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Além do Brasil e Vietnã, clima impacta na cafeicultura da Colômbia


Por José Roberto Marques da Costas

O volume de negócios desta sexta-feira atingiu 17.864 lotes, 3.046 lotes a mais do que quinta-feira, quando teve volatilidade de apenas 5,75 cents, uma das menores em vários meses. O julho fechou em alta de 0,40 cents  a 387,75 cents, com variação de 6,00 cents, de 385,20 cents a 391,20 cents, chegando a romper a primeira resistência em 389,47 cents.  O volume de negócios em Londres atingiu 7.118 lotes, 1,774 lotes a menos que quinta-feira, quando teve a variação de US$ 84. O julho teve queda de US$ 39, variando US$ 80, de US$ 5.226/t  a US$ 5.306/t, rompendo primeira resitência do dia em US$ 5.305/t 

A volatilidade dso últimos dois pregões, foi uma das menores em vários meses em NY, média de diária de 5,875 cents, bem abaixo da média díaria das últimos semanas quando atingiu nédia de 15,00 cents na procura de um novo piso em época de começo da colheita no Brasil. O contrato futur em julho continuou a operar dentro de intervalo dos últimos pregões entre 382,00 cents a 393,00 cents. Ns semana, NY teve ganhos de 2,35 cents e Londres perdas de US$ 65. O DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, desvaloriza 0,32%, aos 100,17 pontos.

O relatório da CFTC referente a 06 de maio mostram que os grandes fundos aumentaram suas posições compradas em 67 lotes e diminuíram em 168 lotes suas posições vendidas,  neste período a variação de julho passou de 399,80 cents a 389,85 cents, queda de 9,90 cents. Apesar da forte queda de 2,4% nos preços durante o período, os grandes fundos não foram os responsávis pela queda e nos últimos 21 dias, eles aumentaram em 22% suas posições liquidas comprada. Os dados mostraram alta de 0,6% nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. As posições abertas tiveram queda, passando 196.936 lotes para 193.741 lotes.

Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 29.793 posições líquidas compradas, sendo 38.295 posições compradas e 8.502 posições vendidas. No relatório anterior, referente a 29 de abril, eles tinham 29.618 posições líquidas compradas sendo 38.228 posições compradas e 8.670 posições vendidas. As empresas comerciais diminuíram suas posições líquidas vendidas, registravam no dia 06, saldo de 66.393 posições líquidas vendidas, sendo 47.984 posições compradas e 114.377 vendidas. No relatório anterior do dia 29, possuíam 68.580 posições líquidas vendidas, sendo 47.541 posições compradas e 116.126 vendidas.  

O Citi atualizou suas perspectivas para commodities, destacando particularmente um renovado impulso ascendente nos preços do café. A empresa de serviços financeiros agora prevê que as máximas de fevereiro para o café possam ser superadas, revisando seu ponto de projeção de preço (pp) de três meses para US$ 4,20 por libra. Este ajuste reflete expectativas de que a pressão de compra diminuirá significativamente devido a um fornecimento brasileiro mais robusto do que o anteriormente previsto. 

Essas previsões atualizadas de commodities do Citi surgem enquanto os participantes do mercado avaliam continuamente o equilíbrio entre oferta e demanda nestes importantes mercados agrícolas. As projeções da empresa são baseadas nas tendências atuais do mercado e nos fatores fundamentais, que estão sujeitos a mudanças à medida que novos dados surgem. Para investidores e partes interessadas do setor, estes ajustes de preço-alvo fornecem um panorama das expectativas de mercado do Citi para o curto prazo.

A Colômbia produziu cerca de 703.000 sacas de 60 kg de café arábica lavado em abril, 5% a menos do que no mesmo mês em 2024 e a primeira queda mensal desde fevereiro do ano passado e queda de 33,6% ante a 1,06 milhões de sacas em março, em abril as exportações aumentaram 1%, passando de 792.000 sacas no mesmo mês de 2024 para 796.000 sacas informou a Federação Nacional do Café na quinta-feira.

Germán Bahamón, diretor executivo da Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia, abordou diversas questões relacionadas ao setor cafeeiro, entre elas as chuvas na Colômbia que começaram a impactar as lavouras. "Essa mudança climática tem dois impactos principais na cafeicultura. Primeiro, prejudicou o amadurecimento dos frutos correspondente à colheita do primeiro semestre. Segundo, impediu os processos vegetativos necessários para induzir a floração adequada que dará origem à colheita do segundo semestre, impacto que será evidente entre outubro e dezembro de 2025. Ele também observou que, como consequência direta, a colheita principal do primeiro semestre do ano, que historicamente começa forte em abril, desacelerou", afirmou ele em suas redes sociais.

A produção de café hondurenha deverá atingir 5,52 milhões de sacas no ano-calendário 2024/25 e subir 5,07%  para 5,80 milhões de sacas no ano-calendário 2025/26. Essa tendência de alta é sustentada pela redução da ferrugem do café, pela maior disponibilidade de mão de obra e por um aumento de 81% nos preços internacionais do café, impulsionado em grande parte pelas condições climáticas adversas que afetam as principais regiões produtoras de café em todo o mundo. Como resultado, as exportações de café hondurenhas deverão aumentar para 5,36 milhões de sacas no ano-calendário 2024/25 e 5,5 milhões de sacas no ano-calendário 2025/26.

A FAS Mumbai prevê a produção de café (out/set) do ano comercial 2025/26 em seis milhões de sacas de 60 quilos. Uma seca em janeiro e fevereiro, seguida por ventos fortes e chuvas excessivas antes das monções em março e maio, deve impactar negativamente a produtividade. Os preços ao produtor do Arábica e do Robusta subiram 64% e 24% desde outubro, impulsionados por pressões globais de oferta, estoques limitados e menor produção projetada devido ao mau tempo. O consumo doméstico deve aumentar para 1,4 milhão de sacas de 60 quilos devido à forte demanda por café solúvel. Esse aumento no consumo doméstico ajudará a compensar a queda nas exportações, que devem cair para seis milhões de sacas de 60 quilos devido a um menor excedente exportável.

A Guatemala deve produzir 3,54 milhões de sacas de caféna safra 2025/2026, a mesma produção da safra passada, as áreas de produção de café da Guatemala permanecem estáveis, com aumentos graduais na produção à medida que os esforços de renovação em andamento começam a dar resultados. A produção total está prevista para os próximos dois anos, à medida que as árvores recém-plantadas completam seu ciclo de frutificação.  Aproximadamente 30% dos híbridos de Arábica cultivados são tolerantes à ferrugem e demonstraram capacidade de produzir café de alta qualidade, como evidenciado pelos 83% das exportações classificadas como grãos estritamente duros.  Os Estados Unidos continuam sendo o principal mercado de exportação da Guatemala, enquanto o café solúvel, em grande parte importado, representa 60% do consumo doméstico.

 A queda esperada da safra de café arábica do Brasil em 2025 não deve ser tão grande, uma vez que chuvas em abril podem ter ajudado na recuperação dos frutos, ainda que a possibilidade de maior quantidade de grãos chochos deva ser observada, avaliaram nesta quinta-feira (8) representantes da illycaffè, enquanto produtores se preparam para iniciar a colheita. Para o presidente da illycaffè, Andrea Illy, a queda esperada na produção de arábica do maior produtor e exportador global não justifica o nível de preços altos em Nova York. Os valores atingiram máximas acima de US$ 4/libra-peso há alguns meses por conta da especulação, segundo ele.

“Difícil calcular (a quebra), mas não é grande… que justifique o nível de preços”, afirmou Illy em coletiva de imprensa antes de evento da empresa que entrega um prêmio de qualidade a cafeicultores no Brasil, nesta quinta-feira (8). “Esse preço de US$ 4 não é indicativo da oferta e demanda, é uma bola especulativa, que foi favorecida pela dupla seca no Vietnã e Brasil, que são os dois maiores produtores de café”, afirmou.

Com a alta consistente do café no mundo, a italiana illycaffè vai segurar a margem de lucro e reduzir os custos operacionais para enfrentar a crise de preços, que gerou muita especulação, segundo o presidente da empresa, Andrea Illy, que está no Brasil esta semana. Contudo, ele prevê uma provável queda da commodity nos próximos 18 meses, pois acredita na renovação das lavouras nos países produtores, em especial Brasil e Vietnã. “Esse ano, vamos comprimir a lucratividade para voltar a crescer em 2026. Esse é um choque financeiro que estamos absorvendo, pois temos capacidade financeira”, acrescentou..

Ótimo Final de semana

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Contrato Cotação Variação
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  • Varginha
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    Moka R$ 2620,00
    Safra 23/24 20% R$ 2640,00
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    Duro/riado/rio R$ 2350,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2650,00
    Certificado 15% R$ 2700,00
    Duro/riado/rio R$ 2280,00
    Miúdo 14/15/16 R$ 2750,00
  • Franca
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    Safra 23/24 15% R$ 2650,00
    Moka R$ 2620,00
    Duro/Riado 15% R$ 2420,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2650,00
    Safra 23/24 25% R$ 2630,00
    Peneira 17/18 R$ 2870,00
    Rio com 20% R$ 2300,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 23/24 20% R$ 2640,00
    Safra 23/24 30% R$ 2620,00
    Duro/Riado 20% R$ 2350,00
    Escolha kg/apro R$ 32,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2650,00
    Safra 23/24 25% R$ 2630,00
    600 defeitos R$ 2550,00
    Duro/riado 25% R$ 2400,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Conilon/Vietnã R$ 1650,00
    Cepea Arábica R$ 2478,07
    Cepea Conilon R$ 15225,76
    Agnocafé 23/24 R$ 2650,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1590,00
    Conilon T. 7 R$ 1570,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1550,00