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15 semanas consecutiva que os "tubarões" aumentam suas posições compradas


Por José Roberto Marques da Costa

Os contratos futuros do café arábica fecharam nesta sexta-feira, vencimentos das opções de março, em alta de 3,97% em dia de "briga de gente grande" de um lado os "call" e outro os "put" defendendo suas posições com todas as suas forças, chegando a maior nível de fevereiro e fechando acima do divisor de água em 196,00 cents  dentro de um canal de alta. A "briga" foi intensa, com volume de negócios na quinta-feira atingiu 89.800 lotes e ontem 89.456 lotes, que equivale a mais de 25 milhões de sacas por dia nos últimos dois pregões. Agora sem as opções, com os grandes fundos com maior posições compradas dos últimos dois anos e com mais de 60 mil lotes comprados,  a semana de carnaval promete grandes emoções. 

Com forte volume de 89.456 lotes, 344 lotes a menos do que quinta-feira, março teve alta 7,50 cents fechando a 196,30 cents, variando de 1190,05 cents a 197,00 cents, rompendo dois importante níveis em 193,00 cents a 196 cents, acumula alta de 4,35 cents na semana.  O maio teve alta de 5,30 cents, variando de 186,55 cents a 192,10 cents, rompemdo as três resistência técincas do dia, 187,12 cents, 1188,38 cents e 189,27 cents, acumula alta na semaan de 2,15 cents. Os estoques de certificados aumentaram 8.243 sacas para 297.795 sacas, maior nível dos últimos 90 dias, na semana acumula alta 30.905 sacas, com 30.534 sacas espera certificação.

Segundo a Economies.com, na atualização de sexta-feira de manhã,  o preço do café conseguiu enfrentar as pressões negativas temporárias recentemente, para manter a sua estabilidade positiva dentro do canal de alta e observar agora a sua flutuação perto do nível 189,55, aproveitando a formação de suporte adicional do MA55 ao flutuar perto de 177,30 cents. Observe que a recuperação estocástica acima do nível 50 fornecerá ao preço um novo impulso positivo para conseguir ativar o ataque de alta e repetir a tentativa de pressionar a barreira 203.40 cents, enquanto ultrapassá-la empurrará o preço para registrar novos ganhos, subindo para 211.10 cents seguido por atingir 227,00 cents no período de médio prazo.

O dólar fechou em queda ante o real, após a revisão dos números de inflação nos EUA ficar dentro do esperado, em uma sessão marcada pela liquidez reduzida, em especial durante a tarde, com os participantes do mercado à espera do início do período de Carnaval no Brasil. Após o dólar ter tocado os R$ 5,00 na quinta-feira, alguns participantes do mercado já começaram o dia na ponta de venda da moeda, aproveitando as cotações mais elevadas. Isso gerou um viés negativo para a divisa à vista desde cedo.“Há um movimento de realização. Bateu R$ 5,00, exportador vende”, comentou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo. O Índice Dólar Futuros, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, registrou perdas 0,08% para negociação a US$ 103,96.

Nesta semana foi a 15ª semanas consecutiva que os grandes fundos aumentaram suas posições compradas, o relatório da CFTC divulgado nesta sexta- feira, referente a 6 de janeiro mostra alta nas posições compradas ( + 636 lotes) e leve nas posições vendidas ( - 163 lotes ) dos grandes fundos, neste período a variação de dezembro passou de 194,00 cents a 188,20 cents, queda de 5,80 cents. Os dados mostram alta de 2,4% ( 830 lotes) nas posições líquidas compradas dos grande fundos.  Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 34.940 posições líquidas compradas, sendo 56.425 posições compradas ( maior nível dos últimos 24 meses ) e 21.425 posições vendidas e com a forte alta de sexta-feira já ultrapassaram 60 mil lotes comprados. 

O Brasil exportou 3,961 milhões de sacas de café em janeiro de 2024, queda de 3,8% ante a dezembro do ano passado e a menor dos últimos três meses, em relação a janeiro do ano passado, representa recorde histórico para o primeiro mês de cada ano, alta de 39%. A liderança segue com o café arábica, com 3,208 milhões de sacas e representatividade de 80,98%, o café conilon  atingirem 457.787 sacas, solúvel, com 293.467 sacas (7,41%) e torrado e moído, com 1.898 sacas (0,05%). A receita cambial atingiu US$ 802,5 milhões. Os dados fazem parte do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

 Nos sete primeiros meses da safra 2023/2024, que começou em julho, as exportações de café do Brasil devem atingir 26,683 milhões de sacas, média de 3,812 sacas. No mês de julho foram 2,991 milhões de sacas, em agosto 3,673 milhões de sacas, setembro 3,294 milhões de sacas, outubro 4,356 milhões de sacas, novembro 4,292 milhões de sacas, dezembro 4,116 milhões de sacas e janeiro serão 3,961 milhões de sacas, segundo informações do Cecafé.

O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, analisou, em nota, que a performance das exportações brasileiras de café em janeiro foi boa, principalmente diante do cenário global de conflitos geopolíticos, que têm impactado o tráfego de navios no Mar Vermelho. Ele citou a forte seca na região do Canal do Panamá, que diminui o fluxo de embarcações, favorecendo os embarques do grão brasileiro. No entanto, a continuidade dos gargalos logísticos no Brasil é um alerta para a cadeia. Atrasos para escoamento no Porto de Santos preocupam o setor e por onde saiu mais de 76% do café exportado.

A despeito dos problemas logísticos, Ferreira salienta o crescimento das exportações cafeeiras do país, puxados, principalmente, pelo desempenho do robusta. “O robusta brasileiros seguem muito competitivos no mercado mundial e vêm suprindo o déficit ocasionado por quebras de safras em importantes produtores, como Vietnã e Indonésia. Não à toa, os vietnamitas aumentaram em 700% e os indonésios em 19.130% suas importações de café brasileiro”, explicou.

Pelas últimas informações climáticas dos últimos meses na Colômbia, a Agnocafé começu alertar esta semana que a produção dos próximos 12 meses não deve passar de 10 milhões de sacas, apesar da Fedecafé mencionar para mídia a alta produção em janeiro tendo como referencia somente  janeiro de 2023 e esquecendo de comparar com outubro, novembro e dezembro do ano passado.  Nos últimos 12 meses (período entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024) a produção chegou 11,439  milhões de sacas.

No boletim a Fedecafé não mencionou a forte queda da produção de janeiro ante outubro, novembro e dezembro do ano passado. A produção de janeiro atingiu  959 mil sacas, alta de 11% ante a 868 mil sacas de janeiro do ano passado. Comparando com a produção de outubro a queda foi de 16,7% ( 1,15 milhões de sacas), no novembro a queda foi  25% ( 1,28 milhões de sacas ) e de dezembro a queda foi de 21,4% ( 1,22 milhões de sacas ). Projetando uma queda média mensal dos últimos três meses de 21%, tudo indica que nos próximos 12 meses, a produção de café da Colômbia deve ficar 9 milhões de sacas.

Os estragos deixados pelo fenômeno El Niño na Colômbia dispararam os alarmes do governo nacional, o presidente Gustavo Petro fez um forte alerta sobre uma região da Colômbia que passaria por momentos difíceis nos próximos anos. O presidente colombiano, através de seu fórum preferido, alertou que o departamento de Antioquia, uma das principais regiões de café do país, sentiria mais fortemente as consequências do fenômeno El Niño.

O fenômeno está afetando a produção cafeeira da Colômbia, no Norte de Santander, a seca está causando problemas porque a água não chega às lavouras, vários municípios estão sendo afetados, em algumas zonas a água não chega, isso terá impacto na produção e comercialização do produto.Quanto menor a altitude, maior será o impacto nas lavouras de café na Huíla em meio ao El Niño, evento climático associado à diminuição das chuvas em relação à média mensal histórica e ao aumento da temperatura do ar. Até agora, pelo menos 200 municípios em 13 departamentos relataram níveis baixos nos afluentes. Um dos graves efeitos é registrado em Tolima, também importante região de café, onde mais de 500 animais morreram de fome. 

 Os preços no Vietnã subiram novamente na semana passada, embora a comercialização tenha desacelerado antes dos feriados do Ano Novo Lunar que começam esta semana. Agricultores vietnamitas recusam-se a entregar o café que venderam há alguns meses atrás, a menos que os contratos sejam renegociados depois que os preços globais atingiram o nível mais alto em 28 anos, relata a Reuters. Isso é acrescentando um novo impulso à recuperação dos preços do café Robusta, uma vez que a oferta na Europa está a tornar-se muito restrita também devido à crise atual no Mar Vermelho.

Os preços do café no interior do país continuaram a subir para o nível de US$ 3,30 dólares por quilo. Os agricultores começam a “sonhar” para que o mercado atinja US$ 4,10 nos próximos meses.Os estoques de café em entrepostos aduaneiros e não aduaneiros próximos ao HCMC aumentaram 89,3% em relação ao mês anterior, para 233.420 toneladas, níveis já semelhantes aos das mesmas datas do ano passado, segundo a empresa de fiscalização Cafecontrol.

Em teoria, o Vietnã teve a sua colheita mais fraca dos últimos seis anos na época 2022/23 e isso fez com que alguns contratos dessa colheita fossem cancelados. estendida até a temporada 2023/24, o que significa que era necessária uma grande colheita para os agricultores cumprirem todos os seus compromissos em o passado. O mercado estima esse atraso entre 1 e 2 milhões de sacas, o que equivale a até 8,5% do total das exportações do país. 

Ótimo final de Semana 


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Contrato Cotação Variação
Julho 200,75 - 5,35
Setembro 199,10 - 5,25
Dezembro 197,40 - 5,10
Contrato Cotação Variação
Julho 3.541 - 139
Setembro 3.470 - 147
Novembro 3.385 - 151
Contrato Cotação Variação
Julho 250,10 - 7,10
Setembro 240,50 - 7,80
Dezembro 236,60 - 8,55
Contrato Cotação Variação
Dólar 5,0700 - 0,85
Euro 5,4570 - 0,52
Ptax 5,0668 - 0,94
  • Varginha
    Descrição Valor
    Duro/riado/rio R$ 1090,00
    Peneira 15/16 R$ 1250,00
    Moka R$ 1250,00
    Safra 22/23 20% R$ 1210,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 1280,00
    Safra 22/23 15% R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Duro/riado/rio R$ 1100,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 1240,00
    Safra 22/23 15% R$ 1240,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Duro/Riado 15% R$ 1140,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Peneira 17/18 R$ 1280,00
    Variação R$ 1230,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Escolha kg/apro R$ 15,00
    Safra 22/23 20% R$ 1210,00
    Safra 22/23 30% R$ 1190,00
    Duro/Riado 30% R$ 1130,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1220,00
    Safra 22/23 25% R$ 1200,00
    Duro/riado 25% R$ 1130,00
    Rio com 20% R$ 1070,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1141,86
    Cepea Conilon R$ 970,33
    Conilon/Vietnã R$ 1451,00
    Agnocafé 22/23 R$ 1220,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1020,00
    Conilon T. 7 R$ 1012,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1005,00