Em encontro, CNA destaca aspectos da sustentabilidade no café
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) participou do Coffee Latam & Café World Summit, realizado na terça (29), em Campinas (SP).
O evento reuniu produtores, processadores, inovadores e líderes em sustentabilidade para debater agricultura regenerativa, resiliência da cadeia de suprimentos e inovação de mercado, com foco na América Latina.
A assessora técnica da Comissão Nacional do Café da CNA, Raquel Miranda, apresentou o tema “Sustentabilidade na Cafeicultura: Experiências e Papel do Brasil”, com destaque para o papel estratégico do país na construção de uma cafeicultura sustentável.
Para a cafeicultura latino-americana, Raquel propôs ações para ampliar a capacitação, regenerar sistemas produtivos e assegurar remuneração justa ao produtor.
Ela avaliou que a sustentabilidade na cafeicultura brasileira é construída com o fortalecimento do capital humano, com “produtores capacitados, acesso à tecnologia, assistência técnica, crédito, renda justa e segurança jurídica”, disse.
Durante o evento, a assessora técnica ressaltou que o Brasil não entrega apenas café ao mundo, mas também conhecimento, inovação e compromisso com um futuro sustentável.
“Esse resultado é fruto do trabalho contínuo da CNA na articulação de políticas públicas e do Senar na qualificação e no acompanhamento técnico de milhares de produtores em todo o país”, afirmou.
Entre as iniciativas da entidade, Raquel citou a assistência técnica gratuita do Senar, que atende mais de 18 mil produtores de café, e os programas de capacitação profissional, que em 2024 qualificaram mais de 150 mil produtores e trabalhadores em áreas como manejo de solo, agricultura de precisão e produção orgânica.
Ela ainda destacou o apoio institucional a políticas públicas, como o Projeto de Lei (PL) 715/2023, que busca regularizar a formalização de trabalhadores safristas, e a participação em mesas tripartites para promover trabalho decente na cafeicultura.
Outro ponto abordado foi a internacionalização do agro brasileiro, com foco em pequenos e médios produtores, e o fortalecimento da marca “Cafés do Brasil” no mercado externo.