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CNC alerta para riscos da importação de café verde


Nesta quarta-feira, 07/08, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, acompanhado pela assessora técnica Luiza Mantiça Kreimeier e pela secretária Vanessa Cristina, reuniu-se com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Guilherme Campos. O encontro contou também com a presença do diretor de Comercialização, José Maria dos Anjos e de Janaína Macedo, coordenadora geral do café. O objetivo principal da reunião foi abordar dois temas de grande relevância para o setor cafeeiro: o Programa Café Produtor de Água e a crescente preocupação com as possíveis implicações da importação de café verde para o Brasil.

Durante a reunião, o CNC apresentou o Programa Café Produtor de Água, presente em várias cooperativas de café, como Cooxupé, MonteCCer, Minasul e Sicoob Credivar. Esse programa visa promover práticas conservacionistas em áreas de bacias hidrográficas, restaurando matas e vegetações ciliares, protegendo nascentes e implementando técnicas para melhorar a infiltração da água da chuva e prevenir a erosão. O resultado dessas ações é a conservação das propriedades, a recuperação das matas ciliares, a proteção das fontes de água e a garantia de disponibilidade e qualidade da água para os cafeicultores. Além disso, o programa também beneficia as estradas municipais usadas pelas comunidades para os seus deslocamentos e o escoamento do café, garantindo uma infraestrutura melhor para todos do município.

Como parte da apresentação, foram exibidos ao secretário Guilherme Campos materiais como vídeos institucionais e relatórios das ações realizadas, que demonstram o impacto positivo do programa no meio ambiente e na sociedade.

Outro ponto discutido na reunião foi a recente publicação de um artigo sobre a importação de café verde pelo Brasil, escrito por um ex-diretor/secretário executivo da Organização Internacional do Café (OIC). O artigo, que sugere a importação de café verde como uma forma de reduzir custos para as indústrias brasileiras, levantou preocupações significativas entre os representantes do CNC.

O CNC alertou o secretário sobre os riscos fitossanitários associados à importação de café verde, que pode introduzir pragas e doenças que não existem atualmente no Brasil, colocando em risco as lavouras nacionais. A entrada dessas ameaças poderia causar danos irreversíveis à cafeicultura brasileira, comprometendo a posição do Brasil como o maior produtor mundial de café. “O CNC questiona se realmente vale a pena arriscar a segurança e a sustentabilidade da produção nacional em benefício de uma concorrência que, em nossa visão, não é salutar e que causará desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado, levantando dúvidas sobre a empatia da indústria com os produtores de café do país”, argumentou Silas.

“Trata-se de um documento sutil, indutor, que de maneira inteligente torna-se agressivo e extremamente preocupante. Temos conhecimento de audiências sobre tratativas de café com o vice-presidente da república e ministro Geraldo Alckmin, não sendo possível afirmar a pauta, no entanto, concluímos que essa é uma forma ardilosa de tratar de um assunto extremamente sensível para a produção de café brasileira, cuja consequência já podemos afirmar que prejudicará os nossos produtores”, destacou Silas Brasileiro.

Ao final da reunião, o presidente do CNC comunicou ao Secretário Guilherme Campos sobre um evento em Guaxupé, no dia 20 de agosto, que tratará do Pacto pela Adoção de Boas Práticas Trabalhistas e Garantia de Trabalho Decente na Cafeicultura no Brasil, que contará com a presença do Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Além disso, o CNC estendeu o convite para que o Secretário faça parte da delegação brasileira na reunião da OIC em Londres, de 9 a 13 de setembro.

A pedido do secretário, o CNC se comprometeu a auxiliar o Ministério da Agricultura na elaboração de respostas para um questionário sobre o pilar ambiental, que foi enviado por entidades internacionais, reforçando o compromisso do setor cafeeiro com a sustentabilidade e a responsabilidade social.

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Novembro 3.259 - 72
Janeiro 3.216 - 77
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    Safra 25/26 30% R$ 1870,00
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    Safra 25/26 25% R$ 1880,00
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    Conilon T. 7 R$ 1030,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1020,00