Forte queda de rendimento, começa a "bombar" nas redes sociais

Por José Roberto Marques da Costa  

O mercado respirou aliviada depois do fim da coletiva do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Apesar de afirmar que o progresso desinflacionário será mais difícil e que pode ser que o Fed não consiga cortar os juros este ano, os comentários de Powell forem vistos mais favoráveis ao afrouxamento monetário.

Ao dizer que é improvável que uma nova alta dos juros seja efetivada, ele abriu caminho para os investidores avaliarem que o próximo passo será um corte nas taxas, trazendo de volta o ânimo aos investidores que fizeram as bolsas de Nova York voltarem para território positivo logo após a coletiva do Fed.

As bolsa de café arábica em NY e café robusta em Londres já tinham encerrado os pregões quando Poweel começou a falar. Outro dado positivo foi a reviralta para alta das commodites que ainda estava operando, queda acentuadas nos rendimentos dos Treasuries e o dólar ficando praticamente estável. O índice DXY recuava 0,04% a 106,17 pontos antes da fala e depois ampliou a desvalorização para 0,61% para 105,45 pontos.

Com volume negócios de 45.180 lotes em NY, o contrato de julho teve leve queda de 0,65 cents fechando a 216,00 cents, no menor nível doas últimos 15 dias, variando de 212,75 cents na abertura do dia a 218,00 cents, não tendo força para romper o primeiro suporte em 210,73  cents e a primeira resistencia em 225,23 cents. 

De acordo com análise do site Barchart, uma cobertura de posições vendidas pautou a queda do café no pregão desta quarta-feira. O movimento dos investidores foi influenciado pela perspectiva de redução das chuvas em áreas do Brasil, que está próximo de iniciar a colheita do arábica nos próximos meses. A seca no Brasil que pode reduzir a produtividade do café sustenta os preços depois que a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que a região de Minas Gerais não recebeu chuvas ou 0% da média histórica na semana passada. Minas Gerais é responsável por cerca de 30% da safra de arábica do Brasil.

A cerca de uma semana, a Agnocafé vem alertando sobre a forte queda de rendimento do café deste ano e nesta semana começa a "bombar" nas redes sociais conversas sobre a supresa desta queda em todas as regiões produtoras. Em Garça os produtores batizaram como "Safra Pimenta". Durante esta semana, dezenas de amostram do rendimento de vários cafeicultores indicam que na região do Oeste de São Paulo, peneira alta deve ficar abaixo de 6%. Quem consequir produzir peneira alta teve negociar com preços "nunca imaginado" depois do termino da  safra

Em conversa com um do mais tradicionais maiores produtores, o chamado produtor Top, de Garça ele disse " que está mais de 60 anos trabalhando na produção de café e nunca presenciou um rendimento tão baixo como deste ano. A safra deste ano vai ficar na história com menor rendimento. Aquele que consegir mais de 10% de peneira deve  comemorar, aquele com mais de 15% deve agradecer a Deus, porque foi premiado com bilhete de loteria".  Projetando esta queda na produção para outras regiões do Brasil devemos chegar a uma números impressionante e vai ser uma surpresa desagradável para vários setores do mercado.

Outra surpresa vai ser no Vietnã, a situação do tempo seco nas Terras Altas Centrais continua tensa, embora tenha havido chuva em alguns lugares, muitos agricultores em grandes distritos como Di Linh, Buon Ho, área de Buon Ma Thuot disseram que ainda não houve chuva, Segundo um produtor da região, "o tempo quente não produzir café suficiente, há 50% de chance de perder a colheita. Jardins que não forem regados ou regados uma vez perderão de 70% a 80%, jardins que não forem cuidados perderão tudo."

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