"Tubarões" voltaram sentir novamente o "cheiro de sangue"
Por José Roberto Marques da Costa
Com volume de 19.720 lotes, considerado muito baixo ante aos pregões dos últimos meses, 14.613 lotes a menos do pregão anterior, quando teve a volatilidade de 14,10 cents. Dezembro fechou em quedas de 0,75 cents (0,2%) a 373,65 cents, variação 7,90 cents, uma da menores dos últimos meses, de 368,20 cents a 376,10 cents, não tendo força para romper o primeiros suporte em 367,43 cents e nem a primeira resistência em 381,53 cents. Nesta semana a volatilidade média diária chegou a 12,67 cents, acumulando perda de 12,45 cents (3,2%) na semana. Os estoques certificados aumentaram 2.334 sacas para 692.766 sacas, nos menores níveis em 16 meses, esperando certificação 44.141 sacas, sendo que mais de 50% são cafés mexicanos. Na semana acumula queda de 17.430 sacas
Com um dos menores volume em 2025 em Londres atingindo somente 9.883 lotes, 3.509 lotes a menos do pregão anterior, quando teve a volatilidade de US$ 181/t. O novembro fechou em queda de US$ 105 (2,3%), a US$ 4.309/t, variando US$ 137, também uma das menores dos últimos meses, de US$ 4.303/t a US$ 4.440/t, rompendo o primeiro suporte em US$ 4.328/t. Acumula na semana queda de US$ 506(10,5%) e com volatilidade média diária de US$ 191 por tonelada. A diferença de preço entre NY e Londres sobe para 178,19 cents ante a 174,18 cents do pregão anterior
A grande maioria dos analistas de mercado não dão muita importância os números relatório da CFTC, mas eu considerado um dos fundamentos mais importante, porque revelam a tendencia no curto e médio prazo, os dados desta semana veio comprovar de que os "tubarões" voltaram sentir novamente "cheiro de sangue" depois de vários meses, nos últimos 21 dias, acumularam alta 11.600 lotes, alta 30% em suas posições líquidas compradas. Esta compra insaciável dos grandes investidores estão atraído novos investidores no mercado de café, nas últimas três semanas, a posições abertas aumentaram 42.644 lotes, alta de 24%, chegando 218.829 lotes. Fazendo comparação com um jogo, 78% estão apostando em alta, tudo indica que esta aposta deve aumentar nos próximos relatório, e 22% apostam em queda
O relatório da CFTC (Commodity Futures Trading Commission) referente a 02 de setembro mostram que os grandes fundos aumentaram em 1.993 lotes suas posições compradas e diminuíram em 1.537 lotes suas posições vendidas, neste período a variação de setembro passou de 372,30 cents a 370,35 cents, queda de 1,95 cents. Os dados mostram posições líquidas compradas dos grandes fundos aumentaram 9,5%, acumulando alta de 30,7% nas últimas três semanas. As posições abertas tiveram alta de 5,8%, passando 206.805 lotes para 218.829 lotes e nas últimas três semanas acumula alta 42.644 posições em abertas,( 24,2% ), volume considerado altíssimo devido a forte migração, números que ultrapassam os níveis de semana de vencimento das opções.
Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 37.714 posições líquidas compradas, sendo 52.568 posições compradas e 14.858 posições vendidas. No relatório anterior, referente a 26 de agosto, eles tinham 34.437 posições líquidas compradas sendo 50.575 posições compradas e 16.391 posições vendidas. As empresas comerciais tiveram alta de 12% suas posições líquidas vendidas, registravam no dia 02, saldo de 40.516 posições líquidas vendidas, sendo 77.300 posições compradas e 117.216 vendidas. No relatório anterior do dia 26, possuíam 36.181 posições líquidas vendidas, sendo 72.766 posições compradas e 108.947 vendidas.
O contratos futuros de café arábica no dezembro opera nos últimos 10 pregões dentro do interno de 17 cents, entre o forte suporte de 365,00 cents, com stops de compras de investidores, construído no pregão do dia 22 de agosto até resistência em 382,00 cents com realizações limitadas diárias de lucros dos especuladores de plantão. Tendo como base os últimos gráficos técnicos, os comerciais estão lutando bravamente pelo nível de 370 cents evitando a entrado em canal de alta indica a busca de 390,30 cents e depois acima de 400 cents. A cada semana que passa, o contratos de café arábica e robusta ampliaram o diferencial para 178,19 cents, algumas semanas atrás este diferencial estava abaixo de 150 cents. O que está chamando a atenção é o spread negativo de mais de 12 cents entre dezembro/maio, com os compradores adquirindo o suficiente para garantir os suprimentos de curto prazo, criando dificuldades de fazer estoques devido aos custo altíssimo do juro.
Segundo a análise técnica desta semana da Economies.com a ultrapassagem da barreira de 370,60 cents, confirma um movimento para uma nova posição positiva ao registrar o nível de 390,30 cents, o que o força a formar algumas negociações laterais devido à saída estocástica do nível de sobrecompra, como mostrado na imagem acima. Portanto, estabilizando acima do nível de 370,00 cents, deve começar a mirar em posições positivas adicionais, atingindo 400,55 cents e 411,20 cents.
Os comerciantes disseram que são necessárias mais chuvas no Brasil para garantir uma boa floração, o que será fundamental para a safra de arábica do próximo ano. Com informações meteorológicas atualizadas diariamente, a Agnocafé começou alertar nesta semana, que o maior problema atual do cafeicultor não está no tarifaço e nem na performance dos contratos em NY, mas, nas condições climática nos próximos meses, além da falta de chuva, tempo seco e as temperaturas acima da média histórica.
Segundo nota desta quinta-feira da StoneX, as previsões de curto prazo indicam chuvas levemente acima da média para áreas produtoras de café do Brasil. Por outro lado, para a segunda metade de setembro há previsão de tempo mais seco, o que gera algum temor com o abortamento das flores em algumas localidades. Já no longo prazo, as previsões de clima trazem o alerta para o risco de o fenômeno La Niña impactar o clima no último trimestre, com uma eventual redução no volume de chuvas
O mercado está acompanhando atentamento as floradas previstas para este mês, que podem dar pistas sobre o tamanho da produção que será colhida ano que vem. Afora isso, há um aperto na oferta de outros países produtores que devem manter o grão com viés de alta.
Segundo Eduardo Carvalhaes, o padrão climático continua imprevisível no Brasil, com secas, chuvas irregulares e frentes frias que trouxeram neste inverno geadas e queda de granizo em cafezais das principais regiões produtoras, afastando a possibilidade de uma safra recorde em 2026. Além disso, o mercado vive um cenário de estoques em níveis historicamente baixos, tanto nos países produtores como nos consumidores, e uma desorganização no comércio internacional com o tarifaço dos EUA.
A colheita de café 2025 na região da Alta Mogianqterminou com queda de produtividade que, em alguns casos, chegou a 30%, segundo nota da Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana. O resultado, abaixo das expectativas dos produtores, refletiu condições climáticas adversas, marcadas por longos períodos de estiagem e temperaturas elevadas. Já sabíamos que haveria uma quebra de produtividade por conta do mau pegamento da florada", afirmou, na nota, o cafeicultor e influenciador do agro Rafael Stefani.
Segundo ele, mesmo com o retorno das chuvas em outubro de 2024, a combinação entre seis meses de seca e altas temperaturas comprometeu o desenvolvimento dos frutos. situação foi agravada por um novo período de estiagem em fevereiro deste ano, que se estendeu por mais de 30 dias, prejudicando a granação do café. O que se confirmou durante a colheita é que o rendimento ficou abaixo da média dos últimos anos. Isso significa que gastamos mais grãos para produzir uma saca. O café ficou mal granado, menos pesado, e por isso foram necessários mais frutos para alcançar o peso de uma saca", explicou Stefani.
Nesta sexta-feira, o Notícias Agrícola fez uma ótima entrevista com gerente de comercialização da Minasul, Héberson Vilas Boas Satre, que resumo o que está acontecendo no mercado de café. Veja abaixo:
Exportações de café do Vietnã para o México aumentaram mais de 90 vezes em 2025
De acordo com o Ministério da Agricultura e Meio Ambiente, as exportações de café nos primeiros oito meses de 2025 atingiram 1,2 milhão de toneladas ( 20 milhões de sacas ) no valor de US$ 6,42 bilhões. Isso representa um aumento de 8,7% em volume e um notável aumento de 59,1% em valor em comparação com o mesmo período do ano passado. Com esse impulso, as receitas de exportação podem chegar a US$ 8 bilhões na safra 2024-2025, superando em muito o recorde de US$ 5,6 bilhões registrado em 2024.
Os líderes do setor atribuíram o crescimento não apenas aos preços globais mais altos, mas também à estratégia do Vietnã de aprimorar a qualidade, expandir o café especial, adotar a certificação de sustentabilidade e atender aos padrões internacionais. Essas mudanças ajudaram o café vietnamita a fortalecer sua posição global e reduzir os riscos de precificação.
O preço médio de exportação foi de US$ 5.580 por tonelada, um aumento de 46,4% em relação ao ano anterior. Alemanha, Itália e Espanha continuaram sendo os principais compradores, enquanto as exportações para o México aumentaram mais de 90 vezes. Apesar do crescimento modesto, os embarques para a China aumentaram 11,7%.
Atualmente, o Vietnã cultiva cerca de 732.000 hectares de café, com uma produtividade média de 2,9 toneladas por hectare ( 48,33 sacas ). Modelos agrícolas avançados podem atingir até 5 toneladas por hectare, demonstrando um potencial significativo de crescimento.
Data: 06/09/2025 16:45 Nome do Usuário: Jorge Comentário: La vem o Fabio de novo. Galera, o Fabio precisa vender o cafe dele a 3 mil logo, voces precisam vender tudo o que voces tem agora para subir o mais rapido possível.
Data: 06/09/2025 09:55 Nome do Usuário: Honorato Comentário: Fabio porque você não fica calado porque você não sabe nem a hora do almoço você falou que o café ia abaixar quando estava 1800.00 ainda bem que não te escutei vendi por 2418.00 que diferença kkkkkkk
Data: 06/09/2025 09:08 Nome do Usuário: Fábio Comentário: A BOLHA DO CAFÉ ESTÁ QUASE ESTOURANDO. SOU PRODUTOR MAS É UM FATO SE CLIMA AJUDAR A NÍVEL GLOBAL, CAFE FICA PREÇO DE BANANA. CUIDADO PRODUTOR