Safra "surpresa" de café do Brasil vai pegar o mercado de "calça curta"
Por José Roberto Marques da Costa
Na quinta-feira, véspra de feriado nos EUA, o volume de negócios em NY atingiu 21.161 lotes, 26.722 lotes a menos do que quarta-feira, quando teve volatilidade de 12,65 cents. O setembro fechou em queda de 1,60 cents ( 0,54% ) a 286,60 cents, com variação de 9,55 cents, de 274,45 cents a 294,00 cents, sem força para romper oprimeiro suportes do dia em 283,12 cents a a primeira resistência em 295,77 cents, na semana acumula perda de 14,15 cents. Os suportes de segunda-feira, estão em 284,60 cents, 279,60 cents e 274,90 cents e as resistências em 294,30 cents, 299,00 cents e 303,00 cents
O volume em Londres atingiu somente 6.724 sacas, 3.776 lotes a menos que quinoa-feira, quando teve a volatilidade de US$ 157/t. O setembro fechou em alta de US$ 50, a US$ 3.677/t ( 1,37% ) variando US$ 1116, de US$ 3.566/t a US$ 3.682/t, não tendo força para romepr o primeiro suporte do dia em US$ 3.541/t a primeira ressitência em US$ 3.698 e na semana acumula ganhos de US$ 16. A diferença de preço entre as bolsas caiu para 122,87 cents ante 125,08 cents na quinta-feira .Os suportes de segunda-feira estão em US$ 3.601/t, US$ 3.526/t e US$ 3.485/t e as resistências em US$ 3.717/t, US$ 3.758/t e US$ 3.833/t.
O contrato de café arábica em NY fechou em queda na quinta-feira, pré-feriado nos EUA após dados mais fortes do que o esperado no payroll americano, o que diminui a chance de 95,3% ante a 76,2% de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) este mês, mesmo diante da alta nos rendimentos dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries). O relatório impulsionou o sentimento de risco e o dólar no exterior, pesando ainda mais sobre os aspectos de porto-seguro do ativo.
O relatório payroll mostrou 147 mil novos empregos criados em junho, em comparação com os 110 mil esperados, juntamente com um declínio na taxa de desemprego. O número muito mais forte significa que um corte na taxa de juros em julho não deve mais ser considerado pelo BC americano, disse Fawad Razaqzada, da StoneX.
Embora o relatório seja uma surpresa bem-vinda em um cenário econômico em que se aproxima o prazo final para as tarifas recíprocas de Donald Trump, espera-se que a incerteza mais uma vez assuma a liderança. No radar geopolítico, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que conquistará suas metas na guerra contra a Ucrânia, em ligação de uma hora com Trump, segundo o assessor presidencial russo Yuri Ushakov.
Nesta sexta-feira (4), o mercado fechou a semana sem uma de suas principais referências, diante do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos, quando é comemorada a independência do país, o que retirou a liquidez das moedas ao redor do mundo. O dólar à vista também subiu, registrando elevação de 0,37%, a R$ 5,4245. A moeda chegou à quinta semana consecutiva em queda, com redução de 5,17% no período, em relação ao real. Nos últimos cinco pregões, a desvalorização no Brasil foi de 0,44%. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechpu em queda de 0,18%, a 96,65 pontos.
O que chamou a atenção foi o expectro das estimativas de safra deste ano do Brasil, variação de 12,7 milhões de sacas, maior que a produção da Colômbia, que nesta safra deve ficar em 11 milhões de sacas ) de 53,7 milhões a 66,40 milhões de sacas, a maior safra de arábica foi 41,23 milhões de sacas e a menor 34 milhões de sacas, a maior de conilon foi 26,35 milhões de sacas e a menor 18 milhões de sacas, com estamos vivendo em mundo capitalista, cada estimativa defendo seus interesses econômicos. Tudo indica que " safra surpresa" será ainda menor com a decepção da safra de arábica.
Segundo as informações colhida nas última duas semanas pela Agnocafé, a safra do arábica vai ser uma surpresa desagradável para os comercias, deve ficar bem abaixo de todas as estimativas. Pelo levantamento, a produção de café deve ficar abaixo de 55 milhões de sacas, sendo que a produção do arábica deve ficar entre 30 a 32 milhões de sacas, devido a forte queda de rendimento depois do beneficio, além da queda acima do esperado, a qualidade do grãos de café está sendo compremetida devido as chuvas recentes e a alta umidade do solo.
O produção de 52 milhões de café da safra 2024/25 vai pegar o mercado de "calça curta" devido a queda acima do esperado do café arábica que deve ficar em torno de 31 milhões de sacas, cerca do de 11 milhões abaixo da estimativa da USDA de 41,7 milhões de sacas. Este não foi o primeiro grande erro da entidade, o levantamento dos últimos sete anos ( quadro abaixo ), na safra de 2020/21, a entidade estimou safra brasileira em 67,9 milhões de sacas, mas efetivamente foi uma "super safra" de 75 milhões de sacas, cerca de 7 milhões de sacas a mais da estimativa da USDA.
Em 2020, a Agnocafé recebeu muitas críticas do setor de produção por em estimativa muito acima do mercado. Como o mercado é "superano", a resposta na época refletiu esta "super safra", contações em NY em 125,00 cents, Londres em US$ 1.350/t. No mercado interno, a diferença entre arábica e conilon estava em R$ 150,00, saca do café arábica em R$ 500,00 e no conilon em R$ 350,00. Como o mercado ainda continua "soberano", a resposta deve acontecer no médio prazo, com os níveis de preços nas bolsas e do mercado interno bem superiores a atuais, refletindo um déficit mundial de 12 a 15 milhões de sacas na safra 2025/26. A USDA informou nos últimos relatorio que o estoques remanescente do Brasil desta safra deve ficar em 1,2 milhões com a produção de 65 milhões de sacas, mas com a produção surpresa de 52 milhões de sacas, superávit de 1,2 milhões de sacas deve virar déficit de 11,8 milhões de sacas.
As estimativa de produção brasileira dos últimos sete anos feito pela USDA em milhões de sacas
Durante estas últimas semanas, foram centenas de depoimento de produtores brasileiros com decepção dupla, primeira com a queda nos últimos meses de R$ 1.000,00 do preço da sacas, e a segundo, a mais precupante, a queda do rendimento acima no normal da safra de arábica depois do beneficiamento dos grãos café. Um dos depoimento, o diretor de uma grande cooperativa, informou que queda da produção em dezenas de municípios onde atua a cooperativa no Sul de Minas, foi um supresa inesperada, deve ficar entre 20% a 25% em relação a safra passada. Outro depoimento foi um dos maiores corretores do Cerrado Mineiro, " a safra está estranha, não se observa movimento normal para começo de safra, os armazéns estão completamente vazios e os produtores muito retraídos, uma indicação que a safra de café arábica deste ano vai ser anormal".
Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), até o dia 04 de julho, os embarques de julho, totalizaram 2.587.210 sacas, queda de 12,1%, sendo 1.824.855 sacas de café arábica ( queda de 23% ante a maio ), 475.434 sacas de café conillon ( alta de 135% ante a maio ) e 285.921 sacas de café solúvel. Os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque de junho totalizavam 2.574.299 sacas, queda de 13,1%, sendo 1.841.027 sacas de arábica, 471.528 sacas de conillon e 261.744 sacas de solúvel.
Com o embarques de 2,6 milhões de sacas em junho, no ano safra 2024/25, as exportações devem chegar a 45,5 milhões de sacas, além das exportação, somando as 22 milhões de sacas do consumo interno, foram 67,5 milhões de sacas. Com os estoques renamescente praticamente zerados, a produção brasileira indicando safra 2025/26 em 52 milhões de sacas e o consumo interno de 22 milhões de sacas, só vai sobra 30 milhões de sacas para a exportações até a entrada da safra daqui a 12 meses.
Com as exportações de 45,5 milhões de sacas, somando a exportação da safra 2023/24 que registrou um volume recorde de 47,3 milhões de sacas, nos últimos 24 meses, foram embarcadas 93 milhões de sacas, que representa 3 vezes a safra anual do Vietnã. Acrecentando o consumo interno de 44 milhões de sacas, vamos chegar ao volume extraordinário de 137 milhões de sacas, que foram consumidas por este mercado mundial insaciável, média de 68,5 milhões de saca por ano. Pela projeção, nos próximos 12 meses, deverão ser consumidas mais 68,5 milhões de sacas, que representa um volume de 205,5 milhões de sacas, cerca de 16,5 milhões de sacas a mais que a estimativa média da produção brasilerira da USDA dos últimos 7 anos. Agnocafé está alertando deste setembro de 224, que não haverá café para atender a todos devido a déficit de 15 milhões de sacas no ínico da próxima safra.
Durante um evento nesta semana, o Itaú BBA, projetou um cenário é favorável para a cafeicultura brasileira na safra 2026/27, antecipando da passagem do inverno com chuvas normais depois da florada ( sonho maravilhoso de todos os traders mundias do mercado) . Com perspectiva de clima normalizado, sem impacto do fenômeno La Niña, e lavouras bem tratadas graças aos ganhos das temporadas anteriores, a produção de café no Brasil no próximo ciclo pode alcançar 70 milhões de sacas. Se esta normalização acontecer, com clima maravilhoso, a produção para a Agnocafé dever chegar a da safra de 2020 em 75 milhões de sacas, mas até lá, vai ter muita água passando de "baixo da ponte"
A recomposição dos estoques globais de café deve levar pelo menos duas boas safras, após déficits sucessivos no balanço de oferta e demanda, em meio a um consumo que mostra resiliência apesar de preços historicamente elevados, disseram especialistas durante o Coffee Dinner & Summit, nesta sexta-feira. O cenário mostra os desafios globais do setor, que viu os preços dispararem para máximas históricas, e indica que mesmo uma grande safra esperada em 2026 para o Brasil, pode não trazer alívio imediato para consumidores.
"Eu acho que a gente ainda está num momento que não é confortável. Eu não acredito em formação de estoque deste ano para o ano que vem. Acho que a gente precisaria de no mínimo umas duas safras boas", afirmou o superintendente comercial da cooperativa Cooxupé, Luiz Fernando dos Reis. O executivo lembrou que, mesmo que o Brasil produza uma grande safra no ano que vem (2026/27), a seguinte não deve ser tão boa, já que as lavouras de arábica, que dominam a cultura no Brasil, oscilam entre anos de alta e baixa produtividade. " Então acho que uma formação de estoques vai demorar mais tempo... acho que não vamos conseguir recompor esses estoques no ano que vem", disse ele.
Números duvidosos da USDA
Em 2020, a produção mundial de café, segundo o USDA foi estimada em 176,08 milhões de sacas e o consumo mundial foi projetado para alcançar 167,9 milhões de sacas com o Brasil produzindo 67,9 milhões de sacas, 38,5% da produção mundial. Depois de 5 anos, a USDA estima a produção global de café em 2025/26 em 178,7 milhões de sacas e consumo global de 169,4 milhões de sacas, com produção brasileira de 65 milhões de sacas, 36,4% da produção mundial, fazendo com que os estoques finais continuem apertados, em 22,8 milhões de sacas.
Em 2023, a Organização Internacional do Café (OIC) tem observado um aumento no consumo mundial de café, com projeções de crescimento para os próximos anos de 2,25%, no meio do período de 2020 a 2025. Projetando estes dados de aumento de consumo da OIC dos últimos 5 anos com base o consumo mundial da USDA em 2020, tem um aumento médio de 3,78 milhões de sacas por ano, acumulando aumento de 18,9 milhões de sacas e ao número de 186,8 milhões de sacas, 17,4 milhões de sacas a mais, dando os estoques finais de 5,4 milhões de sacas. Mas a produção do Brasil deste ano deverá ficar em 52 milhões de sacas, 13 milhões menos da estimativa da USDA, que projeta um déficit de 7,6 milhões de sacas, somando a queda da produção da Colômbia, o déficit aumenta para 9,1 milhões de sacas.
Chuvas deverão reduzir safra 2025/26 de café da Colômbia, diz FNC
A Colômbia, deverá ver uma queda entre 1 a 1,5 milhão de sacas na safra da próxima temporada 2025/26, que começa em outubro, com as huvas excessivas deverão afetar o volume colhido entre outubro e dezembro afirmou o CEO da Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC), Germán Bahamón, à Reuters, durante um painel no Coffee Dinner & Summit, em Campinas (SP). "Agora estamos enfrentando um momento muito ruim. A chuva tem sido fora do normal, e isso vai afetar... Então, em outubro, novembro, dezembro, seremos afetados e vamos reduzir nossa produção. Isso é muito, muito ruim", afirmou ele. "Então, nesse sentido, o próximo ano será reduzido em 1 milhão ou 1,5 milhão de sacas." Em maio, relatório do adido do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) indicou que a próxima safra de café da Colômbia 2025/26 (outubro-setembro) deveria cair 5,3%, para 12,5 milhões de sacas, principalmente em consequência de fortes chuvas.
Consumo global mostra resiliência a preços altos, dizem executivos globais
O consumo de café no mundo mostrou resiliência mesmo em um mercado que teve o preço futuro acima de 400 cents, quando a cotação marcou recordes em fevereiro deste ano na bolsa ICE, disseram executivos das maiores tradings mundiais durante o Coffee Dinner & Summit. "Com o café a mais de 400 centavos, você imaginaria que o consumo estaria sofrendo... Obviamente, não vimos crescimento, exceto em alguns países... esperávamos ver a demanda cair consideravelmente, mas quando você calcula os números, não está caindo tanto quanto imaginávamos", afirmou o diretor da divisão de café da Ecom Agroindustrial, Teddy Esteve. "Então, o café é muito resiliente. Estamos muito felizes em ver que as pessoas não conseguem viver sem ele", acrescentou o executivo.
Ele citou também a força da demanda dos novos consumidores, especialmente da Ásia, que será o "futuro do crescimento do café". "Então, como eu disse, o consumo é resiliente. Não está tão ruim quanto esperávamos", destacou o executivo da Ecom, mostrando otimismo com o futuro. O CEO da Sucafina, Nicolas Tamari, lembrou que os preços globais foram sustentados por sucessivos déficits no mercado. Mas citou também um consumo "forte", apesar dos preços altos, estimando uma demanda global de 174 milhões de sacas. "E eu esperava, como o Teddy mencionou, uma queda maior no consumo a 400 centavos", disse ele, observando que os problemas logísticos que afetaram o transporte de café em algumas regiões prejudicaram uma melhor avaliação da demanda.
A Lucky Hills Coffee prevê aumento nos preços da próxima safra de café brasileiro
A Lucky Hills Coffee, fornecedora líder de cafés especiais para o mercado de food service dos EUA, prevê aumento nos preços da próxima safra de café brasileiro devido a diversos fatores de produção, incluindo condições climáticas imprevisíveis, aumento dos custos operacionais e flutuações cambiais que afetam o mercado global de café. O anúncio ocorre em um momento em que a indústria cafeeira enfrenta um cenário complexo de maiores demandas de produção e custos operacionais. As condições climáticas nas regiões produtoras de café do Brasil criaram desafios adicionais para os produtores, enquanto as flutuações cambiais e o aumento dos custos de produção impactaram ainda mais a cadeia de suprimentos.
Data: 06/07/2025 18:10 Nome do Usuário: Eduardo Comentário: Colhi ano passado 2000 sacos, este ano esperava 500 sacos, mas não vou colher nem 200!
Lavouras estão maravilhosas, porém não tem café.
Vamos aguardar, mas uma coisa é certa NÃO TEM CAFÉ ARÁBICA!
Data: 06/07/2025 12:38 Nome do Usuário: Fábio Comentário: Voltem aqui daqui uns 60 dias e vamos ver a realidade. Safra 2025 muito além dos pessimista
Data: 06/07/2025 09:20 Nome do Usuário: Tânia Maria Gorgulho de Castro Comentário: Café quebrando no peso de maneira assustadora no sul de Minas. Quebra de 20 por cento.
Data: 05/07/2025 18:37 Nome do Usuário: Rodrigo Comentário: Cerrado mineiro, fraquíssimo.
Data: 05/07/2025 18:00 Nome do Usuário: Jose carlos Comentário: Kkk
Mimha safra passada 3300 sacas,previsao esse ano de 800 sacas,surpresa, nao chega a 700 sacas,ja finalizando a colheita,regiao aqui, toda assim,quebra de 50 a 60%, a.minha quebra de 80%
🫣🫣🫣🫣
Data: 05/07/2025 11:54 Nome do Usuário: Fábio Comentário: Surpresa positiva. Sou produtor e minha região e minha espectativa foi 20 % positiva