Mecanização pode reduzir despesas no café em até 50%
A cafeicultura brasileira atravessa um momento de transformação. O país, maior produtor e exportador mundial, cultiva cerca de 2,22 milhões de hectares de café arábica e conilon, segundo dados da Embrapa Café e da CNA. A safra ultrapassa 50 milhões de sacas por ano, mas apenas um quarto da área conta com mecanização. O restante ainda depende do trabalho manual, cada vez mais afetado pela escassez de trabalhadores.
A falta de mão de obra qualificada tem se tornado um desafio. Em várias regiões, produtores buscam pessoas de outros estados, oferecendo alojamento durante a colheita. O serviço é pesado, realizado sob sol forte e em condições desconfortáveis, o que desestimula a permanência no campo.
Esse gargalo pesa no bolso do produtor. Quase metade do custo de produção está concentrada na colheita, enquanto a mecanização pode reduzir a despesa em até 50%. Para se ter ideia, um trabalhador experiente colhe de 6 a 10 medidas (60 litros cada) por dia, enquanto uma máquina pode processar até 100 medidas por hora, com seletividade para derriçar apenas os frutos maduros, garantindo qualidade superior e maior valor de mercado.
O movimento pela mecanização avança em todo o país. Além das grandes propriedades, pequenos e médios produtores começam a se unir em associações para adquirir equipamentos coletivamente. Pesquisas também desenvolvem soluções para áreas inclinadas e modelos mais compactos, capazes de atender diferentes realidades de produção.
Nesse cenário, a Oxbo lançou o modelo 940+, uma colhedora de arrasto voltada para pequenos e médios produtores. O equipamento alia eficiência, cuidado com a lavoura e melhor custo-benefício, oferecendo uma alternativa viável à colheita manual, justamente onde o peso financeiro é maior.
Com custos elevados, mão de obra escassa e a busca constante por qualidade, a mecanização já não é tendência, mas necessidade. O futuro das lavouras brasileiras aponta para soluções cada vez mais tecnológicas e acessíveis.