35 milhões de sacas de arábica será o suficiente para honrar os compromissos?
Por José Roberto Marques da Costa
O volume de negócios desta sexta-feira atingiu 21.465 lotes, 8.547 lotes a menos do que quinta-feira, quando teve volatilidade de 15,20 cents. O julho fechou em queda de 9,35 cents ( 2,5% ) a 365.65 cents, com variação de 111,20 cents, de 362,90 cents, menor patamar desde 22 de abril, a 374,10 cents, rompendo o primeiro suporte em 365,85 cents. O volume de negócios em Londres atingiu 20.253 lotes, 1.296 lotes a mais que quinta-feira, quando teve a variação de US$ 130. O julho teve queda de US$ 106 a tonelada ( 2,1% ), variando US$ 177, de US$ 4.809/t a US$ 4.986/t, rompendo o primeiro suporte em US$ 4.899/t. A diferença entre a bolsa de NY e Londres volta a ultrapassar o nívivel de 150,00 cents.
Nesta semana a variação média diária em NY atingiu 14,25 cents e pelo terceiro dia consecutivo, especuladores tentam romper a mínima do mensal passada em 362,25 cents, na quarta-feira a mínima foi 363,25 cents, na quinta 362,75 cents e na sexta 362,90 cents, quando forte suporte sendo mandido com cobertura de grandes fundos, na semana teve perda acumulada de 22,10 cents ( 5,7% ). Em Londres, variação média diária da semana foi US$ 158,4 cents, e na semana sacumula perda de US$ 361 a tonelada ( 6,9% ). Segundo o analista do Vietnã, Nguyen Quang Bing, "não pergunte por que mercado está tão estranho. Somente especuladores podem dizer tais coisas. Se você é um pequeno sitante, profissional ou exportador, provavelmente já sabe que o mercado é dominado pela especulação".
O relatório da CFTC referente a 13 de maio mostram que os grandes fundos diminuíram suas posições compradas em 1.817 lotes e aumentaram em 310 lotes suas posições vendidas, neste período a variação de julho passou de 389,85 cents a 376,35 cents, queda de 13,50 cents. Os dados mostraram queda de 7,1% nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. As posições abertas tiveram queda, passando 193.741 lotes para 189.150 lotes.
Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 27.668 posições líquidas compradas, sendo 36.478 posições compradas e 8.812 posições vendidas. No relatório anterior, referente a 06 de maio, eles tinham 29.793 posições líquidas compradas sendo 38.295 posições compradas e 8.502 posições vendidas. As empresas comerciais diminuíram suas posições líquidas vendidas, registravam no dia 13, saldo de 63.562 posições líquidas vendidas, sendo 48.116 posições compradas e 111.678 vendidas. No relatório anterior do dia 06, possuíam 66.393 posições líquidas vendidas, sendo 47.984 posições compradas e 114.377 vendidas.
Segundo economista, os preços do café encerraram a sessão desta sexta-feira em queda, pressionados pelo alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China e pela valorização do dólar. O café arábica acumulou perdas de 5,7% na semana fechando na mínima de 30 dias O apelo como porto seguro diminuiu com a trégua comercial entre EUA e China e o acordo entre os países prevê uma suspensão temporária das tarifas sobre bens por 90 dias, o que amenizou temores sobre os impactos econômicos de longo prazo".
Além disso, o fortalecimento do dólar, que caminha para a quarta semana seguida de alta, tornou o café menos atrativo para investidores que operam com outras moedas. Apesar da pressão, o cenário ainda reserva algum suporte ao café: a inflação nos EUA dá sinais de desaceleração e os dados econômicos mais fracos reforçam as apostas de cortes nas taxas de juros ainda este ano.
Segundo análise técnica de quinta-feira da Ecomonies. com, o preço do café confirmou sua rendição ao viés de baixa recentemente, ao formar padrões negativos que são representados por máximas consecutivas mais baixas, e o nível 390,00 cents forma uma forte resistência, para notar algumas perdas ao atingir 366,75 cents. Percebendo a abordagem estocástica do nível 20, fornecendo um momentum negativo extra que nos faz preferir mais tentativas negativas, que podem ter como alvo os níveis 358,00 cents e 345,00 cents.
Os preços do café operam em queda nesta manhã de sexta-feira, à medida que a redução das tensões comerciais entre os EUA e a China impulsionou o apetite por risco e enfraqueceu a demanda de café como ativo de refúgio. A commodities em NY e Londres também está sendo pressionado pela resiliência do dólar nesta semana, bem como pelo aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano.
Segundo dados da Safras & Mercado, até o último dia 13 de maio, a colheita de café no Brasil da safra 2025/26 chegou a 7% da produção esperada. De acordo com a consultoria, o ritmo está atrasado em comparação ao mesmo período do ano passado e também abaixo da média das últimas cinco safras (2020-2025), ambas com 10% da produção colhida até esta data.
Para Antônio Pancieri Neto, da Clonal Corretora de Café, mesmo com esse atraso, o mercado está sentindo o impacto da colheita, com um incremento forte de oferta nas praças de negociação, principalmente do tipo conilon, que caiu de preço e arrastou o arábica junto. Além disso, a liquidação de contratos por parte dos fundos potencializou o movimento de baixa
Ainda de acordo com ele, os rendimentos de café conilon estão superiores aos obtidos no ano passado. Já para o tipo arábica, o resultado, apesar da pouca amostragem, é negativo. Os relatos são de uma piora em relação ao ano passado, principalmente no que se refere à peneira. A estiagem que foi vista em lavouras da Mogiana e Sul de Minas favoreceu esse quadro.
Dados divulgados no "2º Levantamento da Safra de Café 2025" pela CONAB estimam para essa temporada uma produção de 55,7 milhões de sacas que representa um crescimento de 2,7% ou 1,5 milhão de sacas acima do volume produzido em 2024. A produção de arábica deve alcançar um total de 37 milhões de sacas. A produção de conilon está estimada em 18,7 milhões de sacas, 27,9% acima do que foi produzido no ano passado, e representando uma estimativa recorde na série histórica da companhia.
O Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE ) a estimativa que produção brasileira, considerando-se as duas espécies, arábica e canephora em 55,0 milhões de sacas, acréscimo de 2,3% em relação ao mês anterior, tendo o rendimento médio aumentado nesse mesmo valor, mantendo-se a área ser colhida (0,0%). No comparativo com 2024, a estimativa da produção declina 3,6%, em decorrência das reduções de 1,3% na área a ser colhida e de 2,3% no rendimento médio.
Para o café arábica, a produção estimada em 37,0 milhões de sacas aumento de 3,5% em relação ao mês anterior e declínio de 7,5% em relação ao volume produzido em 2024. O rendimento, de 24,4 sacas/ha, apresenta um aumento de 3,5% em relação a março e declínio de 5,5% em relação ao ano anterior. Para o café canephora, a estimativa da produção de 18,0 milhões de sacas, acréscimo de 5,5% em relação ao volume produzido em 2024, com aumentos de 1,5% na área a ser colhida e de 3,9% no rendimento médio.
O banco holandês Rabobank divulgou nesta quarta-feira (14/5) uma nova projeção para a safra de café 2025/26, de 62,8 milhões de sacas. A estimativa é de queda de 6,4% em relação ao ciclo anterior, mesmo depois das chuvas de abril nas principais regiões cafeeiras do Brasil. A produção de arábica deve cair 13,6%, para 38,1 milhões de sacas, e a de conilon deve atingir um recorde de 24,7 milhões de sacas, alta 7,3%.
No quarto mês do ano, o Brasil exportou 3,1 milhões de sacas, um recuo de 28% em relação ao ano anterior. As exportações acumuladas em 2025 chegaram a 13,8 milhões de sacas, uma redução de 16% em comparação com o mesmo período do ano passado. Essa desaceleração está alinhada com previsões anteriores, impulsionada pela entressafra e pelos estoques historicamente baixos — consequências de safras anteriores decepcionantes e exportações recordes no último ano. Até dia 16 de maio, os embarques do Brasil atinge 1.242.459 sacas, alta de 10,3% ante a abril, embarque médio diário de 77.636 sacas, e as projeções destes embarques apontam exportação de 2,8 milhões de sacas em maio.
Segundo Eduardo Carvalhãres, as projeções mais otimistas da produção brasileira de café em 2025, apontam para um cenário tão apertado como o atual no novo ano-safra que começará em julho próximo. Nossos estoques de passagem no final de junho serão historicamente baixos, e até os maiores números de produção lançados no mercado apontam para uma safra 2025/2026 com tamanho próximo ao da atual safra 2024/2025. O equilíbrio precário entre produção e consumo global vai persistir no ano-safra 2025/2026. “O mercado brasileiro começa a safra 2025/26 enfrentando uma oferta apertada, estoques baixos e uma demanda ainda resiliente”, indicou Guilherme Morya, analista da commodity no Rabobank.
A grande maioria da mídia estão mencionado uma ótima produção de café conilon do Brasil, que está pressionando a bolsa de Londres, mas estão evitando comentar a produção de arábica. Pelas estimativas da produção que está começando a ser colhida no Brasil, o número de 35 milhões de sacas de arábica está se tornando um consenso. Aí está a grande dúvida, em um mercado equilibrado, com estoques remanescentes praticamente zerados, a produção de 35 milhões de sacas não será o suficiente para honrar os compromissos até a entrada da safra de 2026. E lá, tempos vamos passar por um inverno com provável entrada do La Niña e um clima que prometer ser um "repeteco do ano passado".
Data: 18/05/2025 17:10 Nome do Usuário: Fábio Comentário: Kkkk GOSTEI , MAS vc em parte está correto porém estou olhando para o FUTURO , pois SABEMOS QUE O MERCADO TRABALHO FUTURO, mas sinceramente sou produtor e aqui colheita vai ser nota 7 e 2026 nota 10
Data: 18/05/2025 09:19 Nome do Usuário: Honorato Comentário: Fábio você caiu e bateu a cabeça você está falando de safra 28 não colhemos nem a 25 você entende bem do clima kkkkkk
Data: 18/05/2025 09:19 Nome do Usuário: Honorato Comentário: Fábio você caiu e bateu a cabeça você está falando de safra 28 não colhemos nem a 25 você entende bem do clima kkkkkk
Data: 18/05/2025 06:45 Nome do Usuário: Fábio Comentário: ENTÃO VOLTA AQUI DAQUI UM ANO E VAMOS CONFIRMAR A SAFRA 2025 , ESTOQUE E A MEGA SAFRA QUE ESTÁ POR VIM EM 2026 , SEM FALA SE CLIMA AJUDA SAFRA 2028 90/ 100 MI .
Data: 18/05/2025 00:54 Nome do Usuário: Rui Morgado Comentário: Ou sem noção ou é vendido, O conilon será boa a safra, mas arábica sofrerá queda de uns 30%. Passou este ano safra, condições iguais ao que passamos no Conilon para formar a safra 2024 e quebramos 35%
Data: 17/05/2025 16:10 Nome do Usuário: Fábio Comentário: Se até hoje nunca faltou, agora que não vai faltar, café tem e MUITO