Cooperativas de Café marcam forte presença no Ranking Valor 1000
O cooperativismo cafeeiro volta a demonstrar sua força no cenário nacional empresarial: diversas cooperativas afiliadas ao Conselho Nacional do Café (CNC) figuram entre as maiores empresas do Brasil no Ranking Valor 1000 de 2025 do jornal Valor Econômico. Esse estudo, feito em parceria com a Serasa Experian e a FGV/EAESP, é referência há 25 anos para investidores e analistas, por avaliar indicadores como eficiência financeira, governança corporativa e responsabilidade social, determinantes para a competitividade das companhias no longo prazo.
Em sua edição de 2025, baseada nos resultados de 2024, o ranking mostra a força das cooperativas de café na economia nacional, evidenciando avanços consistentes em diversas organizações.
Além de movimentar bilhões de reais em receita anual, as cooperativas cafeeiras desempenham papel essencial na geração de empregos e na distribuição de renda em suas regiões de atuação. “Ao ocuparem importantes posições entre as 1000 maiores empresas do país, elas mostram que o modelo cooperativista pode ser competitivo em escala nacional, garantindo sustentabilidade econômica para milhares de produtores e contribuindo para o desenvolvimento de regiões inteiras”, afirma o Presidente do CNC, Silas Brasileiro.
Outro ponto de destaque é a performance dessas cooperativas em indicadores de governança corporativa e responsabilidade socioambiental, avaliados pelo Ranking Valor 1000. Práticas de transparência na gestão, investimentos em programas de capacitação de produtores e ações de preservação ambiental, como projetos de conservação de nascentes e manejo sustentável do solo, são diferenciais que reforçam a imagem positiva do setor perante investidores e consumidores.
Os resultados deste ano reforçam também a importância da união dos cafeicultores para enfrentar desafios como a volatilidade do mercado internacional, a necessidade de inovação tecnológica e a adaptação às exigências de sustentabilidade. O fortalecimento das cooperativas não apenas protege o produtor individual, mas também posiciona o café brasileiro como protagonista nas discussões globais sobre comércio justo, rastreabilidade e qualidade.
Destaques do cooperativismo cafeeiro:
A Cooxupé (MG) figura entre as primeiras colocadas do setor agropecuário, alcançando a 129ª posição em 2024 frente ao 194º lugar no ano anterior. Um salto de 65 posições, que reforça sua liderança no mercado global de cafés especiais e sustentáveis.
A Cocatrel (MG) consolidou-se entre as 400 maiores empresas do país, subindo da 508ª em 2023 para a 368ª em 2024, um avanço expressivo de 140 posições, alavancado pela diversificação de produtos e serviços.
Nater Coop (ES) estreou no ranking em 2024, já ocupando a 466ª posição, refletindo a expansão da cooperativa capixaba e sua crescente importância na cafeicultura nacional.
Cocapec (SP) avançou 102 posições, da 625ª em 2023 para a 523ª em 2024, consolidando sua relevância no setor e fortalecendo a cafeicultura da Alta Mogiana.
Camda (SP) manteve estabilidade no levantamento, ocupando a 532ª posição em 2024, ligeiramente abaixo da 528ª em 2023, demonstrando solidez e consistência em sua atuação.
A Expocacer (MG) avançou 129 posições, passando da 680ª em 2023 para a 551ª em 2024, resultado que traduz uma gestão moderna, transparente e comprometida com sustentabilidade e origem controlada no Cerrado Mineiro.
Capebe (MG) evoluiu da 770ª em 2023 para a 714ª em 2024, um avanço de 56 posições, reforçando o papel da cooperativa no desenvolvimento regional.
Coopama (MG) também apresentou crescimento, saindo da 957ª posição em 2023 para a 909ª em 2024, uma melhora de 48 posições, que evidencia seu processo de fortalecimento no mercado.
Outro ponto relevante é a presença da Embrapa, que ocupa a 299ª posição no Ranking Valor 1000. Parceira estratégica do CNC, a instituição é referência em pesquisa, inovação e sustentabilidade, e apoia diretamente as cooperativas cafeeiras no desenvolvimento de pesquisas que elevam a produtividade e a resiliência do setor.
Entre as contribuições, destacam-se a criação de novas cultivares adaptadas a diferentes regiões – com variedades mais precoces, produtivas e resistentes a pragas e doenças -, o apoio a práticas de manejo sustentável, o desenvolvimento de ferramentas para monitoramento climático e a capacitação técnica de produtores e técnicos cooperativistas, fortalecendo o elo entre ciência e campo.
“Esses números confirmam que o cooperativismo cafeeiro é protagonista no cenário econômico brasileiro. São organizações que equilibram competitividade internacional, sustentabilidade e a valorização do produtor, fortalecendo toda a cadeia do café”, destaca Silas Brasileiro.
O avanço das cooperativas de café no Ranking Valor 1000 comprova a força do cooperativismo na geração de valor para os produtores e para a economia nacional. Mais do que posições numéricas, os resultados refletem um modelo que alia eficiência empresarial com compromisso social, ambiental e comunitário.
O presidente do CNC fez questão de destacar, de modo especial, a atuação de Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Conselheiro de Administração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). “O Dr. Márcio Lopes tem conduzido o sistema cooperativista brasileiro com competência, dedicação e foco, representando de forma exemplar os interesses das cooperativas em nosso país. Sua liderança tem sido fundamental para consolidar o cooperativismo como um caminho sólido para o desenvolvimento do Brasil, alicerçado em princípios como solidariedade, equidade e democracia econômica”, afirmou.
Ele ainda aproveitou para parabenizar Márcio Lopes de Freitas pelo seu aniversário, comemorado no último dia 24 de setembro, ressaltando sua trajetória de trabalho e compromisso em prol do cooperativismo nacional.