Crise do café piora na Colômbia, na quarta feira tem mobilização em Bogotá
Em resposta a uma crise que remonta ao colapso do Pacto Global do Café em 1989, centenas de pequenos e médios cafeicultores de diversas regiões colombianas se mobilizarão na próxima quarta-feira, 13 de março, em Bogotá. O colapso deste acordo internacional marcou o início de um declínio constante na produção cafeeira do país, que já representou quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Representantes do sindicato em Tolima expressaram que a crise atual é de natureza estrutural e que os produtores têm enfrentado recessões constantes desde então.
Alcides Manrique, um dos coordenadores para Tolima do Sindicato dos Cafeicultores Colombianos, denunciou a falta de apoio real da Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC), destacando que esta última tem importado grandes volumes de café robusta e solúvel.
A produção diminui em municípios de Tolima devido ao fenômeno El Niño Os cafeicultores afirmam que as mobilizações periódicas apenas proporcionam soluções superficiais aos problemas do setor e exigem mudanças significativas.
Algumas das reivindicações incluem um preço interno justo e estável, a recuperação das cooperativas de café, a suspensão das importações massivas de café e a reforma estatutária da FNC, manifestando desacordo com o salário mensal do gestor, que ultrapassa os 100 milhões de pesos, e o dos membros. do conselho de administração.
Alcides Manrique sublinhou que os custos de produção têm superado significativamente os lucros, mesmo para os pequenos e médios produtores. Atualmente, produzir uma carga de café pode custar mais de 1.500.000 pesos, enquanto o preço pago gira em torno de 1.200.000 por carga e, em casos extremos, até menos de 1 milhão.
A mobilização contará com a participação de delegações de diversos municípios de Tolima, onde os cafeicultores buscarão tornar visíveis suas dificuldades e pressionar por mudanças concretas na política cafeeira nacional.