeicultores como Ruber Bustos, que cultiva em Garzón, estão avaliando as consequências deste fenômeno, que segundo as projeções atuais pode se estender até março e abril deste ano: “Estive em Guadalupe, Tarqui e no meu município, Garzón, e o impacto na zona dos 1.600 metros acima do nível do mar é muito forte devido à questão climática", afirmou o representante do Comité Diretivo e Nacional da Huíla da Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia.

A onda de calor como efeito do fenômeno El Niño atinge com força todo o território nacional. Embora os incêndios tenham sido em grande parte controlados, ainda existem atrasos que resultam em escassez de água e baixos níveis nos afluentes. Segundo a diretora do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam), Ghisliane Echeverry, o El Niño está no seu pico máximo, por isso a expectativa é que comece a diminuir. No entanto, já estão a ser preparadas medidas para fazer face à emergência.

Até agora, pelo menos 200 municípios em 13 departamentos relataram níveis baixos nos afluentes. Um dos graves efeitos é registrado em Tolima, também importante região de café, onde mais de 500 animais morreram de fome.  E a seca que a maioria das regiões da Colômbia atravessa atualmente deixou perdas de milhões de dólares para o setor pecuário. Segundo relatos de Fedegan, até o momento cerca de 13 mil animais morreram em todo o país devido à fome e à sede, sendo Magdalena o departamento mais afetado, com três mil cabeças mortas.

Da mesma forma, o Valle del Cauca aprovou por unanimidade a declaração de calamidade pública assinada na noite de 2 de fevereiro. Segundo a governadora Dilian Francisca, eles esperam agilizar recursos para enfrentar a emergência. “Temos que fazer a nossa parte para não termos problemas com água e, claro, cuidar das nossas florestas”, afirmou.

Fonte: Agnocafé

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