Em 2025, torrefadores estão dando suportes as altas do mercado de café
Por José Roberto Marques da Costa
O volume de negócios atingiu 50.324 lotes, 5.713 lotes a mais do que quinta-feira, quando teve volatilidade de 6,35 cents. O setembro fechou em alta de 0,70 cents a 346,00 cents, com variação de 12,30 cents, de 334,30 cents a 346,60 cents, rompendo os três suportes do dia, em 342,55 cents, 339,80 cents e 336,30 cents e no mês de junho acumula alta de 6,20 cents. Os estoques certificados aumentaram 8.767 sacas para 846.291 sacas, esperando certificação 77.961 sacas e no mês acumula perda de 42.099 sacas.
O volume em Londres atingiu 28.774 lotes, 12.668 lotes a mais que quinta-feira, quando teve a variação de US$ 80. O setembro fechou em queda de US$ 27 a US$ 4.287/t, variação de US$ 193, de US$ 4.133/t, a mínima de 10 meses, a US$ 4.326/t, rompendo os três suportes do dia em US$ 4.262/t, US$ 4.210/t e US$ 4.168/t. Os estoques de café certificados estão mínima de três semanas, de 5.184 lotes.
O relatório da CFTC divulgado nesta sexta-feira, referente a 10 de junho mostram que os grandes fundos aumentaram em 1.821 lotes suas posições compradas e diminuíram em 596 lotes suas posições vendidas, neste período a variação de julho passou de 340,85 cents a 355,05 cents, alta de 14,20 cents. Os dados da CFTC (Commodity Futures Trading Commission) mostraram alta de 11,1% nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. As posições abertas tiveram alta, passando 190.133 lotes para 198.894 lotes, aumento devido ao vencimento das opções de julho no dia 12
Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 24.129 posições líquidas compradas, sendo 33.546 posições compradas e 9.417 posições vendidas. No relatório anterior, referente a 03 de junho, eles tinham 21.712 posições líquidas compradas sendo 31.725 posições compradas e 10.013 posições vendidas. As empresas comerciais aumentaram em 12,6% suas posições líquidas vendidas, registravam no dia 10, saldo de 60.462 posições líquidas vendidas, sendo 52.763 posições compradas e 113.225 vendidas. No relatório anterior do dia 03, possuíam 53.688 posições líquidas vendidas, sendo 55.573 posições compradas e 109.261 vendidas
Na analise de quinta-feira mencionei que sem a forte contagio financeiro devido as opções, a possibilidade de iniciar um novo rally está bem grande, influenciado por fatores economicos, a queda de rendimentos Treasuries, a forte desvalorização global do dólar, com o DXV fechando em 97,84 pontos, queda de 0,77%, abaixo de 98 pontos pela primeira últimos 3 anos e 3 meses, abrindo espaço para valorização do café. Caso não tenha nenhuma influencia externa, tudo indica que deve ultrapassar várias resistências do dia.
Com os rendimentos Treasuries seguindo em queda pelo quarto dia consecutivo após piora de dados sobre trabalho nos EUA e o índice do dólar ( DXY ), uma média da força do dólar so EUA em relação a um cesta de principais moedas globais, caiu pela primeira vez abaixo de 98 pela primeira vez desde março de 2002. A combinação destes movimento sinaliza uma mudança notável nos mercados cambias globais podendo criar um ambiente favorável para as commodities com a migração dos investidores em títulos americanos em para mercado. Segundo Bank of America, o dólar dos EUA pode cair ainda mais neste verão do hemisfério norte que tornaria ainda mais barato,
Nos últimos anos, uma leitura do DXY acima de 100 normalmente refletia domínio do dólar e um sentimento de aversão ao risco, frequentemente impactando negativamente nas commodities. Por outro lado, à desvalorização do dólar suaviza as condições fiandeiras, aumenta a liquidez global e tende a beneficiar ativos especulativos. Diversos fatores estão contribuindo para a queda atual. A inflação principal nos EUA registrou 2,4% ano a ano, ligeiramente abaixo da estimativa de consenso de 2,5%, fortalecendo as expectativas de mercado para uma mudança dovish na política monetária.
Mas deve uma forte influencia externa ao mercado nesta sexta-feira
Na analise manhã de ontem depois de 2 horas de pregão, alertei em nova análise, de que contratos futuros de café em NY e Londres operam em forte queda à medida que um ataque de Israel contra o Irã deflagrou um movimento global de aversão a risco, pressionando ações e favorecendo ativos considerados mais seguros, como ouro e Treasuries, tanto NY como Londres já tinham rompido os três suportes do dia.
Israel bombardeou o Irã, atingindo instalações nucleares e fábricas de mísseis balísticos, na tentativa de evitar que Teerã construa uma bomba atômica. O Irã retaliou ao lançar 100 drones e responsabilizou os EUA por permitirem a ofensiva israelense. A escalada nas tensões geopolíticas vem em meio a preocupações com os efeitos da errática política tarifária do governo Trump. As cotações do petróleo saltarem até mais de 10% durante a madrugada, em reação ao ataque israelense. O ouro sobe e atinge o valor US$ 3.466 por onça. Depois de chega a mínima de mais de 3 anos, DXY inverte tendência e se valoriza após ofensiva de Israel no Irã, nesta manhã valorizava 0,50% a 98,40 pontos
Passando mais algumas horas de pregão tudo muda, a tendência inverte totalmente, depois que encontrou novamente fortíssimo stop de compras dos comerciais ( torradores ) na média móvel de 50 dias, a nível de 335 cents o setembro. Porque novamente, a dois meses atrás, no dia 09 de maio, quado julho teve que de mais de 22 cents, chegando a mínima de 323,60 cents, na média móvel de 200 dias, também foi acionando fortíssimo stop de compras de comercias, que de novo performance positivos com alta que chegou a mais de 24%, espotando muitos investidores no meio do caminho.
Nesta mês de maio, a alta chegou a máximo acima de 415 cents do dia 29, onde acionou forte stop de vendas dos comerciais, começou a perder tudo que ganho. No dia 6 de junho, quando chegou a 336 cents, aparece outro stop de compras, neste dia somente uma empresa comercial adquiriu 300 mil sacas levando a máxima de 377 cents, depois começou a perder todos os ganhos. Ontem atingindo a média móvel de 50 dias, encontrou novamente o stop de compras de comerciais. Se não houve novamente "influencia externa", a tendência do mercado é repetir esta performance, deve acionar um forte rally até encontrar novo stop de vendas de comerciais.
Muitos analistas estão interpletando esta "gangora" nos preços tend oa interferença de fundos e investidores, mas pelas últimos realtórios dos traders, os grandes fundos contnuam mantendo suas posições compradas entre 32 a 35 mil lotes a vários meses. A variação está sendo influenciada que chamo de " expeculadores de plantão" que representa cerca de 12% dos investidores influenciados influenciado por fatores economicos, variação dos rendimentos Treasuries e do Índice Dólar ( DXV ).
Fazendo uma analises da performnce dso contatos de café arábica em NY, eles estão operando acima de 300 cents, desde maio do ano passada cerca de 13 meses, operam acima de 320 cents desde 22 de janeiro desde ano, acima de 340,00 cents, desde de 28 de janeiro, somente no dia 09 de maio, rompeu este nível, chegando a 332,60 cents, mas foi acionado um stop de comrpras voltando no mesmo dia a operar acima de 340,00 cents e outro na semana passada e nesta sexta-feira, onde foi acionado stops de compras de torradores. Fazendo um resumo, os torrefadores estão dando suportes as alta dos contratos futuros de café arábica em NY.
De acordo com a Cecafé, o país embarcou 2,963 milhões de sacas em maio deste ano, no acumulado dos 11 meses do ano safra 2024/25, o Brasil exportou 42,968 milhões de sacas de café e a projeção indica que no ano safra 2024/25 os embareques devem superar 45 milhões de sacas, novo recorde. Entre janeiro e maio de 2025, os embarques brasileiros de café totalizaram 16,790 milhões de sacas, o café arábica foi o mais exportado nos cinco primeiros meses de 2025, com as remessas ao exterior somando 14,116 milhões de sacas. O segmento do café solúvel veio na sequência, com embarques equivalentes a 1,641 milhão de sacas, seguido o conilon com 1,011 milhão de sacas, e pelo setor industrial de café torrado e torrado e moído, com 22.128 sacas.
Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), até dia 13 de junho, os embarques brasileiros do mês totalizaram 1.007.873 sacas, queda de 8,7% (média de 77.528 sacas), sendo 750.971 sacas de café arábica, 173.627 sacas de café conillon, e 83.275 sacas de café solúvel. O embarque de café conillon tem forte alta 275% em julho ante a maio. Os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque de junho totalizavam 1.284.207 sacas, queda de 3,2%, sendo 974.192 sacas de arábica, 184.586 sacas de conillon e 125.429 sacas de solúvel. O pedido de emissão de certificados de origem para café conillon com forte alta 365% em julho ante a maio. As projeções pela média diária indicam que em junho, as exportações devem artingir 2,7 milhões de sacas, sendo que mais de 20% deveram ser de café conilon.
Que está supreendendo em junho está sendo a exportação de café conilon e pelas projeções deverá ser superior de 500 mil sacas, mais da metade que foram embarcadas nos primeiros cinco meses de 2025 e com tendência de altas nos próximos meses. O motivo desda explosão nos embarques está na "pexincha" no preço, atualmente é o café mais barato do mundo, uma diferença a menos de R$ 500 por saca e relação ao Vietnã que no mês de maio atingiu a médai de R$ 1.920,00 a saca. Mantendo estes preços, nosso principal concorrente pode compras café conilon do Brasil e embarcar com lucro de R$ 300 por saca.
Entre janeiro e maio de 2025, os embarques brasileiros de café totalizaram 16,790 milhões de sacas e do Vietnã 13,550 milhões de sacas, que representa 30,340 milhões de sacas. O Vietnã exportou 813.000 toneladas ( 13,550 milhões de sacas ) de café no período de janeiro a maio. Somente em maio, as exportações totalizaram quase 149.000 toneladas ( 2,484 milhões de sacas ), no valor de US$ 860 milhões, um aumento de 60,5% em volume e quase 2,2 vezes em valor em relação ao ano anterior, chegando a média de US$ 346,21 por saca ( R$ 1.920,00 )
No ano safra 2024/25 devem evaporar do Brasil cerca de 67 mihões de sacas ( 45 na exportação e 22 no consumo interno ) deixando os estoques remanescentes praticamente zerados. No quinto ano consectivo que queda de safra, a produção da safra 2025//26 tem estimava entre 53 a 65 mlhões saca, produção de conilon, entre 18 milhões a 25 milhões e 32 a 40 milhões de sacas de arábica, mantendo consumo interno de 22 milhões de sacas. Nos próximos 12 meses, somam de apenas 31 milhões a 43 milhões para abastecer o mercado externo.
A grande pergunta do mercado, "vai ter café suficiente para todos"?. Nas perspectivas dos torradores mundiais haverá um déficit bem acima que os traders estão estimando. Devido a alta do consumo mundial em torno de 2% e queda das safras nos principais países produtures, a meses a Agnocafé está estimando um déficit de 15 milhões de sacas no ano safra de 2025/26.
Data: 14/06/2025 16:48 Nome do Usuário: Fábio Comentário: Sou produtor, café tem e muito! O que não tem é como controlar os FUNDOS, TUBARÕES É ELE QUE MANIPULA AS NOTÍCIAS SEGUNDO O SRU JOGO... ACORDA PRODUTOR DAQUI PRA FRENTE É SÓ PRÁ TRÁS