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Tudo indica que NY pode ter novo recorde histórico nos próximos meses ´


Por José Roberto Marques da Costa

O volume de negócios em NY atinge 22.680 lotes, 88 lotes a menos do que quinta-feira, quando teve a volatilidade de 8,75 cents. O setembro fechou em queda de 7,30 cents (2,38%) a 297,55 cents, variação de 10,20 cents, de 297,25 cents a 307,40 cents, rompendo o primeiro suporte do dia em 298,80 cents. Durante a semana varia 21,65 cents, de 285,75 cents a 307,40 cents, acumulando perda de 6,05 cents Nos últimos 11 pregões a volatilidade média diária atinge 12,10 cents. 

O volume em Londres atingiu 16.087 lotes, 2.347 lotes a mais que quinta-feira, quando teve a volatilidade de US$ 135. O setembro fechou em queda de US$ 121, a US$ 3.228/t (3,6%), variando US$ 173, de US$ 3.215/t a US$ 3.388/t, rompendo o primeira suporte do dia em US$ 3.3267/t. Durante a semana, varia US$ 222, de US$ 3.166/t a US$ 3.388/t, acumulando queda de US$ 120 a tonelada.  Nos últimos 11 pregões a volatilidade média foi US$ 178 a tonelada. A diferença de preço entre NY e Londres   ampliou passando de 151,66 cents para 153,08 cents.

Os contratos futuros de café arábica fecharam em queda nesta sexta-feira com a valorização global do dólar, o DXY teve ganhos 0,29% fechando a 97,41 pontos, acumulando na semana perda de 2%. Na semana passada, setembro encontrou forte suporte abaixo de 278 cents e resistência acima de 310 cents, nesta semana, a forte volatilidade continuou, mas o intervalo caiu 32 cents para 21 cents, suporte acima de 286 cents e resistência acima de 307,00 cents com os investidores monitorando a queda de produção de café arábica. Segundo um esperte, sabendo da valorização dos contratos de arábica devido a queda bem acima das estimativas produção nos dois maiores produtores de arábica, Brasil e Colômbia, um grupo de investidores estão empurrando o mercado com a "barriga" na espera de alguma notícia negativa no mercado que possa reverter o rumo.

Além da queda de produção, a partir da próxima semana, os estoques de certificados remanescentes estarão zerado, a queda diária do volume devem entrar no radar destes investidores. Os estoques certificados diminuíram 3.554 sacas para 802.678 sacas, esperando certificação somente 4.433 sacas, não tem nenhuma saca dois maiores produtores mundiais de café arábica, Brasil e Colômbia. No total dos estoques certificados, mais de 90% estão depositados em portos da Europa, sendo 177.337 sacas café do Brasil, 203.200 sacas do México. 83.433 sacas da Nicarágua..., e somente 8.429 sacas da Colômbia. Esperando certificação, 2.288 sacas de Uganda, 1.320 sacas do Quênia e 825 sacas da Nicarágua .  

O relatório da CFTC divulgado, referente a 22 de julho mostram que os grandes fundos aumentaram  em 740 lotes suas posições compradas e aumentaram em 350 lotes suas posições vendidas, neste período a variação de setembro teve leve queda de 0,34%, passando de 297,35 cents para 296,35 cents, queda de 1,00 cents. Os dados, mostraram alta de 1,46% nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. As posições abertas tiveram queda de 1,86%, passando 193.389 lotes para 196.986 lotes

Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 27.512 posições líquidas compradas, sendo 46.538 posições compradas e 19.023 posições vendidas. No relatório anterior, referente a 11 de julho, eles tinham 27.115 posições líquidas compradas sendo 45.798 posições compradas e 18.673 posições vendidas. As empresas comerciais aumentara em 1,02% suas posições líquidas vendidas, registravam no dia 22, saldo de 28.200 posições líquidas vendidas, sendo 76.334 posições compradas e 104.534 vendidas. No relatório anterior do dia 15, possuíam 27.916 posições líquidas vendidas, sendo 76.271 posições compradas e 104.187 vendidas.  

Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), até dia 25 de julho, os embarques brasileiros do mês totalizaram 2.127.005 sacas, alta de 13,5% (média diária de 85.080 sacas), sendo 1.564.873 sacas de café arábica, 377.038 sacas de café conillon e 185.089 de café solúvel. Os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque de julho totalizavam 2.459.612 sacas, alta de 13,5%, sendo 1.778.169 sacas de arábica, 416.670 sacas de conillon e 264.733 sacas de solúvel. As projeções dos embarques diários indicam exportações de 3 milhões de sacas em julho. Nos últimos 13 meses, as exportações brasileiras devem atingir 48,5 milhões de sacas, média de 3,730 milhões por mês.

Segundo os dados da OIC (Organização Internacional do Café), o consumo mundial de café atingiu 177 milhões de sacas no ano cafeeiro 2023/2024,com o crescimento anual em torno de 2,25%. Atualizando os dados, o consumo cresceu 3,982 milhões de sacas, passando para 181 milhões de sacas, o equivalente a 496 mil sacas por dia. A Europa lidera o consumo global, com 54,9 milhões, o que representa cerca de 30,3%, seguida pela Ásia e Oceania, com 46,7 milhões de sacas, que corresponde a cerca de 25,8%, e América do Norte, com demanda estimada em 31,6 milhões de sacas, cerca de 17,5% do consumo global.

Na sequência destaca-se a América do Sul, quarta colocada, cujo consumo foi o equivalente a 28,6 milhões de sacas (15,81%), e, na quinta posição, vem a África, por ter consumido o correspondente a 12,8 milhões de sacas (7,06%). E na sexta colocação do ranking vem o Caribe, América Central e México, que teve o consumo de 6,2 milhões de sacas, as quais representaram em torno de 3,5%.

Segundo os dados do último o relatório do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a safra mundial de café 2025/2026 deve atingir 178,7 milhões de sacas, e o consumo global deve atingir 169,4 milhões de sacas, aumento de 3 milhões de sacas em relação à safra anterior. O Departamento prevê que a produção do Brasil será de 65 milhões de sacas, com a de arábica sendo de 40,9 milhões de sacas, enquanto a de robusta sendo projetada em 24,1 milhões de sacas. A produção do Vietnã foi estimada em 31 milhões de sacas e a da Colômbia deverá ser de 12,5 milhões de sacas, contra 10,9 milhões da Indonésia.

O Usda espera que as exportações brasileiras de café em 2025/2026 atinja 41,7 milhões de sacas, ao passo que o Vietnã exportará 27 milhões de sacas, com as remessas colombianas devendo chegar a 11,8 milhões de sacas e da Indonésia a 7,050 milhões de sacas, totalizando 87,55 milhões de sacas. A previsão de estoques remanescentes está em 22,8 milhões de sacas e consumo interno no Brasil em 22,28 milhões de sacas.

Segundo o último relatório do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), nos 12 meses do ano safra 2024/2025, o Brasil exportou 45,589 milhões de sacas, queda de 3,9% em relação aos 47,455 milhões embarcados nos 12 meses do ciclo 2023/2024. Nos dois últimos anos safra, o Brasil exportou 93 milhões de sacas e a consumo interno atingiu 43,34 milhões de sacas, média de 60 mil sacas por dia.

O consumo interno de café no Brasil, no período de 12 meses acumulados, atinge 22 milhões de sacas (média do Usda e Abic) que representa de 12,2% da demanda mundial e, nos últimos dois anos safras, atingiram 44 milhões de sacas. Somando as exportações e consumo interno, foram evaporadas cerca 137 milhões de sacas da produção brasileira, média de 187.670 mil sacas por dia.  

Segundo os últimos dados da produção obtidos pela Agnocafé, vem se confirmando a última estimativa pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de uma colheita da ordem de 57,5 milhões de sacas. A produção de café arábica deve ser de 37,5 milhões de sacas e a de café conillon de 20 milhões de sacas. Baseados neste números do IBGE, com uma queda em média de 20%  no arábica depois do beneficiamento, a produção de café arábica deve ficar em 30 milhões de sacas, totalizando 50 milhões de sacas, uma enorme diferença de 15 milhões a menos que a estimativa do Usda. Com os estoques remanescente abaixo de 2 milhões de sacas, projetando para os próximos 12 meses um total de 22 milhões de sacas indo para o mercado interno, devem sobrar para exportações entre 30 milhões de sacas, cerca de 12 milhões de sacas ante a estimativa do USDA, média de 2,5 milhões de sacas/mês.

Comparando o atual momento em relação a 12 meses atrás, os problemas do mercado aumentaram, os estoques remanescentes bateram as mínimas histórica, com as safras dos dois maiores produtores de café arábica (Brasil e Colômbia) se mostrando menores e com a qualidade dos grãos bem abaixo do que o mercado esperava em pleno aumento do consumo mundial. Pela estimativa do Usda, a produção mundial deve chegar a 179 milhões de sacas, mas o Brasil deve produzir 13 milhões a menos e a Colômbia 2 milhões a menos, que representa um queda em torno de 15 milhões, equivalente a produção anual da Indonésia somada com a Etiópia, segundo e terceiro maiores produtores de robusta do mundo.

Com os novos números realistas e surpreendentes, que vão pegar o mercado de "calça curta", pode-se imaginar a reação dos contratos de café no médio e longo prazo. No final da safra do ano passado, devido a problemas climáticos — o mercado estimava que Brasil teria mais um ano de déficit, com a menor safra dos últimos quatro anos —, os contratos futuros de café arábica em Nova Iorque estavam operando em torno de 225 cents e os preços internos em R$ 1.500 a saca e, depois de sete meses, em fevereiro, chegaram no nível de 425 cents e os preços internos próximos a R$ 3.000 a saca.

O déficit histórico superior a 15 milhões de sacas daqui a dez meses permite indicar que, nos próximos meses, Nova Iorque deve começar a operar novamente acima dos 400 cents, podendo chegar ao novo recorde histórico, com a saca de café no mercado interno voltando a níveis de fevereiro, podendo até mesmo a superá-los. 

Com a provável ajuda bem vinda do clima nos próximos meses, a muita especulação sobre um super safra 2026/27 do Brasil, podendo a chegar entre 75 a 80 milhões de sacas que deve influenciar a performance da bolsa de NY em 2026. Tudo indica que dois fundamentos que devem atenuar esta provável influencia nas cotações, o Brasil vai entrar com déficit recorde de 15 milhões de sacas e mais o aumento mundial de 4 milhões de sacas durante o ano safra 2026/27 que deve atingir 185 milhões de sacas. Mantendo o crescimento anual de 2,25% no consumo na safra 2029/30 serão necessário a produção de anual de 200 milhões de sacas, que representa um consumo diário de 548 mil sacas. 

A grande dúvida do mercado, o aumento da produção mundial nos próximos anos vai acompanhar este aumento do consumo?      

Ótimo Final de Semana

Comentarios

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Data: 26/07/2025 05:26 Nome do Usuário: Fabio
Comentário: Acho!!! Que está chegando a hora do chacafe, assim como chocolate e demais produtos, podemos esperar uma nova experiência no mercado do café, pois vai chegar a um patamar que não vai ser viável beber
Contrato Cotação Variação
Setembro 284,20 -11,60
Dezembro 277,55 -11,15
Março 270,90 -11,00
Contrato Cotação Variação
Setembro 3.330 - 71
Novembro 3.259 - 72
Janeiro 3.216 - 77
Contrato Cotação Variação
Setembro 360,45 - 9,70
Dezembro 345,00 - 7,20
Março 334,85 -14,55
Contrato Cotação Variação
DXY 98,47 - 1,28
Dólar 5,5450 - 1,01
Euro 6,4150 + 0,37
Ptax 5,5436 - 1,04
  • Varginha
    Descrição Valor
    Peneira14/15/16 R$ 2060,00
    Certificado 15% R$ 1950,00
    Safra 25/26 20% R$ 1890,00
    Duro/riado/rio R$ 1450,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Miúdo 14/15/16 R$ 1840,00
    Safra 25/26 15% R$ 1900,00
    Certificado 15% R$ 1950,00
    Duro/riado/rio R$ 1450,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 1930,00
    Safra 25/26 15% R$ 1900,00
    Moka R$ 1800,00
    Duro/Riado 15% R$ 1550,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 25/26 15% R$ 1900,00
    Safra 25/26 30% R$ 1870,00
    Peneira 17/18 R$ 2050,00
    Rio com 15% R$ 1200,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 25/26 20% R$ 1890,00
    Safra 25/26 30% R$ 1870,00
    Duro/Riado 15% R$ 1600,00
    Escolha kg/apro R$ 18,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 25/26 15% R$ 1900,00
    Safra 25/26 25% R$ 1880,00
    600 defeitos R$ 1770,00
    Duro/riado 25% R$ 1580,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 1811,87
    Cepea Conilon R$ 1028,45
    Agnocafé 23/24 R$ 1900,00
    Conilon/Vietnã R$ 1260,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1040,00
    Conilon T. 7 R$ 1030,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1020,00