União em defesa da cafeicultura nacional fortalece representatividade
A cadeia do café tem demonstrado, nos últimos meses, um trabalho cada vez mais conjunto e articulado, reforçando o compromisso de representar de forma ampla e estratégica todos os elos do setor. Essa atuação colaborativa tem permitido avanços importantes tanto no Brasil quanto no cenário internacional, consolidando o café brasileiro como referência mundial em qualidade, sustentabilidade e competitividade.
Cada entidade tem assumido seu papel de maneira complementar com a participação de todos. Vamos relatar como exemplo a pauta de ações dessa semana.
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), por sua atribuição direta no processo de comercialização internacional, esteve em Washington nos dias 02 e 03, com o Diretor Geral, Marcos Matos, liderando discussões fundamentais sobre o Tarifaço, tema sensível para a manutenção da competitividade do produto brasileiro no exterior.
Já a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) esteve em Brasília no dia 02, defendendo com firmeza os interesses do café torrado e moído, setor que leva diariamente qualidade e diversidade à mesa de milhões de consumidores brasileiros, apresentando ainda a importância da exportação de cafés já industrializados para os mercados consumidores.
O Conselho Nacional do Café (CNC), por sua vez, tem conduzido agendas estratégicas ligadas à sustentabilidade social e ambiental. Entre os destaques estão a liderança no Pacto pelo Trabalho Decente, iniciativa que busca fortalecer relações justas de trabalho em toda a cadeia, e o Programa Café Produtor de Água, que alia conservação ambiental à produção sustentável. Além disso, o CNC segue desempenhando papel essencial na gestão do Funcafé, fundo vital para o financiamento de cooperativas, indústrias e produtores em todas as etapas da atividade cafeeira.
Reforçando esse espírito de integração, no dia 2 de setembro de 2025, o CNC recebeu em sua sede, em Brasília, o presidente da ABIC, Pavel Cardoso, e o diretor executivo, Celírio Inácio. O encontro teve como objetivo alinhar pautas conjuntas e fortalecer a sinergia entre as entidades, ampliando a capacidade de articulação política e institucional do setor.
Essa convergência de esforços não se restringe a ações isoladas. No âmbito do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), a presença da iniciativa privada é assegurada por meio da atuação conjunta do CNC, Cecafé, ABIC, ABICS e CNA. Essa união garante legitimidade e representatividade, permitindo que as demandas de cooperativas, associações, produtores, indústrias e exportadores sejam tratadas de forma integrada e estratégica junto ao governo e ao mercado.
Mais do que representar interesses específicos, as entidades têm se colocado lado a lado em defesa da cafeicultura como um todo, compreendendo que a força do setor está justamente na sua diversidade.
A união de esforços reforça a capacidade do Brasil de enfrentar desafios, propor soluções inovadoras e construir políticas públicas que assegurem a sustentabilidade e a competitividade do café nacional no longo prazo.