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Está se formando um furação que pode chegar a categoria 5


Por José Roberto Marques da Costa 

Com o volume de 31.770 lotes, 538 lotes a menos do pregão anterior, quando teve a volatilidade de 17,15 cents, o dezembro fechou em alta de 6,70 cents (1,8%) em 378,05 cents, varia 11,40 cents de 372,60 cents a 384,00 cents, ultrapassando a primeira resistência o dia, em 379,42 cents e na semana acumula alta de 11,55 cents. A margem invertida dezembro/março cai na semana para 19,15 cents ante a 20,25 cents. Os estoques certificados diminuíram 3.208 sacas para 576.753 sacas, esperando certificação 13.780 sacas, na semana acumula na semana perda de 77.472 sacas, queda de 10,6%.

Com volume de 18.229 lotes, 5.053 lotes a menos do pregão anterior, quando teve a volatilidade de US$ 218/t. O novembro fechou em alta de US$ 107 (2,6%) a US$ 4.201/t, variando US$ 169, de US$ 4.101/t a US$ 4.270/t, ultrapassando a primeiro resistência do dia em  US$ 4.220/t e na semana acumula alta de US$ 66 a tonelada. Os estoques certificados de café robusta estão próximo a 1 milhão de sacas, o menor nível em 7 semanas. A diferença de preço entre NY e Londres diminuiu para 167,41 cents ante a 188,11 cents do pregão anterior.  

O relatório da CFTC (Commodity Futures Trading Commission) referente a 23 de setembro mostram que os grandes fundos diminuíram em apenas 818 lotes suas posições compradas e aumentaram em 3.046 lotes suas posições vendidas, neste período a variação de dezembro passou de 409,35 cents a 350,15 cents, queda de 59,20 cents. O relatório mostra grande surpresa para o analistas de mercado, os grandes fundos não participaram e não foram os responsáveis pela forte queda de 14,5% no período. Os dados mostram posições líquidas compradas dos grandes fundos diminuíram 8,4%, acumulando alta de 43,50% nas últimas seis semanas. As posições abertas diminuíram em 1,62%, passando de 227.186 lotes para 223.356 lotes e nas últimas seis semanas acumula alta 47.200 posições em abertas.

Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 42.286 posições líquidas compradas, sendo 58.999 posições compradas e 16.713 posições vendidas. No relatório anterior, referente a 16 de setembro, eles tinham 46.150 posições líquidas compradas sendo 59.817 posições compradas e 13.667 posições vendidas. As empresas comerciais tiveram queda de 4,9% suas posições líquidas vendidas, registravam no dia 23, saldo de 45.103 posições líquidas vendidas, sendo 73.383 posições compradas e 118.486 vendidas. No relatório anterior do dia 16, possuíam 47.407 posições líquidas vendidas, sendo 76.131 posições compradas e 123.538 vendidas. 

A semana foi volátil, variou 34,55 cents, com duas grandes surpresas, a primeira foi na terça-feira com interferência negativa do Presidente dos EUA Donald Trump quando revelou no final do discurso na ONU o encontro cordial com "abraço amigo" com o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, que foi interpretado pelos especuladores de plantão com um possível relaxamento do tarifaço de 50% imposto pela Casa Branca para o café, em minutos dezembro despencou 18 cents passando de 368,00 cents a 350,00 cents, onde foi acionado um intenso stop de compras dos grandes investidores, aumentando acentuadamente suas posições compradas.

Na quarta-feira, os especuladores perceberam que o relaxamento do tarifaço seria difícil ser negociado com a posição de Lula em não aceitar conversar com Trump sobre decisões do STF. Com forte stop de compras dos grandes fundos continuando acionado, os especuladores começaram a recomprar suas posições, depois de 25 horas, o mercado devolveu todas as perdas do pregão de terça-feira, fechando acima do importante suporte técnico em 365,00 cents. O diferencial da marquem invertida de dezembro/março que estava em 20,25 cents na sexta-feira passada caiu para 15,15 cents na terça-feira e voltou a ampliar para 19,35 cents na quinta-feira.

Durante o pregão desta sexta-feira, as recompras continuaram levando o dezembro no maior nível da semana, em 384,00 cents, mas outra surpresa não esperada pelos analistas, foi no final da tarde com o relatório dos traders mostrando que a forte variação negativa de 59,25 cents no período, não teve nenhuma participação dos "tubarões", somente entrado no mercado na terça-feira a tarde para defender suas posições quando dezembro rompeu por alguns instantes o nível de 350,00  cents, acionando um poderoso stop de compras, passando para o mercado que este nível deverá ficar no curto, médio e longo prazo com um suporte,     

A partir desta semana começou a entrar no radar dos investidores a preocupação com os estoques certificados, chegando a menor nível em 19 meses. Se a tendência de queda nos estoques da ICE continuar no mesmo ritmo desta semana, o estoque será zerado em 37 dias. Nesta sexta-feira, os estoques certificados diminuíram 3.208 sacas para 576.753 sacas, esperando certificação 13.780 sacas, acumulando na semana perda de 77.472 sacas, queda de 10,6%, média diária de 15.494 sacas. Mantendo esta média de queda diária desta semana, daqui a 20 dias, teremos o menor volume histórico ficando abaixo do volume de 22 meses atrás, no dia 10 de novembro de 2023 com pouco acima de 300 mil sacas. Sem algum tipo de intervenção, eu me arriscaria a dizer que podemos esperar preços bem mais altos nos contratos de café arábica em NY, mesmo com boas chuvas no curto prazo nas regiões de café do Brasil. Some-se a isso a "possibilidade de La Niña" em torno de 70%.  

O artigo "Bebedores de café chocados com aumentos drásticos de preços à vista" de David Kesien que a Agnocafé publicou nesta quinta-feira ( http://www.agnocafe.com.br/noticia?id=68219 ), fazendo uma ótima abordagem da complexidade do mercado de café com uma crise de oferta sem precedente, criando o que os especialistas descrevem como uma "tempestade perfeita" que afeta os mercados globais de café. Com a continuidade do "tarifaço" e somatória de safra de arábica abaixo do esperado, menor estoque global da história, aumento mundial do consumo, e o fato inédito dos armazéns de café estarem vazios em fim de colheita no Brasil, com a tempestade Bualoi provocando fortes chuvas no Planalto Central do Vietnã, chuvas bem abaixo da média no Brasil associada ao estresses climático, devendo influenciar negativamente na produtividade a safra do próximo ano, eu mudaria a frase "tempestade perfeita" para provável furação, que deve aumentar de intensidade e chegar a categoria 5, provocando vários tsunamis, que deve afetar profundamente os mercados globais de café.    

Preocupações climáticas no Vietnã adiciona mais preocupação com complexidade à situação global de fornecimento de café. Meteorologistas preveem a tempestade Bualoi, deve trazer fortes chuvas durante o restante do mês na região do Planalto Central do Vietnã, onde ocorre a maior parte da produção de café do país. O momento dessa possível ocorrência de tempo severo é particularmente preocupante, pois os grãos de café estão entrando em sua fase final de desenvolvimento antes da próxima temporada de colheita. O excesso de chuvas durante esse período crítico pode danificar o fruto em desenvolvimento e reduzir significativamente a produtividade geral da colheita.   

Segundo o vice-ministro da Agricultura e Meio Ambiente, Nguyen Hoang Hiep, à tempestade Bualoi (tempestade nº 10 ) se move duas vezes mais rápido que outras tempestades e está prevista para causar "multidesastres" com ventos fortes, chuvas intensas, inundações e deslizamentos de terra, por isso os líderes do Ministério da Agricultura e Meio Ambiente exigem que os planos de evacuação de pessoas de áreas de risco sejam construídos com cenários compatíveis com a intensidade e a natureza perigosa da tempestade.

O vice-ministro também observou que, como a tempestade provavelmente terá um impacto direto na manhã de 29 de setembro, logo na segunda-feira, as localidades devem considerar permitir que os alunos fiquem em casa para garantir a segurança absoluta. Enfatizou especialmente o trabalho de garantir a segurança das barragens. As usinas hidrelétricas e os reservatórios de irrigação em Thanh Hoa e Nghe An precisam revisar e calcular proativamente os planos de descarga antecipada de cheias, pois chuvas intensas e prolongadas certamente farão com que muita água flua para grandes reservatórios hidrelétricos.

Ótimo final de semana 

Comentarios

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Data: 28/09/2025 08:19 Nome do Usuário: Fábio
Comentário: Me fale um produto que vale a pena trabalhar!! Sou produtor DE CAFE e fico triste em ver comentário onde a DESGRAÇA ALHEIA É A NOSSA FONTE DE ENRIQUECER
Contrato Cotação Variação
Dezembro 397,45 + 3,75
Março 375,60 + 2,20
Maio 360,35 + 1,10
Contrato Cotação Variação
Novembro 4.552 - 62
Janeiro 4.478 - 46
Março 4.399 - 48
Contrato Cotação Variação
Dezembro 475,00 + 2,60
Março 465,00 + 1,65
Maio 453,70 + 1,45
Contrato Cotação Variação
DXY 98,21 + 0,12
Dólar 5,4050 - 0,69
Euro 6,3050 -.0,85
Ptax 5,4390 + 0,07
  • Varginha
    Descrição Valor
    Certificado 15% R$ 2480,00
    Safra 25/26 20% R$ 2440,00
    Peneira14/15/16 R$ 2500,00
    Duro/riado/rio R$ 2070,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Miúdo 14/15/16 R$ 2380,00
    Safra 25/26 18% R$ 2440,00
    Certificado 15% R$ 2520,00
    Duro/riado/rio R$ 1900,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 2500,00
    Safra 25/26 15% R$ 2450,00
    Moka R$ 2380,00
    Duro/Riado 15% R$ 2200,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 25/26 15% R$ 2450,00
    Safra 25/26 30% R$ 2430,00
    Peneira 17/18 R$ 2600,00
    Rio com 20% R$ 1670,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Escolha kg/apro R$ 40,00
    Safra 25/26 20% R$ 2430,00
    Safra 25/26 30% R$ 2410,00
    Duro/Riado 15% R$ 2050,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 25/26 15% R$ 2450,00
    Safra 25/26 25% R$ 2430,00
    Duro/riado 20% R$ 1950,00
    600 defeitos R$ 2320,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 2262,88
    Cepea Conilon R$ 1400,77
    Conilon/Vietnã R$ 1404,00
    Agnocafé 24/25 R$ 2450,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1440,00
    Conilon T. 7 R$ 1430,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1420,00