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Cooperativa cafeeira destaca efeito do clima sobre produção do grão


A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou, no dia 21 de janeiro, a quarta estimativa para o fechamento da safra brasileira de café, que totalizou 54,2 milhões de sacas beneficiadas em 2024, uma queda de 1,6% em relação à safra anterior. Apesar dos impactos climáticos, como a seca prolongada em Minas Gerais, que reduziu a produção em 3,1%, o cenário para 2025 começa com perspectivas mais animadoras. A alta pluviosidade desde outubro de 2024 tem contribuído para grãos mais granados, o que pode resultar em maior rendimento por saca e melhorar a rentabilidade dos produtores.

Na área de ação da Cocari (Cooperativa Agropecuária e Industrial), em Mandaguari, no Paraná,, as adversidades climáticas foram decisivas para consolidar os cenários da produção.

No Paraná, a produção de café arábica beneficiado foi de 675,3 mil sacas, apresentando uma contração de 6% em relação à safra 2022/23.

Em Goiás, a produção alcançou 255,6 mil sacas, com um crescimento de 13,9% devido ao aumento de 11,2% na área em produção e à bienalidade positiva, resultando em uma produtividade de 42,8 scs/ha, 13,9% acima da obtida em 2023.

Minas Gerais, que responde por 52% da produção nacional de café, foi o estado mais afetado, onde as chuvas praticamente cessaram em abril, resultando em uma produção de 28,1 milhões de sacas, uma redução de 3,1% em comparação ao total colhido na safra anterior. 

A primeira estimativa para a safra brasileira de café em 2025, divulgado pela Conab no dia 28 de janeiro, aponta uma produção total de 51,8 milhões de sacas de café beneficiado. Essa previsão representa uma redução de 4,4% em relação à safra anterior, refletindo um ano marcado pelo ciclo de baixa bienalidade e os impactos das restrições hídricas e altas temperaturas durante as fases de floração.

A produtividade média nacional deve atingir 28 sacas por hectare, uma queda de 3% em comparação com 2024. A área total destinada ao cultivo do café no Brasil cresceu 0,5%, alcançando 2,25 milhões de hectares, sendo 1,85 milhão de hectares em produção e 391,46 mil hectares em formação.

Para o café arábica, a estimativa é de uma produção de 34,7 milhões de sacas, o que representa uma queda de 12,4% em relação ao ano anterior. Esse desempenho é influenciado pelo ciclo de baixa bienalidade e pelas adversidades climáticas, especialmente em Minas Gerais, o maior produtor do país, onde a redução foi de 12,1%. Em contrapartida, a produção de café conilon deve alcançar 17,1 milhões de sacas, um crescimento expressivo de 17,2%, impulsionado principalmente pelos bons resultados no Espírito Santo, que responde por 69% da produção nacional dessa espécie.

Os estados produtores apresentam realidades diversas. Na área de atuação da Cocari, Minas Gerais, que lidera a produção nacional, deve alcançar 24,8 milhões de sacas, uma redução de 11,6% em relação ao ano anterior, devido ao ciclo de baixa bienalidade e à seca prolongada que antecedeu a floração.

Paraná, onde predomina o arábica, a produção estimada é de 675,3 mil sacas. Goiás também projeta redução devido à bienalidade negativa e condições climáticas, com produções de 195,5 mil sacas.

As projeções para a safra atual indicam um cenário de maior restrição na oferta global de café, com estoques em níveis historicamente baixos e uma demanda crescente no mercado internacional. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção mundial para 2024/25 está estimada em 174,9 milhões de sacas, um avanço de 4,1% em relação à safra anterior, enquanto o consumo global deve alcançar 168,1 milhões de sacas, resultando em um estoque final de 20,9 milhões de sacas, o menor das últimas 25 temporadas. Esse quadro tem sustentado a alta nos preços internacionais, com o café arábica e o robusta registrando elevações significativas nas bolsas de Nova Iorque e Londres. 

Daniel Sales, especialista em café da Cocari, comenta sobre as perspectivas para o 2025. "Apesar de um ano com queda na produção devido à seca intensa em 2024, 2025 começou mais animador. A alta pluviosidade desde outubro de 2024 fez com que os grãos de café estivessem granados, o que pode acarretar um rendimento mais alto por saca. Além disso, os preços do saco de café estão nas alturas, melhorando ainda mais o custo-benefício e proporcionando maior lucratividade para o produtor."

A Cocari reafirma seu apoio os produtores de café, oferecendo orientações e soluções que visam maximizar a produtividade e a rentabilidade, mesmo em tempos desafiadores.

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