No mercado paralelo, café Robusta está cotado a US$ 4 mil a tonelada
Por José Roberto Marques da Costa
Com volume de 32.402 lotes, maio teve queda de 0,90 cents fechando a 182,95 cents, variando de 182,05 cents ( 0,45 cents acima mínima de quinta-feira) a 185,10 cents ( 0,90 cents acima da máxima de quinta-feira ), chegando próximo ao primeiro suporte em 182,00 cents, rompendo a primeira resistência em 184,95 cents. Durante a semana acumula perdas de 2,25 cents e durante o mês de março tve perda de 1,40 cents. Os estoques de certificados aumentaram 20.853 sacas para 488.678 sacas, tendo 154.630 sacas na espera para certificação, na semana acumula alta de 63.922 sacas e no mês 135.072 sacas.
Com os investidores reduzindo as apostas de um corte na taxa de juros em junho pelo Fed após os dados de inflação desta semana que foram mais fortes do que o esperado, os cinco pregões desta semana em NY apresentaram performance inesperada, com constante valorização das taxas de juros dos Treasuries que se torna negativo para todas commodities, dois pregões fecharam em alta ( na quinta-feira a commodities café foi a única fechar em alta ) e três em baixa, variando dentro de intervalo técnico de 181,00 cents a 187,00 cents, no nível de baixa tendo coberturas dos grandes de suas posições compradas que atualmente está em 54 mil lotes evitando a entrada em canal de baixa no nível abaixo de 180,00 cents. No nível de alta, os comerciais, com mais de 141 mil lotes vendidos, conseguem evitar a fuga para patamares maiores evitando a encontrada de canal de alta em 187,00 cents e torcendo que o mercado de robusta não contamine ainda mais o arábica. Esta "briga" já dura várias semanas.
Dólar chega a superar R$ 5,00 durante o pregão de sexta-feira no maior nível desde 22 de janeiro, variando de R$ 4,9818 a R$ 5,018, com os juros futuros disparrando após dados nos EUA. O Índice Dólar Futuros, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, registrou ganhos 0,07% para negociação a US$ 103,07.
O relatório da CFTC divulgado ontem, referente a 12 de março, mostra leve queda nas posições compradas ( 197 lotes) e queda nas posições vendidas ( 1.584 lotes) dos grandes fundos, neste período a variação de maio passou de 183,35 cents a 185,90 cents, alta de 2,55 cents. Os dados mostram alta de 4,2% ( 1.382 lotes) nas posições líquidas compradas dos grande fundos. Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 34.029 posições líquidas compradas sendo 54.249 posições compradas e 20.220 posições vendidas. As empresas comerciais aumentaram suas posições líquidas vendidas para 88.521 posições líquidas vendidas, sendo 52.689 posições compradas e 141.410 vendidas. No placar desta semana, 72,8% dos grandes fundos acreditam em alta e 27,2% em queda
Sabendo antecipamente do problema do café robusta do Vietnã com reflexo na queda de produção, que deve contaminar NY no médio e longo prazo, desde o começo de novembro, os grandes fundos de investimentos estão aumento todas as semanas suas posições compradas em contratos de café arábica em NY, quando inverteram suas posições de líquidas de vendidas para líquidas compradas. Os contratos estavam no nível de 167,30 cents e estavam com 2.327 posições líquidas compradas, sendo 30.930 compradas e 28.603 vendidas, neste período compraram 23.319 suas posições compradas e diminuíram 8.383 suas posições vendidas e os contratos em NY tiveram alta de 18,60 cents.
Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), até dia 15 de março, os embarques brasileiros do mês totalizaram 1.740.772 sacas ( média diária de 116.051 sacas ), alta de 6,80%, sendo 1.317.025 sacas de café arábica, 292.345 sacas de café conillon,( alta de 17% ) e 131.402 sacas de café solúvel. Os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque dezembro totalizavam 2.080.647 sacas, queda de 1,1%, sendo 1.587.908 sacas de arábica, 349.311 sacas de conillon ( alta de 13% ) e 113.107 sacas de solúvel. A projeção pela média diária indica que a exportação pode chegar 4,180 milhões de sacas em março, sendo que embarques de café conilon pode ultrapassar 700 mil sacas. Em 2024, as exportações de conilon devem chegar a 1,7 milhões de sacas até final de março, média de 567 mil sacas por mês, indicando que nos próximo 12 meses deve chegar a 6,8 milhões de sacas, porcentagem recorde de 38% da produção brasileira.
No mercado paralelo o café Robusta está cotado a US$ 4 mil a tonelada
A 12 meses atrás, começou um reviravolta no mercado de café robusta com a mudança radical de postura dos cafeicultores vietinamistas devido a baixa rentabilidade da cultura diante da abertura do mercado para frutas da China oferecendo a eles novas opções bem mais lucrativas por hectare que poderia obter em suas hortas ( sítio ). Diante deste quadro completamente novo, a migração de um área de 710 mil hectares de café foi intensa, principalmente nas Terras Altas Centrais onde concentra a principal região de café.
A mudança de postura dos cafeicultores está incendiando no mercado de café e gerando uma crise com um desequilibro histórico e potencializada pela severa seca que deve virar uma tragédia no curto médio e longo prazo. A produção que no ano de 2021 foi de 31 a 32 milhões de sacase a bolsa de Londres estava operando a US$ 2.000 a tonelada. Com a perda de área de café, a produção começa a despencar passando para 27,6 milhões de sacas e a bolsa de Londres a US$ 3.300 a tonelada alta de 65%. Neste ano, devido a continuida da migração, a produção deve ficar abaixo de 25 milhões de sacas. No filme do mercado de café, agora o robusta virou a ator principal e arábica mero coajuvante.
Esta inesperado mudança provocando pelo um novo intruso no mercado que chamei a 12 meses atrás de "Fruts Vírus" não está sendo acompanhado pelos agentes de mercado em Londres devido a vários fatores, principalmente o econômico, está criando um mercado paralelo nos paíese asiáticos. No Brasil, segundo maior produtor de robusta mundial, as cotações segem o mercado de Londres com deságio, Como e mercado é soberado, no médio e longo prazo deverá decidir em qual dos dois mercado vai acompnha.
Veja a diferença de 12 milhões de sacas entre mercado em Londres e mercado paralelo
Mercado em Londres projeta 62 milhões de sacas nos próximos 12 meses
A produção de café do Vietnã deve ficar em 30 milhões de sacas, não há queda de área de café, não há migração dos cafeicultores para outras culturas, sem problema no clima e esperando chuvas para as próximas semanas nas regiões de café. No Brasil deve atingir 22 milhões de sacas, com entrada de café nos próximos meses podendo aminizar a escassez de café no curto e médio prazo. Na Indonésia, a produção deve ultrapassar 10 milhões de sacas, não está tendo nenhum problema climático e esperado menos chuvas nas próxima semanas
Mercado paralelo projeta 50 milhões de sacas nos próximos 12 meses
Aprodução de café deve ficar em 25 milhões com tendência de mais queda nos próximos anos, forte queda de aéra de café devido a migração crescente dos cafeicultores para outras cultutras mais lucrativas, um devastagora seca em época da floração, com pequena possibildade de algumas chuvas nas próxima semanas. No Brasil, produção de 18 milhões de sacas que vai começar a entrar em maio. Na Indonésia, produção de 7 milhões de sacas e enfrentando fortes chuvas com dezenas de mortes e deslizamento de terras nas regiões de café
Com a produção dos últimos dois anos apresentam quedas acentuadas e os cafeicultores preferem vendas as frutas e segurar o café esperando mais alta, do outro lado os exportodores precisando do produto para honrar seus comprissos de curto e médio parazo. Os prêmios tiveram forte reajustes ante a Londres para US$ 550 a US$ 600 por tonelada para o contrato de maio e os cafeicultores estão vendendo entre US$ 219,60 a US$ 223,80 a saca nesta semana. Na Indonésia, os grãos de café robusta Sumatra, os prêmios aumentara para US$ 820 para o contrato de maio. Além do Vietnã e Indonésia, os cafeicultores indianos estão aprovietando as altas no preços do robusta, a variedade amplamente cultivada no país, atingiram um novo recorde. Com o aumento dos prêmios entre US$ 700-750 por tonelada , juntamente com a tendência ascendente dos preços globais devido a problemas de oferta, os preços do conilon e arábica estão agora ao mesmo nível na Índia. A média do prêmio dos países asiáticos fica entre US$ 690 a US$ 723 por tonelada, um mercado paralelo de US$ 3.998/t a US$ 4.031/t.
A constante notícias sobre a redução de área de café do Vietnã da últimas semanas na mídia internacional está deixando os opradores de mercado em alerta, depois que o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Vietnã estabeleceu na semana passada um meta que a área total de plantação de café atinja 640 mil a 660 mil hectares até 2030. Segundo dados do governo, no ano 2021, antes da invasão de outras culturas na área de café, o país tinha 710 mil hectares com produtividade 2,8 toneladas por hectare (46,7 sacas)
Em setembro de 2022, quando a cotação da bolsa de Londres estava em US$ 2 mil a tonelada e alfândega chinesa aceitou a entrada da fruta pelo "canal oficial", a produção de 2021 foi estimada em torno de 31 milhões a 32 milhões de sacas com rentabilidade de 46,7 sacas por hectare. Depois de 18 meses, com a forte migração de outras cultura devido a maior rentabilidade para o agricultor, o "fruit virus" invadiu e continua invadindo mais áreas de café, esta migração está sendo incentivada pela maior lucratividade.
Com base na produtividade média do Vietnã do ano de 2021 de 46,7 sacas por hectare, excluindo o fator clima que pode ter contribuindo mais redução, a produção do passado que teve queda média de 10%, atingindo de 27,6 milhões, se conclui que a área caiu para 590 mil hectares, perda de 120 mil hectares. Pelas últimas informações da mídia do Vietnã, a queda de produção desta safra que começa em outubro deve ficar em 10% caindo para 25 milhões de sacas. Mantendo a mesma produtividade, sem interferência climática, a área de café atual do país deve ter reduzido para 535 mil hectares.
Com o clima severo dos últimos anos, podemos adicionar uma queda de 15% na produtividade, que se pode concluir, que a área de café atual do Vietnã deve estr em 560 mil hectares, perda de 150 mil hectares depois que alfândega chinesa aceitou a entrada da fruta pelo "canal oficial". Com estes números na mão e o preço média de exportação em mais de US$ 192 por saca, se justifica a nova meta do governo em aumentar área de café entre 640 mil a 660 mil hectares até 2030.
A forte queda da produção do Vietnã, foi previstas por alguns lideres no Vietnã, em março do ano passado, Do Ha Nam, vice-presidente da Vietnam Coffee and Cocoa Association e presidente do Intimex Group, disse produção de café deve cair 24,5 milhões de sacas, alertando que a área de cultivo de café estavam diminuindo com os cafeicultores passando a plantar outras árvores com maior eficiência econômica, como durian, pimenta, abacateiro e outras frutos. No final do ano passado, o governo vietnamita estimou a produção ano-safra de 2023/24 em 27,6 milhões de sacas a menor safra em quatro anos.
Em dezembro do ano passado, diretor global de desenvolvimento de café verde da Nestlé Marcelo Burity disse " o maior problema é que a produção começou a dar os primeiros sinais de necessidade de ajuda devido a perda de área, às alterações climáticas e aos “padrões anormais de temperatura”, que além de resultarem em piores colheitas. No longo prazo, se não fizermos nada, veremos uma redução substancial nas áreas onde o café pode ser plantado".
Com a continuidade da migração de outras culturas em áreas de café, a grande pergunta do mercado dw quando será a produção do Vietnã em 2025, 2026 e...?
Cafeicultores do Vietnã estão vendendo entre US$ 219,60 a US$ 223,80 a saca
Segundo a agência Reuters, os prêmios ampliaram os ganhos esta semana no Vietnã e na Indonésia, dois principais fornecedores de grãos robusta, disseram traders na quinta-feira, uma vez que a oferta permaneceu restrita, embora a demanda tenha diminuído ligeiramente devido aos preços elevados.
Os agricultores nas terras altas centrais, a maior área de cultivo de café do Vietnã, estão negociado entre US$ 3,66 a US$ 3,73 por kg. que representa de US$ 219,60 a US$ 223,80 a saca de café.“Os diferenciais continuam altos”, disse um trader do cinturão do café. "A oferta é excepcionalmente escassa. A demanda ainda existe, mas caiu ligeiramente devido aos preços.
Os traders ofereceram 5% de robusta preta e quebrada grau 2 com um prêmio de US$ 550 a US$ 600 por tonelada em relação ao contrato de maio. “A safra 2024/25 está em fase de floração. Há preocupações com a falta de chuvas na região nesta temporada, embora as chuvas estivessem previstas para retornar na próxima semana”, disse outro trader baseado na mesma região.
Na Indonésia, os grãos de café robusta Sumatra foram oferecidos com um prêmio de US$ 820 no contrato de abril, superior ao prêmio de US$ 710 da semana passada. “O preço do café verde está caro agora porque não há estoque”, disse um trader. Outro trader cotou o café com um prêmio de US$ 750 para o contrato de maio, inalterado em relação à semana passada.
Condições meteorológicas extremas pairam sobre a Indonésia
Segundo informações da Vetnam Plus, as inundações afetaram mais de 16.700 pessoas em pelo menos 11 áreas de Java Central e Java Oriental, na Indonésia, na semana passada, das quais 280 foram forçadas a fugir para locais mais seguros, informou a Agência Nacional de Mitigação de Desastres do país. As localidades atingidas pelas enchentes incluíram a cidade de Salatiga e partes dos distritos de Demak, Grobogan, Brebes, Bantul e Mojokerto, disse a agência. Inundações e deslizamentos de terra na província indonésia de Sumatra Ocidental mataram pelo menos 26 pessoas, enquanto seis continuam desaparecidas.
O número de mortos devido a inundações e deslizamentos de terra na província de Sumatra Ocidental aumentou para 32. Pelo menos duas pessoas morreram e centenas foram deslocadas devido a graves inundações em várias regiões de Java Central e Java Oriental. Dois turistas estrangeiros foram encontrados mortos em 14 de março na ilha turística de Bali, na Indonésia, depois que fortes chuvas provocaram um deslizamento de terra que destruiu sua vila na vila de Jatiluwih.
A Agência de Meteorologia, Climatologia e Geofísica alertou que algumas áreas poderão sofrer condições climáticas mais extremas nos próximos dias, e a costa norte de Java Central poderá ser atingida por enchentes. A Agência de Gestão de Desastres da cidade de Semarang relatou 361 desastres em todo o país nos primeiros dois meses deste ano, que deixaram 47 mortos, 1,6 milhão de desabrigados e mais de 13.000 casas danificadas.
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